Highschool Of The Dead

Finalmente em Portland


Estávamos todos em pânico, será que eu vou morrer assim? Sério mesmo? Estamos em um apocalipse zombie, ou seja, há tantas formas mais “legais” de morrer, e eu vou morrer em um acidente de avião? Aff!

– Takashi! – Rei falou desesperada enquanto me abraçava.

– Rei, quero que você saiba que eu sempre vou estar com você. – Eu disse ainda abraçado com ela.

Depois de uns dez segundos de tumulto, que pareciam mais com dez minutos, o piloto, para nossa sorte, conseguiu fazer com que esse jumbo subisse e se estabilizasse no ar. Após isso ele pronunciou através dos alto-falantes:

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– Pessoal, quero pedir desculpas por esse acidente, e garanto para vocês que isso não se repetirá. Enfim, estamos indo para Portland, isso irá demorar exatamente oito horas e quarenta minutos. É só isso, obrigado, desculpe novamente e boa viagem.

Todos suspiraram aliviados e estavam comemorando por estarem vivos... Pelo menos por enquanto. Era possível escutar vários: "Graças à Deus" dos passageiros. Olhei para o banco de trás, onde estavam a Saya e a Saeko, elas estavam sorrindo para mim e depois se abraçaram. Sim, isso foi estranho. Depois olhei para o banco ao lado, onde estavam Alice, Zeke e a Srta. Shizuka. Elas ainda estavam um pouco surpresas, porém felizes, e é isso que importa. Por fim, olhei para Rei ao meu lado e ela estava com os olhos fechados. Sorri de canto antes de pronunciar:

– Pode abrir os olhos agora Rei. – Ela abriu um de cada vez e depois sorriu para mim.

– Então, estamos vivos né? (N/A: Não, não, estamos mortos). – Ela falou meio sem graça.

– Sim, ainda bem. – Respondi e nos abraçamos.

Depois disso, a viagem ocorreu dentro do normal, tiveram algumas turbulências, mas nada muito grave e, além do mais, eu dormi na maior parte da viagem.

– Takashi, meu Deus, você só dorme. – Murmurava Rei ao meu lado, enquanto me sacudia e eu pude jurar que eu revirei meus olhos internamente.

Esfreguei meus olhos, bocejei e me espreguicei, olhei para meus amigos e todos pareciam estar entediados. Eles estavam certos em estarem assim, não tinha absolutamente nada para fazer em oito, longas, horas de viagem.

– Senhores passageiros... – Falava o piloto. – Estamos em Portland, e a situação do aeroporto não está muito agradável. Portanto, permaneçam sentados, com o cinto bem colocado. Iremos sofrer grandes dificuldades para o pouso.

– Droga! – Todos do nosso grupo disseram em uníssono (N/A: Menos Alice, porque né...).

E de novo, aquele avião estava manobrando no ar. Ele se direcionava para a pista de pouso do aeroporto de Portland. Eu tentava olhar pela janela do avião, mas ainda estávamos alto demais, não conseguia enxergar nada.

– Saya, o que você acha disso? – Perguntei.

– Eu acho que, como os Estados Unidos não possuem o mesmo avanço tecnológico que o Japão, era meio óbvio que iria ser mais difícil, pois não temos mais aqueles... – Ela deu uma breve pausa antes de continuar. - Zumbidos que atraiam esses malditos. – Ela respondeu e eu engoli em seco, pior que é verdade.

– Saeko, você tinha razão, também acho que isso não vai dar muito certo. – Disse Rei.

– Enfim, agora fiquem quietos e vamos ver no que isso vai dar. – Disse Saeko com um tom de voz calmo. Como ela consegue permanecer calma?!

O avião já estava mais baixo e eu consegui ver o aeroporto direito, e sim, o piloto tinha exagerado. Não havia absolutamente nenhum zombie, pelo menos na parte de dentro não. Em compensação, a parte externa do aeroporto estava totalmente rodeada por zombies. O aeroporto era uma área enorme cercada por um grande muro de ferro. Bom, eles não tinham o zumbido, mas tinham um muro, e isso já serve para segurá-los.

– Qual é o motivo do pouso de risco? – Perguntou Rei.

– Sei lá, o piloto deve ter se enganado. – Eu respondi.

As luzes internas do avião se apagaram e o piloto iniciou o pouso. Ocorreu tudo normalmente, e como já disse, aquele papo de “pouso complicado” foi exagero do piloto, e com certeza, todos já perceberam isso. Depois da aterrissagem, nós todos saímos em fila do avião e ficamos quietos do lado de fora esperando os próximos objetivos.

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– Bom pessoal, agora que a coisa vai complicar. Não temos mais nossos tanques de guerra, ou seja, passar por esses zombies é praticamente... Impossível. – Disse Yukio cabisbaixo.

– Esperem ai! – Interviu um soldado. – Está me dizendo que eu fiz tudo isso para pararmos e morrermos aqui?

Após ele dizer isso, começaram os murmúrios. Realmente era uma situação difícil, mas não podemos dizer que é “impossível”.

– No estacionamento do aeroporto, não tem nenhum veículo que podemos usar? – Perguntou Srta. Shizuka.

– Podemos checar, mas estamos em vinte e cinco pessoas, não creio que pode haver um ônibus. – Disse Sr. N.

– Então vamos. – Disse Yukio.

Todos seguiram em direção ao estacionamento do aeroporto, mas quando lá, não tinha ônibus. Isso era meio óbvio, mas a esperança é a última que morre, certo?

– Ei! – Disse Saeko. – Não há ônibus, mas tem essa vã. Isso já serve, não serve?

– Eu creio que sim. – Disse Yukio. – Mas não podemos passar pelos zombies com uma vã.

– Yukio, cai na real cara, não temos nenhum tanque de guerra aqui, ou seja, custa usar essa vã? Ou o senhor prefere andar a pé no meio daqueles zombies? – Disse Saya já irritada.

– O.K. senhora sabichona, vamos fazer do seu jeito, mas antes eu quero saber uma coisa, estamos em um grupo de vinte e cinco pessoas, ou seja, se em uma vã só cabem nove pessoas, como todos irão caber lá dentro? – Perguntou Yukio com o olhar irônico.

– Simples, você ficou tão ocupado falando que isso não iria dar certo, que você nem notou que tinham mais duas vãs ali. – Respondeu Saya apontando para trás do Yukio. – Ou seja, irão oito pessoas em duas vãs e na terceira terão que ir nove. E isso da exatamente a quantidade certa em que estamos, vinte e cinco pessoas. – Ela finalizou sua fala com um sorriso sarcástico.

– Eu acho que seu pai deve estar fervendo de vergonha por dentro. - Sussurrei para Rei.

– Já eu, tenho certeza. – Ela sussurrou de volta para mim.

– O.K. pessoal! Vamos seguir este plano. Vamos nos separar em três grupos, dois de oito pessoas e um de nove. E depois sigam para a vã.

Foram separados os grupos, eu fiquei com a Saya, a Saeko, a Rei, a Alice, a Srta. Shizuka, um soldado chamado Hatsuno e com o Yukio, que mesmo tentando evitar a Saya, ele queria ficar com a filha dele.

– Boa sorte para todos nós. – Murmurou Hatsuno, ele que estava na direção. Yukio estava no banco de passageiro e eu e as meninas, estávamos na parte traseira da vã.

– Chefe, temos um problema. – Gritou um soldado lá de fora.

Yukio saiu do carro e conversou durante alguns minutos com aquele cara, depois ele voltou para a nossa vã e disse olhando para Saya:

– E então sabichona, sabia que o portão é manual? Você estava tão ocupada falando que isso iria dar certo, que nem pensou em como iremos abrir o portão e fugir dos zombies.

– Eu tive uma ideia. – Interviu Saeko antes que Saya falasse qualquer coisa. – Não existem apenas vãs aqui, ou seja, podemos sei lá... Talvez bater em alguns dos carros para que eles disparem os alarmes e distraiam os zombies enquanto damos o fora daqui.

– Hum... Boa ideia Saeko! – Exclamei.

– Realmente é uma boa ideia. Fiquem aqui, eu já volto. – Disse Yukio e depois ele saiu da vã.

Ficamos observando ele pela janela. Ele foi encontro ao Sr. N e deve ter falado a ideia da Saeko, o Sr. N sorriu e concordou com a cabeça. Depois eles conversaram alguns minutos e tiraram de dentro de uma das mochilas o meu bastão de basebol, Yukio foi em direção aos carros e bateu nele até disparar o alarme, depois partiu para outro carro e fez o mesmo. Ele fez isso em três carros, depois guardou novamente o bastão dentro da mochila e foi falar com dois soldados. Eles se encaminharam até o portão e só tiraram o trinco e saíram correndo para a vã.

– Vamos rápido! – Disse Yukio assim que entrou na vã.

Os zombies, praticamente, derrubaram o portão. Eles entraram com tudo, mas o mais importante é que eles ignoraram as vãs, e isso foi ótimo.

– O.K. o plano deu certo! Agora vamos em direção ao litoral, o presidente falou que terá um esconderijo subterrâneo lá. – Disse Yukio e o Hatsuno assumiu a frente das vãs e fomos em direção ao litoral.