Marylin

To save her


James POV's

Eu caminhava de um lado ao outro na sala de Jacob, pensando se eu deveria fazer o contrario do que meu pai... do que Robert mandou.

Tinha mais coisas envolvidas nessa situação do que realmente aparentava.

Qualquer erro e Marylin poderia acabar morta, o que é algo que eu não posso pensar pois sei que tudo isso é minha culpa. Se eu não tivesse partido, por achar que assim seria mais seguro para ela, nada disso teria acontecido. Eu não posso perde-la, eu não conseguiria ficar sem ela.

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Eu não posso enfrentar Burn sozinho, eu preciso da ajuda da Máfia Britânica para que ele não tente algo contra Mary ou acabe fugindo novamente.

Nada pode dar errado, nada!

– James... você está de volta! – Jacob entrou na sala sorrindo, aparentemente feliz em me ver.

– Jacob, temos problemas. – Eu o encarei sem esconder a preocupação em minha voz.

– Pelo visto já soube que Marylin está desaparecida. – Ele murmurou decepcionado.

– Robert me ligou tentando fazer um acordo, ela parece estar em perigo... ele pode mata-la! – Minha voz falhou.

Jacob ficou me encarando sem saber o que dizer, e eu o entendo, aliás meu pai estava ameaçando matar minha namorada.

Ele começou a andar de um lado ao outro passando a mão por seu rosto em uma atitude preocupada, e isso estava me matando aos poucos.

– Eu havia cogitado essa teoria porém com toda essa loucura de policias cercando toda a cidade atrás do seu pai, eu pensei que ela poderia estar com Richard. – Ele finalmente disse algo.

– Como tudo isso aconteceu? – Perguntei confuso, afinal, tudo o que eu sabia era o que Robert me contou por telefone “ Sua namorada armou contra mim e agora ela vai pagar caro se não fizer o que eu ordenar”. – Eu fui embora para que tudo se resolvesse e as coisas começam a se desenrolar da pior maneira possível. – Respirei fundo tentando controlar minha ansiedade.

– Sente-se. – Jacob pediu apontando para a poltrona em minha frente. – Quando você foi embora, aliás está me devendo uma explicação sobre isso, Marylin resolveu deixar a MB... mas é claro que ela tinha um plano em mente, afinal, ela é a Marylin! – Ele riu ironicamente percebendo o erro que cometeu ao acreditar no belo discurso que Mary deve ter feito. – Eu percebi que ela planejava algo quando dei falta do CD com a cópia dos vídeos que incriminam Robert e Richard, mas após isso foram apenas questão de minutos para que a polícia entrasse em contato com a Máfia informando sobre os vídeos que haviam recebido de uma garota pálida, de olhos azuis, e com cabelo bem preto, o que nos leva a tese de que Marylin voltou a sua aparência normal para enfrentar quem tanto odeia. – Era incrível a capacidade que ela tinha de me surpreender. – A policia e a MB começou a busca pelas pessoas com o nome na lista, prendemos Michael, Edward, e Ashton, porém Zoe conseguiu fugir provavelmente para atacar Richard culpando-o pelo o que estava acontecendo.

– Richard está desaparecido... isso quer dizer que Zoe está com ele? – Perguntei tentando entender.

– Não, Zoe está morta. – Jacob pediu com gestos para que eu tivesse paciência enquanto ele contava o acontecido, porém paciência era algo que eu não posso ter enquanto Marylin está correndo perigo. – Encontramos o corpo dela na Burning Flight, onde uma reunião particular entre Richard e Robert estava acontecendo. A bala que causou a morte de Zoe veio da arma encontrada no local cuja digital é da Marylin. – Ele respirou fundo perplexo.

– Marylin a matou? – Indaguei.

– Sim, mas o pior não é isso. – Ele parou de caminhar pela sala e sentou-se em sua poltrona.

– Tem algo pior? – E eu que achei que isso era impossível.

– Segundo o material encontrado na Burning Flight, um novo ataque terrorista está prestes a acontecer em três dias e não temos controle nenhum sobre essa situação. – Jacob nunca esteve tão preocupado. – Estamos usando os nossos melhores hackers, a nossa melhor equipe está atrás deles, mas até agora nenhum informação chegou até nós.

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– Eles não estão em Londres. – Murmurei. – Tudo o que sei é que eles estão em alguma estrada abandonada entre vinte e trinta minutos de Londres. – Lembrei da conversa que tive com Robert antes de voltar para MB.

– O que Robert quer? Qual é o acordo? – Ele perguntou tentando achar uma solução.

– Ele quer fugir mais uma vez. Me pediu documentos falsos, passagem para o Brasil, um milhão de dolares em dinheiro e nenhum plano que envolvesse a MB. – O tom de minha voz mudava a cada palavra. – Eu estou infringindo todas as regras que ele impôs.

Jacob retirou seu celular do bolso e discou algum número.

– Nick, quero você e Katherine em minha sala agora! – Ele murmurou desligando o aparelho logo em seguida. – Você fez certo em nos colocar nisso James, agora precisamos de um bom plano para que nada dê errado. – Ele se levantou ficando de pé ao meu lado. – Vamos salvar Marylin, não pense no pior. – Ele colocou a mão no meu ombro como sempre fazia em uma tentativa de me acalmar.

~X~

Oito horas se passaram desde que Nick e Katherine chegaram a sala de Jacob, desde então estamos em uma busca insana para obter informações sobre o paradeiro de Marylin, e organizar um plano perfeito para resgata-la.

Era evidente a preocupação de todos, o que só aumentava a minha. Katherine tentava conter o nervosismo roendo suas unhas, e a cada pausa que ela fazia para um café, ou até mesmo para ir ao banheiro, ela entrava em uma oração rápida porém com palavras fortes e esperançosas nas quais eu tentava acompanha-la, qualquer coisa que ajudasse a trazer Marylin de volta para mim, eu faria.

– Que droga! – Joguei o copo de café vazio para o outro lado da sala após outra tentativa falha de encontrar o paradeiro deles.

Nada estava dando certo, nenhuma informação aparecia, nenhuma pista surgia, nem o vento estava soprando a favor. Meus olhos pousaram sob o celular várias vezes com a esperança de que Robert ligasse permitindo que eu pudesse ouvir a voz de Marylin, e que ela estivesse bem. Meus olhos ardiam, e eu já não aguentava segurar as lagrimas de desespero que durante todo esse tempo permaneceram comportadas dentro de mim. Abaixei a cabeça envolvendo-a com minhas mãos frias, deixei que algumas lagrimas escapassem, mas assim que as permiti fiquei sem controle sobre elas.

– Jay... – Katherine sentou ao meu lado. – Não... não fica assim, vamos encontra-la. – Seu tom de voz era inseguro, o que me fez ter uma crise de choro como jamais tive antes.

Eu poderia viver na escuridão, poderia viver sem pessoas ao meu redor, sobreviveria morando em uma cidade fantasma, viveria no caos a beira do precipício, mas perde-la seria como um suicidio.

O celular tocou.

– É ele! – Gritei.

– Nick rastreie a chamada! – Jacob ordenou.

– Atenda! – Nick pediu informando que estava monitorando a chamada.

– Marylin? – Atendi a chamada que estava no viva voz para que todos pudessem analisar a conversa. – Marylin, é você? – Perguntei novamente com a esperança de que fosse a minha garota do outro lado da linha.

– Tic tac o tempo está acabando James, você tem somente dois dias para nos encontrar. – Robert parecia se divertir com as palavras que saiam de sua boca.

– Eu ainda não tenho o dinheiro...

– Então consiga-o, e rápido! – Um ataque de fúria parecia ter o atingido.

– Como Marylin está? – Perguntei insanamente preocupado.

– Essa garota é insuportável! – Ele reclamou. – Ela tem sorte por ainda estar viva.

– James! – Ouvi a voz de Marylin ao fundo.

– Marylin... – Chamei por ela sendo interrompido.

– Já disse para calar a boca! – Robert gritou seguido de um barulho ensurdecedor de uma arma sendo disparada.

Nenhum ruído foi mencionado por Mary após isso.

– O que você fez seu desgraçado? – Gritei desesperado.

– Eu não atingi essa inútil se é o que quer saber, mas vontade não falta! – Sua voz era como a de um maníaco com sérios problemas mentais. – Só quero que saiba que tenho pessoas trabalhando comigo, e se a MB estiver envolvida nisso você terá que andar muito para encontrar todas as partes da sua namoradinha. – Ele desligou o telefone.

Desliguei o celular encarando Jacob do outro lado da sala, que expressava preocupação e medo como se isso fosse um sinal de que nada daria certo.

Nick digitava rapidamente letras embaralhadas tentando encontrar o sinal de onde Robert me ligara, porém a chance de que isso acontecesse após a chamada ter terminado era de ...

– Eu encontrei! – Nick gritou apontando para a tela do laptop feito uma criança que ganhou do pai em uma partida de vídeo game. – Eu os encontrei! – Ele levou o laptop até mim, sentando ao meu lado e mostrando as coordenadas do lugar onde Robert e Marylin estavam.

– Céus! – Murmurei aliviado.

– Precisamos de um plano, um ótimo plano! – Jacob se juntou a nos no pequeno sofá, que ficou apertado para quatro. – Há pessoas trabalhando para ele, ninguém além de você poderá entrar naquela área. – Ele direcionou a palavra a mim.

Começamos a planejar o resgate de Marylin, várias ideias foram expostas e a junção de todas elas, após duas horas de conversa, resultou no plano final.

– Temos que parar as bombas antes de qualquer coisa. – Jacob finalizou. – Vamos torcer para que elas estejam onde imaginamos, caso contrario, teremos milhões de enterros para fazer.

~X~

Katherine e eu estávamos a sete quilômetros da área marcada. Robert já estava ciente de que eu apareceria, seus telefonemas se tornaram constante desde que descobrimos onde ele estava, a dois dias atrás.

O que mais estava me preocupando era a ultima conversa que tive com meu pai algumas horas atrás. Ele mencionou algo sobre Marylin estar doente e ainda acrescentou que se eu não aparecesse ele não precisaria mata-la, pois não demoraria a morrer pelos sintomas que estava sentindo.

– James. Katherine. Conseguimos o jatinho. Podem prosseguir. Estamos a caminho. Câmbio. – Jacob nos deu as informações necessárias pelo radio.

– Vamos salvar a Marylin. – Katherine sorriu se preparando para entrar debaixo do carro.

Sim, debaixo do carro. Esse era o plano para que ela pudesse entrar na área sem ser vista, pois não sabemos se o local está sendo vigiado, mas é claro que não seria a primeira vez que ela faria isso.

Comecei a dirigir rapidamente em direção a casa abandonada que logo foi possível ser vista.

Meu coração apertava a cada metro que eu chegava mais perto. Eu queria tê-la em meus braços o mais rápido possível.

Analisando toda essa situação chego a pensar que tudo isso poderia ser diferente, mas não há um culpado para os atuais acontecimentos, ambos somos culpados pelas decisões que tomamos. Marylin foi domada pelo desejo de vingança e eu colaborei com isso aceitando ajuda-la, então o erro foi nosso. Mas a culpa não me fará perde-la, não temos que ser julgados dessa maneira. Eu posso salva-la, e eu irei! Nem que para isso eu tenha que me colocar no lugar dela, e se fosse preciso, eu faria.

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Qualquer culpado agora será dado como inocente pois entre o ódio e o amor, tenho certeza de que o amor sempre vencerá.