Two Different Worlds

Reencontro com Cara-de-Pinheiro


Eu estava sentado em uma das cadeiras do corredor ao lado de Bianca, que tinha acordado a alguns minutos e me contou o que eu já sabia. Que Rachel a tinha surpreendido e a dopado, alguma coisa bem forte para ela acordar apenas agora. Ambos estamos preocupados com Nico, e apenas esperando Annabeth terminar de dar sua versão dos fatos para o delegado para conseguirmos informações sobre ele (Nico) meu pai e Rachel.

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Não demorou muito para ela sair da sala do Delegado e se sentar ao meu lado em silêncio. Um silêncio desconfortável, então quando eu pensei em falar alguma coisa Bianca se pronuncia.

-Como foi lá?

Annabeth parecia ter sido despertada de um transe, piscou algumas vezes e olhou para Bianca.

–Oh, foi normal, eu contei a história e ele fez algumas perguntas. Ele já deve estar vindo nos dar as informações que conseguiu – nós assentimos e Annabeth completou estendendo a mão para Bianca – Ainda não fomos apresentadas direito, sou Annabeth.

–Bianca. – Falou apertando a mão dela – Obrigada por me salvar. Poucos fariam o que você fez.

Ela assentiu, e eu sabia que ela estava começando a se arrepender por ter se metido nisso. Primeiro por ser ameaçada de morte por uma ruiva maníaca obsecada por mim, e segundo por ter se metido numa história ainda pior por sua mãe conhecer a minha família e agora ela teria que simplesmente ir embora comigo e deixar tudo que conhece para trás.

Então o Delegado saiu de sua própria sala e se dirigiu a nós. Imediatamente eu me levantei e as duas me seguiram levantando, porem, o delegado fez sinal para voltarmos a sentar.

–As notícias que estou prestes a dar não são positivas mas...- Ele não pode terminar pois nesse momento a porta da frente fora escancarada rudemente e uma morena de olhos azuis elétricos entrou correndo até Annabeth. Na mesma hora pensei se nunca tinha visto aquela garota antes.

–Annie! – Gritou abraçando-a. – Você está bem?

–Estou Thalia, não precisa...

–Cara-de-pinheiro? – Perguntei incrédulo a reconhecendo.

Na mesma hora Thalia se separou de Annabeth -que tinha uma expressão confusa- e me encarou.

–Percy?!? – Eu ri a abraçando – Pensei que nunca mais te veria!

Ela falou me abraçando forte. O abraço foi cortado por Bianca me empurrando.

–Dá pra me deixar abraçar minha priminha também?

–Bia! – Exclamou Thalia me deixando de lado e abraçando Bianca que me deu língua e eu retribui.

–Espera... – Falou Annabeth finalmente entendendo, então ficou com uma expressão risonha – Thalia me contou sobre vocês.

Imediatamente eu corei e fulminei Thalia com o olhar, ela devia ter dito todos os micos e momentos constrangedores eu já passei até os oito anos.

Em resposta ela deu de ombros e pareceu ter se lembrado de uma coisa muito engraçada e olhou sugestivamente pra mim, e eu sabia que aquilo não seria boa coisa. Ela olhou de mim para Annabeth, eu Annie, eu Annie. Até que parou em mim novamente e falou:

–Ei, você não é o “Namorado super-gato” da Annie?- Falou fazendo aspas com a mão.

Eu e Annie coramos e tentamos falar alguma coisa mas Bianca estava quase deitando no chão de tanto rir, acompanhada de Thalia.

–Eu acho que podem deixar esse momento para depois, não acham? -O delegado falou e eu lembrei que ele estava lá.

–Você está certo – Me ajeitei e sentei – Alguma informação sobre meu pai?

–Ainda não o encontramos mas temos informações que ele estaria em connecticut, mas precisamos de mais informações para fazermos uma busca. As autoridades locais já foram avisadas.

Assenti.

–E Nico? – perguntou Bianca preocupada com o irmão.

–Encontramos Nicholas á 42 km do camarim onde foi visto pela última vez num balcão abandonado. Ele estava inconsciente e tinha várias marcas de agressão. Provavelmente ele lutou com o agressor. Mas não se preocupem, ele já está bem e irá encontrá-los amanhã á tarde no aeroporto de Long Island para acompanhá-los á casa da Sra. Jackson.

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Assentimos e eu ouvi um suspiro de alívio vindo de Bianca e eu estava feliz por ele estar bem.

–E quanto a Rachel?

–Ela fugiu, mas não se preocupe, ela já é procurada internacional. Não vai demorar muito para ela ser pega e presa.

Eu sabia que ele estava errado. Rachel era louca, não burra. Ela sabia bem como se esconder das autoridades. E o delegado sabia disso. Só estava tentando nos confortar.

–Mais alguma coisa, Delegado? – Perguntou Annabeth.

–Ah, sim. Nós entramos em contato com a Sra. Jackson e concordamos que você merece umas férias rapaz – Ele falou pra mim – Seja um garoto de 16 anos por uns dois meses, tudo bem?

Eu ri um pouco e assenti.

–Obrigado, Delegado.

Ele acenou com a cabeça e voltou para sua sala.

–Eu vou com vocês – Afirmou Thalia. – Estou louca pra ver como está o Niquito.

Eu ri.

–Você ainda o ama?

Quando éramos pequenos Thalia atormentava todos nós, mas principalmente Nico. Eu tinha pena dele por ter que aturar Thalia e chegamos a conclusão que ela fazia aquilo por amor – E é claro que nem um dos dois gostou da nossa conclusão.

Ela bufou e cruzou os braços emburrada, como antigamente, fazendo nós três rir.

–Qual é o plano? – Sibilou Thalia mudando de assunto.

–Amanhã vamos alugar um carro e dirigir até o aeroporto mais próximo, então pegaremos um voo até Long Island onde encontraremos Nico, Então pegaremos um táxi até o Apartamento de minha mãe, em Manhattan. Tudo bem?

Todos concordaram e saímos da Delegacia.

–Eu ainda não acredito que encontrei vocês - falou Thalia de repente. – Fiquei com medo de nunca mais vê-los.

–Eu lembro quando você se mudou – Lembrou Bianca – A única vez que eu vi Percy chorar daquele jeito foi quando aquele caranguejo segurou no dedo dele e ele ficou com medo de ficar com só quatro na mão direita.

As duas começaram a rir.

–Isso porque vocês nunca viram a vida passar diante dos seus olhos – Justifiquei.

–Você não iria morrer!

–Tente explicar isso a uma criança de cinco anos!

Ao meu lado Annabeth quase rolava no chão de tanto rir.

Logo nós três a acompanhamos e ficamos nós quatro rindo igual retardados.

Quando nos recuperamos decidimos ir para casa. Eu e Bianca dormiríamos na casa de Thalia.

Bianca deu uum rápido tchau para Annabeth. Thalia sussurrou algo no ouvido dela que eu não consegui ouvir mas a fez corar e quando chegou a minha vez eu dei um abraço nela e falei:

–Acho que ainda não consegui te agradecer por tudo, quer dizer, você mal me conhecia e me ajudou tanto. Você é a pessoa mais corajosa que eu conheci Annabeth,-Falei enquanto chegava mais perto - espero algum dia conseguir te agradecer á altura.

Estava mos muito perto um do outro. Eu sentia a respiração dela. Sussurrei um boa noite e me distanciei, seguindo Thalia que já estava muito na frente conversando animadamente com Bianca.