Lipa...

Capítulo6- Uma não ajuda e um castigo não cumprido


POV LIPA

De súbito, tive um breve momento de lucidez, em que finalmente a minha mente enxergou o que estava acontecendo. Eu tinha beijado o meu ex melhor amigo e principal inimigo!! Claro que não é como beijar um ex-namorado, né! Beijar o ex melhor amigo é pior!!! Porque o ex-namorado você já tinha beijado antes e bom, mais um beijo não tinha importância né. E o pior é que eu estava a gostar do beijo daquele projeto de aberração ambulante! Espera, eu disse que a minha mente teve um breve momento de lucidez? É, esqueçam essa parte, acho que ele já foi embora.

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Antes que eu pudesse pensar ou ainda pior, fazer, mais alguma coisa que me arrependeria mais tarde ou mais cedo, falei para Iván que tinha de ir embora.

_Mas…Já? – ele perguntou fazendo cara de desapontamento

_É, está ficando tarde e eu tenho de ir! –falei tão rápido e atrapalhadamente que nem fiquei com certeza se ele tinha percebido.

Saí rápido do quarto dele, fechando e descendo rapidamente as escadas até ao andar de baixo e quando estava mesmo prestes a sair da casa inimiga, ouvi alguém murmurar:

_Lipa, espera!!

Iván estava no topo da escadaria vindo na minha direção. E se não era ele, era a sombra, que me perseguia.

_Eu te levo a casa, está escuro. E não é muito boa ideia deixar uma menina bonita vagueando pelas ruas de Miami numa hora dessas. – ele disse que eu era bonita ou era o efeito do sono, da bebida ou algo parecido despertando sons em minha mente?

_Ah deixa pra lá, não precisa! Tchau, eu vou indo.

Mas a porta abriu-se no instante seguinte.

_Garota, você já está começando a fechar muitas portas na minha cara!

_Ah desculpe, para a próxima eu deixo a porta de sua casa aberta. –eu disse sarcástica.

_Não começa! Vamos é embora, que tá escuro e frio!

_Eu já disse que não preciso que você me vá levar! Eu sei ir sozinha! Não preciso de super visor. E não faça essa cortesia de deixar a menina em casa, apenas pra se comparar com super horei porque de Batman você não tem nada!

Fomos o caminho todo sem dizer nem mais uma palavra um ao outro. Mas não era um silêncio constrangedor! Muito pelo contrário! Era um silêncio agradável.

Quando finalmente chegamos na porta lembrei-me que…EU NÃO TINHA CHAVES!! Ai Meu Deus, o que eu vou dizer pro meu pai? Ele me vai fritar em óleo de batatas quando perceber que eu só cheguei a casa agora! Sem contar que ele pensa que eu tou dormindo.

Iván percebeu o meu mini ataque de pânico e perguntou o que se passava.

_Ah nada de mais, cê pode ir embora que eu já estou em casa! – eu disse, enquanto tentava pensar nalguma forma de entrar em casa sem ser pela porta! Ah, eu podia entrar pela janela, né? Não… As janelas estavam todas fechadas! Nossa, como eu sou sortuda, hein!

_Não, eu só vou embora depois de você entrar em casa! – ele disse autoritário.

Mas quem esse menino pensa que é? Ele tem andado muito autoritário ultimamente! Ele não manda em mim e não tem poder nenhum em mim! Eu queria dizer tudo isso, mas, saiu mais ou menos assim:

_Tá bom.– é eu tenho andado um pouco retardada ultimamente. E desconheço o motivo!

_Vá Felipa, eu te conheço, não vai me dizer que está tudo bem, quando está escrito na sua testa que não está!

Instintivamente passei a mão na testa, fazendo Iván dar uma leve gargalhada. Modo lerdeza on…

_Eu não tenho chaves, tá bom? Agora já pode ir embora!

_O seu problema é esse? –ele disse admirado. –Toca à campainha, então, né?!- ele falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

_Mas o meu pai vai pirar quando souber do planinho idiota das almofadas.

_Ah deixa isso comigo! –Ele falou confiante, pressionando a campainha.

Mas o que é que ele iria dizer? Bom, não me devo preocupar muito, afinal Iván sempre foi fantástico no que toca a inventar desculpas! Apesar do meu pai não gostar muito de Iván, devido à inegável rivalidade entre as nossas famílias, ainda havia em mim um fiozinho de esperança que o meu pai não se zangasse comigo.

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Ouvi a porta abrir-se e o meu coração disparou. E eu não sabia se era por recear que Iván fizesse merda ou se era pelo sermão que não tardava e ouviria. A primeira opção era a mais correta, mas eu preferia acreditar na segunda…

_ Lipa? Você não devia estar em seu quarto? E você, garoto, o que está fazendo aqui?- meu pai falou ríspido.

_Boa noite, senhor Thrussell! – Iván falou e eu notei que ele não sabia bem como começar, por isso adiantei-me:

_ O Adam caiu do telhado! – foi a primeira coisa que veio na minha cabeça assim como a sombra da gata ridícula.

_ E a Abigail também. Fomos encontrar os dois junto á praia e perdemos a noção do tempo. -QUÊ? Como assim, perdemos noção do tempo? Esse garoto não tem neurónios, não? Não conseguia inventar uma desculpa melhor??

Nossa só de imaginar o que pode ter passado pela cabeça de meu pai, senti meus pelos ficarem de pé.

Meu pai ergueu uma sobrancelha, enquanto encarava Iván e notava-se perfeitamente que estava segurando a onda.

E eu posso saber onde está o raio do Gato?

Pois onde estavam os gatos?

Iván prosseguiu:

_ Eles devem ter escapado outra vez eu vou procura-los de novo e… e… - Ai como eu odeio esse garoto! Ele não tem amor à vida, não? – É melhor eu ir indo!

Tinha a sensação que se Iván não corresse naquele momento meu pai atirava a floreira que decorava a entrada na cabeça dele.

Nem foi preciso meu pai falar sei olhar já dizia que íamos ter uma longa conversa!

Ele estava tentando parecer simpático, apesar de só um cego não notar estava com tanta ou mais vontade do que eu para acabar com a espécie daquela coisa burra, conhecida por Iván.

Meu pai entrou, bateu a porta e me encarou sério.

E este é um dos momentos em que eu dava tudo para ser uma avestruz e enterrar a minha cabeça no chão!

E depois de uma hora, vinte e três minutos e 14 segundos eu finalmente vim tirar os travesseiros de debaixo dos lençóis. Ouvi Adam rosnar e caminhar até mim erguendo a cauda com a maior elegância. Sim, Adam era um gato elegante!

Tirei os jeans húmidos que tinha e percebi que tinha a camiseta de Iván vestida. Olhei no espelho na minha frente e feita idiota sorri.

Preferi ficar com a camiseta dele vestida e deitei-me exatamente com ela. Daqui a umas horas seria um novo dia! Eu pelo menos eu queria que fosse.

...

Esperei que ele saísse de casa e depois peguei Adam e no segredo das Deusas saí de casa. Queria passear o gato e não era uma ordem de meu pai que faria eu ficar presa em casa. Castigo idiota esse! E se ele pensava que me castigando estava fazendo coisa de um verdadeira pai, podia estar desenganado porque esse lance de família feliz já não se aplicava á minha.

Caminhei pelo areal enquanto via Adam bailando a uns centímetros abaixo de mim todo contente, enquanto fugia das ondas que quase tocavam nas suas patas.

Gata idiota a de Iván. Porque ela tinha que miar exatamente quando...? Estava sendo tão bo… horrivelmente bom. E eu estou sendo tão horrivelmente ingénua! Eu definitivamente estou passando por uma má fase.

_ Hey Adam vem cá! - olhei e ele corria, só podia estar de brincadeira. Eu correndo que nem louca atrás de uma gato preto numa praia com gente suficiente para me gozar? Não!

Alguém facilitou meu trabalho e apanhou o gato, nossa hoje era meu dia de sorte!

_ Toma! - A gente com certeza devia ter alguma coisa que nos atraía e unia. O destino estava mesmo contra a gente. Pois isso já não se trata de coincidência!

_ Brigada!

_ Como você tá?

_ De castigo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.