The Iron Girl

Capítulo 2 - The Project


Após três semanas trabalhando com Tony Stark, você acaba se acostumando ao jeito irônico, arrogante e egocêntrico dele, sem contar sua loucura. E, com as explicações que ele me deu, eu já conseguia entender quase todo o projeto e ajudá-lo a construir. Pepper finalmente conseguira fazer com que ele dormisse um pouco, então fiquei sozinha no laboratório.

Mesmo sem a ajuda do Tony, eu conseguia adiantar algumas partes. Depois de passar algumas horas fazendo os cálculos necessários, comecei a montar a primeira bota da armadura. Tudo isso levou metade de um dia. Me certifiquei de que cada milímetro estava corretamente colocado e fui testar. Além da bota, coloquei os dois braços e comecei o teste. Acionei os braços, que já estavam prontos e calibrados, primeiro, o que me fez flutuar alguns centímetros acima do chão. E então acionei a bota. No início, me desequilibrei por causa da força da bota. Não que estivesse desregulada, mas sim por estar acostumada a utilizar apenas os braços. Mas isso logo foi corrigido e eu voltei a me equilibrar. Funcionara perfeitamente. Voltei ao chão e comemorei meu acerto.

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– Bom trabalho, Srtª. Miller - J.A.R.V.I.S. falou.

Temos conversado por bastante tempo enquanto Tony está ocupado cuidando dos próprios assuntos. Apesar de ser apenas um programa, J.A.R.V.I.S. era bem simpático.

– Muito obrigada. Mas eu já disse que pode me chamar de Chris.

– Como quiser, Srtª. Chris.

Retirei a bota e os braços da armadura e os coloquei no devido lugar. Agora que os cálculos já estavam prontos, montar a outra bota seria infinitamente mais fácil. Já ia voltar ao trabalho quando ouvi a voz de Tony.

– Que barulho é esse, J.A.R.V.I.S.? - ele disse, descendo o último degrau da escada, com os cabelos despenteados e o reator brilhando sob a blusa preta. - Ah, Christine. Achei que não estivesse mais aqui.

– Fiquei para adiantar o projeto, Sr. Stark.

– Claro, claro. Menina eficiente. Bom, pode ir pra casa, se quiser.

– Se não for incomodar, Sr., eu queria ficar aqui para terminar essa parte do projeto.

– Como quiser.

Ele puxou uma cadeira e sentou-se. Ficou me observando enquanto eu montava a segunda bota da armadura com a mesma cautela com que montara a primeira. Levou um bom período da tarde para terminar de montar perfeitamente a outra bota, mas, assim que ficou pronta, fui testá-la. Do mesmo modo que da outra vez, coloquei os dois braços e, dessa vez, as duas botas. Acionei mais uma vez os braços primeiro, depois a primeira bota. Normal. Mas assim que ativei a segunda bota, a força emitida por ela me impulsionou para trás e eu bati na parede com força, atingindo uma prateleira vazia, e caí no cão. Essa já era a quinta vez que isso acontecia em três dias. Quem diria que trabalhar com engenharia mecânica seria tão perigoso.

Me apoiei na parede para levantar e pisquei várias vezes, tentando fazer os pontos pretos que dançavam na minha frente sumirem. O corte que eu já tinha em cima da sobrancelha esquerda abriu novamente e um caco de vidro da prateleira havia perfurado a minha mão. Removi o caco de vidro e pressionei bem forte a mão para estancar o sangramento, enquanto algumas gotas de sangue provenientes do corte na sobrancelha pingavam na minha roupa.

– Você esqueceu de calibrar a força. Assim como aconteceu com o braço.

– Eu percebi. Tenho que consertar.

– J.A.R.V.I.S., por favor, ajude a garota.

Ele rapidamente deu um jeito de arrumar curativos para os cortes na mão e na sobrancelha, além de um remédio para dor. Além de simpático é prestativo. Pena que é só um programa. Consertei meu erro em menos de um minuto. Como isso acontecia com frequência, eu sempre tinha que ajustar um pouco a mais ou a menos a força. Por isso já conseguia fazer o processo quase tão rápido quanto o Tony.

– Não é melhor ir pra casa, Christine? Ou para um hospital.

– Eu já terminei por hoje. Se o senhor não se importar...

– Claro que não. Pode ir.

– Muito obrigada, Sr. Stark. Mais alguns dias e finalizamos a armadura.

– Acredite, leva mais tempo pra fazer funcionar tudo junto do que as peças separadas.

– Eu sei. Incluí isso no "mais alguns dias".

– Você precisa procurar um hospital, OK? Pra tratar esses cortes.

– Eu vou. Até amanhã, Sr. Stark.

Saí do laboratório e da casa dele, indo até meu carro. Realmente fui ao hospital, mas eles disseram que não era nada grave. Se você pensa que meu trabalho se limitava à casa do Stark, está muito enganado. Ao chegar em casa, começava a trabalhar em outro projeto. Meu projeto. Uma armadura que seria montada e criada totalmente por mim, para ser usada por mim. Em breve, o Homem de Ferro ganharia uma parceira.

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