“No mínimo cinco filhos...”

Constância em Lado a Lado

Por Laura

Eu olhava Edgar dormindo ao meu lado, e me lembrava do que tinha ocorrido...

Haviam passado 10 anos desde que eu e ele nos reconciliamos definitivamente e voltamos a morar em nossa casa. Após uns momentos mais preocupantes com a investigação do assassinato de Catarina... conseguimos alcançar tempos felizes (muito felizes) de amor, paz e comunhão da maneira que sonhávamos no início do nosso casamento, tendo apenas problemas normais e cotidianos de um casal apaixonado, e de uma família unida.

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Sendo algo que queria muito, Edgar conseguiu acompanhar a gravidez e o nascimento dos nossos 3 filhos mais novos:

Toninho (Antônio) estava com 9 anos, tinha os cabelos loiros como Edgar, e os olhos castanhos como os meus. Mas seus traços lembravam mais o pai. Era um menino muito justo, esperto e meigo.

Quincas (Joaquim), o grande companheiro de brincadeiras do irmão, estava com 7 e tinha os olhos e cabelos castanhos, sendo esses últimos bem lisos como o do pai. Em seus traços, ele era uma boa mistura minha e de Edgar. Era muito criativo e vivia se metendo e imaginando aventuras.

Bia (Beatriz), a nossa caçulinha de 3, era a mais parecida comigo... Em suas feições, nos cabelos (da cor ao aspecto), era como se estivesse me vendo criança novamente... Mas os seus olhos eram verdes como o de Edgar o que lhe dava um aspecto encantador, até mesmo angelical, apesar dessa impressão ser desfeita quando percebiam o quão levada ela era.

Eu e Edgar procurávamos educá-los junto dos irmãos mais velhos, que até nos ajudava nessa tarefa (os 5 apesar da diferença de idade eram muito carinhosos e unidos entre si). Os criávamos com muita conversa, sem mentiras, e muito amor. Sem sufocar para que seguissem a sua personalidade e capacidades, e ao seu modo, se tornassem boas pessoas, ativas na sociedade, que contribuíssem pro progresso do Brasil e do mundo.

Queríamos que eles vissem brancos, negros, mulatos, estrangeiros, brasileiros, pobres, ricos, homens e mulheres enfim os humanos, como iguais, onde cada um importava, podendo transformar o mundo.

Inclusive Cecília, com meu apoio e orgulho, o do pai e dos irmãos, já estava participando do movimento sufragista, tentando fazer com que as mulheres finalmente tivessem o direito a votar e serem votadas no país. E pode se dizer que minha menina era empenhada nisso.

Ela estava fazendo o secundário... E seu objetivo, algo que agradava e que Edgar incentivava, era entrar na faculdade de Direito após o término do seu curso.

Ela com seus longos cabelos loiros, olhos verdes e traços delicados, tinha se tornado uma moça linda, e chamava a atenção por onde passava. Mas não parecia perceber ou se importar muito com isso ainda, por sorte de Edgar, e até de Pedrinho, que já davam mostras de ter muito ciúme por ela.

Já Pedrinho, que estava prestes a completar 18 anos, tinha quase o tamanho do pai, as vezes, reclamava quando o chamávamos assim, queria que o chamássemos de Pedro, principalmente na frente dos colegas ou de moças.

Era um rapaz gentil, saudável e muito bonito, bem parecido com Edgar. E ainda tinha um ar misterioso, algo referente à sua personalidade circunspecta. As moças já teciam comentários encantados sobre ele, mas ainda era um moço bem jovem, e esses provavelmente aumentariam à medida que amadurecesse, ganhando barba e porte de homem.

Ele e Neto continuavam amigos, sempre os víamos juntos. Ambos estudavam medicina há um ano, e estavam empolgados com o curso, principalmente meu filho, que sonhava em ser médico desde bem pequeno.

Meu pai também estava bem entusiasmado com os dois netos seguindo sua profissão, e por vezes dava conselhos e dicas, ensinava matérias, mostrava livros, tratamentos e equipamentos. Já era uma espécie de mentor dos dois futuros médicos.

Isabel e Lauro estavam bem felizes e casados. E nós ainda vivenciávamos uma grande amizade... Eles sempre, separadamente ou juntos, me visitavam na escola ou em casa, ou eu a visitava no Alheira que havia passado por uma reforma, se tornando um teatro bem maior e conceituado depois que seu público aumentou.

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Também visitava Lauro em uma das suas lojas, ele de certa forma, já estava se tornando um empresário conceituado no ramo, e era dono de um armazém, uma loja de roupas e outra de artigos infantis.

Eu e Edgar também fazíamos diversos programas com eles, em família ou apenas os dois casais. Edgar e Lauro tinham se tornado grandes amigos. E até segredos e conversas de “homens” eles tinham.

Nossos filhos praticamente cresciam juntos, e eram muito amigos. Além de Neto, que pela relação que tinha construído com Lauro, mais parecia filho dele do que do meu irmão, havia Amália, Laurinho (Lauro) e Rosinha (Rosa).

Amália era a mais velha com 8 anos, uma menina linda, parecida com Isabel, mas com os lindos olhos azuis de Lauro. Laurinho tinha 5, era um garoto atentado com olhos escuros da mãe, mas com o sorriso e cabelo do pai. E Rosinha que tinha o nome em homenagem a avó paterna, também tinha olhos escuros, e era um mistura dos dois. Serelepe, vivia em aventuras e brincadeiras com minha Bia. Ambas tinham quase a mesma idade.

Além da minha vida pessoal , eu também estava muito satisfeita e orgulhosa das minhas conquistas profissionais. Minha escola havia se tornado bem conceituada e tinha diversos alunos ( os meus garotos caçulas a frequentavam), muitos vieram em busca de novas ideias de ensino, e outros através do boca a boca após se notar os bons resultados e o ânimo em aprender das primeiras crianças.

Procurava formar cidadãos tolerantes e conscientes do mundo. Sendo que comecei a distribuir várias bolsas para alunos carentes, o que incluía negros, moradores de favelas ou cortiços. Muitos que queriam estudar, mas não tinham meios... Assim, eles poderiam alcançar um futuro diferente do que viviam. O que me trazia uma sensação de dever cumprido, pois estava fazendo a diferença e mudando vidas. E isso com o apoio do meu marido (Edgar sempre ajudava em casa e incentiva as minhas iniciativas) e filhos.

Também publiquei alguns livros. O mercado editorial não era muito aberto às mulheres. Mas após o sucesso da peça “O amor e o tempo”, meu nome como escritora se tornou mais conhecido e eu acabei conseguindo lançar o livro que baseou a peça (Edgar, ou o proeminente Jornalista, Antônio Ferreira, ficou especialmente animado com a publicação da nossa história, e depois , eu até soube que ele próprio tinha ido atrás de editores para a publicação dela).

Após esse livro (que foi bem nas vendas), não foi muito difícil publicar um de estórias infantis, o que de certa forma, abriu a porta, junto com o sucesso da minha escola, pra que eu publicasse outro com as minhas ideias educacionais.

Depois desses ainda vieram mais livros, e também peças que escrevi pra serem apresentadas no teatro Alheira... Ahhh, era uma sensação incrível ver alguém com um livro meu em mãos, ou comentar uma peça que escrevi, e acima de tudo notar que minhas ideias e imaginação estavam soltas no mundo, sendo ouvidas e fazendo a diferença nele .

Enfim, eu tinha ótimos amigos, companheiros em todos os momentos, os meus filhos que me traziam felicidade e orgulho, Edgar, a minha paixão pra vida toda, o meu maior companheiro, que me incentivava e me amava, tornando os meus dias mais estimulantes e plenos.

E a minha escola, meus alunos, meus livros, minhas peças que inflavam a minha auto-estima, o meu orgulho próprio... Me davam a certeza e o prazer ter valor por minhas próprias pernas, não só pela família.

Isso era melhor do que todos os sonhos que tinha quando adolescente e ansiava em fazer a diferença no mundo... Eu havia conseguido algo que julgara impossível, pois além da minha carreira, eu também construíra uma família. Era possível ter amor, família e a profissão... O mundo me provou isso depois de alguns tropeços e contratempos.

E aquele dia tinha um quê de especial. Uma visita que meu amor aguardava. Eu acordei mais cedo e fiquei contemplando-o. Estava mais velho, mais imponente, e ainda usava o mesmo estilo de barba, mas quando sorria até parecia um garoto sapeca...

E às vezes, eu brincava sobre sua idade, comentando que encontrara fios brancos em sua cabeça (que ainda eram poucos, só que a cada dia se tornavam mais constantes). Mas a verdade é que estávamos mais maduros mesmo, como se isso trouxesse mais responsabilidades. Tínhamos dois filhos adolescentes, um deles já trilhava o seu destino, a sua profissão.

Entretanto eu ainda tinha claras lembranças do início do nosso casamento... quando nos apaixonamos... E o meu amor continuava tão grande.

Sorri pra ele, indecisa se deveria acordá-lo ou não, ele parecia tão sereno... Ainda era cedo, mas estava ansioso com esse dia, e na noite anterior me pediu para acordá-lo.

Por fim decidi atender o seu pedido, e o despertei em meio a sorrisos e beijos. Ele me olhou preguiçoso, mas sorria e disse:

– Não há melhor maneira de acordar do que essa... – ele me beijou com vontade, e depois, ainda com os lábios próximo aos meus , continuou animado – Bom dia, meu amor.

– Bom dia, meu amor – respondi com outro sorriso.

Nós voltamos pro beijo e Edgar parecia querer se aprofundar mais nas carícias, o que era tentador, mas preferi alertá-lo:

– Edgar, eu não te acordei pra isso. Você me pediu pra te acordar...

– Mas ainda é cedo, não é? E as crianças estão dormindo ...

– Sim, é cedo – ele tocou na parte de dentro da minha coxa, me fazendo suspirar, só que voltei a falar – Mas ainda temos que acordar e arrumar a galerinha... Pensei que não queria se atrasar.

Ele me deu um beijo caloroso:

– Ahhh, fazer o quê? – disse com má vontade - Sim, você tem razão. Não quero me atrasar. – já estava mais otimista

Ele se levantou, estendeu a mão pra me ajudar a levantar e enquanto nos vestíamos, me olhou com desejo:

– Mas a noite a gente pode continuar ...

– É claro, meu amor. Isso se não estivermos cansados e não cairmos no sono antes. Não somos mais tão jovens, sabe?- provoquei insinuante

Ele me olhou como se estivesse sendo desafiado, e estava mesmo:

– Mas também não somos velhos sem vigor... Eu continuo muito vivo e com vontades...–era a sua deixa de desafio aceito

Acordamos as crianças, que pra gente incluía Cecília e Pedrinho. Ajudamos as mais novas a se vestir ... Ainda bem que depois do sutiã, mulheres como eu ou Cecília não precisavam mais de muita ajuda pra se arrumar. E bem, até mesmo os meus meninos caçulas já clamavam por independência ao se vestir. Somente Bia deixava que eu a ajudasse sem protestos.

Tomamos o café da manhã, e Pedrinho saiu antes da gente. Na verdade, apesar de estarmos na temporada de férias, ele tinha um compromisso bem cedo com Neto, e meu pai, algo relacionado ao seu estudo de medicina.

Depois de alguma confusão e até contratempos típicos, chegamos a tempo no porto... Ainda ficamos esperando uns minutos até que nos informaram da chegada do navio.

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Após algum tempo, os vimos. Melissa, já mulher, acompanhada de Filipe que já tinha um bom conjunto de fios brancos na cabeça, e um pouco de rugas no rosto. Eu, Edgar e as crianças os cumprimentamos com entusiasmo. Mas de longe, Edgar era o mais empolgado de todos.

Eu deixei Edgar e Melissa conversando emocionados, com Cecília e os garotos em volta, peguei Bia no colo e me aproximei de Filipe que os observava meio de canto. Assim ele acabou olhando pra mim e minha filha:

– Então essa é caçulinha da família? A princesinha linda que não conheci ...– ele disse de modo carinhoso, e Bia sorriu.

Ele já tinha conhecido os meninos, pois havíamos feito uma viagem à Europa um pouco depois da final da guerra, só que Bia ainda não tinha nascido e ele sabia da existência dela através das cartas que trocávamos.

– Sim, Filipe É a Bia – completei

– Prazer em conhecê-la, senhorita. – ele disse pomposo beijando a mão dela

– Pazer, senhor Filipe – ela respondeu sorrindo.

Depois ela pediu que a colocasse no chão e correu até os irmãos.

– Nossa Melissa já é uma mulher, Filipe. Está tão linda e crescida. – comentei

– Sim – ele sorria orgulhoso – Cecília e os meninos também estão enormes. Eles eram uns bebês quando vi, e Cecília uma menina, agora já é uma moça linda... Imagino que o Edgar deve estar preocupado com assedio dos rapazes.

– Eu não me espantaria se logo aparecesse um rapaz em casa a pedindo em namoro ... A sorte de Edgar é que Cecília ainda não parece muito interessada nisso! – ri

– Ela é uma criança! – protestou Edgar enciumado, deixando Cecília e Melissa conversando.

– Criança? Eu na idade dela já era noiva há mais de um ano- justifiquei

– Seu pai era um maluco deixando sua menininha noivar tão cedo...

– Você também não era? Já que era o meu noivo. - comentei

– Eu era jovem também – ele justificou brincando

– Já que entraram nesse assunto. A Melissa tem uma novidade! Ela queria contar pessoalmente. Filha! –Filipe a chamou e em pouco tempo ela estava ao nosso lado, os dois se olharam cúmplices e ele continuou – Será que já podemos contar?

– Claro... Laura ... Edgar... Estou noiva! – ela disse animada

– Mas já? Você é uma criança. Você tá doido em permitir isso, Filipe– Edgar falou assustado

– Meu amor, aí você tá exagerando, né? Na idade dela eu já tinha o Pedrinho. – abracei Melissa e continuei – Parabéns, Melissa! Seja muito feliz.

– Como disse seu pai era um maluco, deixou uma criança se casar, e eu dessa vez, fui maluco também, casei com uma criança! – Edgar brincava, mas tinha um fundo de seriedade em sua voz.

– Você também era jovem, meu amor - sorri para ele brincando, e depois segurei a sua mão com carinho- E acho que ainda não se deu conta que as meninas cresceram!

– Jacinto é um ótimo rapaz, e realmente gosta da Melissa, Edgar – Filipe comentou satisfeito.

Em algumas cartas que trocamos, ele tinha demonstrado uma preocupação com isso. Ele era muito rico, e mesmo Melissa não sendo filha legítima, ela era sua única herdeira... Assim ele era zeloso com os pretendentes, afastando qualquer um que indicasse interesse pela fortuna e não por sua filha.

– Eu também amo o Jacinto. E quero me casar... – ela disse

– Bem, se você realmente quer, então é bom... – Edgar sorriu tranquilo

– Vocês estão convidados pro casamento. Vai ser em alguns meses. Na verdade, faço questão da presença dos dois – ela sorriu simpática – Viu, Edgar? Viu, Laura?

– Faço questão de ir... Mas não me chama de Edgar... Ainda lembro quando me chamava de pai... – ele falou meio acanhado, meio brincalhão.

– Ahh, não fica assim! É que o papai não gosta que eu chame outro de pai... Mas você sempre vai ser meu pai também ... em meu coração – ela sorriu graciosa e os dois se abraçaram

Cecília se aproximou:

– Que papai, ciumento, hein? – ela abraçou o pai e continuou – E eu continuo te chamando de pai!

– Tá bom, depois desses abraços calorosos de tão lindas damas... Me dou por vencido! – Edgar sorria animado

Fomos todos pra casa. Próximo do horário do almoço, começaram a chegar alguns convidados. Isabel , Lauro e os filhos mais novos. Sandra, o marido e os filhos. Tia Celinha, Guerra e Carolina. Sendo que Carolina se juntou a Cecília e Melissa em conversas de moça.

Pedrinho também apareceu com Neto. E após ambos se reunirem às moças, a conversa se tornou mais geral com assuntos que interessavam os adolescentes e não somente as garotas.

A tarde prosseguiu animada nessa reunião íntima permeada de muito papo, música, correria e brincadeiras das crianças num clima agradável e familiar.

Entre as pessoas sorridentes, Edgar se destacava... Podia-se dizer que ele estava radiante com a presença de Melissa. E muito animado deu atenção às crianças às vezes participando das suas brincadeiras e até contando histórias com seu jeito peculiar.

À noite, quando o silêncio já voltava a imperar na casa, eu estava pronta pra dormir e comecei a escovar meus cabelos em frente à penteadeira. Na verdade, eu esperava Edgar, que não demorou muito a aparecer:

– Pronto! Banho tomado. Crianças dormindo. Convidados já foram embora. Hóspedes alojados. Enfim sós!- ele disse satisfeito, e começou a dar beijinhos em meu pescoço.

– Depois desse dia cheio, pensei que estaria cansado! Morrendo de vontade de dormir...– sorri provocante me fazendo de difícil

Edgar não se fez de rogado e abraçando a minha cintura, aproximou os nossos corpos, enquanto beijava minha nuca, o que me fez suspirar:

– Ir pra cama sim, mas dormir, ainda não! Depois de ser chamado de velho... Tenho que mostrar que ainda tenho muita vida- ele sussurrou

Trocamos um beijo profundo, Edgar me carregou em seus braços, me colocou na cama e se posicionou em cima de mim. Nos beijamos novamente e após o beijo, ainda ofegante falei:

– Após anos de casados ainda estamos assim ... – sorri

– Nunca vai ter fim, meu amor. A cada dia te quero mais ... – ele disse com os lábios bem próximos aos meus, e me deu um beijinho.

– Você está feliz em rever Melissa, não é?

– Sim, estou. Na verdade, não é por isso... Fui feliz esses anos todos. Sou muito feliz com você, nossos filhos, nossas conquistas. Eu te amo, Laura. – trocamos outro beijo intenso – E você é feliz?

– Muito... Te amo, Edgar... E esses anos foi como viver num sonho!

– E vai continuar assim ... – ele sorriu

– Sim, vai continuar sempre!

Ele me olhou com ternura. E voltamos a nos beijar. Um beijo intenso e profundo, acompanhado de carícias que foram se prolongando. Em pouco tempo, estávamos sem nossas roupas... Como era bom sentir o seu toque em minha pele, como era bom me entregar a ele de corpo e alma... Ser tomada por ele numa união plena. Sempre era maravilhoso. Era realmente estar em meu próprio paraíso ...

FIM