Vestes humanas encardidas
Amarrotadas
Disfarçando a tristeza
Em banalidades amontoadas

Eu rasgo sua arrogância
Costuro seus sentimentos

Ele me despe
A culpa é jogada ao chão
Quando aparece
Abrindo botão por botão

Meu único vício
É esperar por seu calor
Nas noites de ventania
Somente para que o doce sacrifício
Tenha algum valor

Por ele eu morro
Estou certa em dizer
Não vou pedir socorro
Nem esperar que possam entender

Suas unhas em minha carne
A dor viria contente
Se o prazer não estivesse presente
Só quero que isso nunca acabe

Por mais me faça implorar
Ao ver minha carcaça estirada
A liberdade enfim conquistada
Agora podemos voar

Por ele eu morro
Meu destino já foi traçado
E entre linhas eu corro
Apenas para ficar ao seu lado

Palavras em um profundo sono caem
A razão perde os sentidos
As imagens voam em minha mente
Não posso descrevê-lo
Eu só consigo senti-lo

Lavando a alma
Distorcendo o ego
Provocando o que
[ com dificuldade adormeceu
Tenho medo
De não ser mais eu

Com ele eu morro
Mal posso esperar
De nossos corpos virá o jorro
Que a terra irá se alimentar

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