Percadinha

P.O.V Connor Stroll

Todos estavam em volta da fogueira, então Nico, após receber um olhar meu disse:

– Preciso ir ao banheiro. – Ele já estava se levantando e Annabeth falou:

– Leve alguns dracmas para nos mandar mensagens de Íris qualquer coisa.

– Já estou levando. – Disse ele tirando algumas dracmas do seu casaco de aviador.

Ele saiu,

Esperei um pouco até que disse:

–Hey, Percy, você estava reclamando dos mosquitos, certo?

–Sim, mas... Posso saber o porque dessa pergunta?

– Ah, é que acho que tenho um repelente lá na minha mochila. Me ajuda a procurar?

– Vamos lá. – Respondeu ele já se levantando.

Fomos até a cabana que eu dividia com Percy e Nico. Peguei minha mochila e começamos a tirar tudo.

Depois de uns dois minutos achamos o repelente e eu falei:

– Pode ir passar lá perto do lago lá de trás enquanto eu arrumo tudo.

– Tem certeza que não quer ajuda para arrumar a mochila? - Ele perguntou olhando para a bagunça que havíamos deixado.

– Não precisa.Pode ir lá cara. Eu arrumo tudo aqui.

– Tudo bem então. Obrigado!

Ele saiu e eu terminei de arrumar toda a bagunça. Na verdade, eu não arrumei a bagunça, apenas joguei tudo dentro da mochila e fui lá para fora. Assim que cheguei lá percebi que os deuses estavam torcendo por mim. Annabeth não estava lá e Nico já havia voltado. Para disfarçar eu perguntei:

– Já voltou Di Angelo?

– Não, esse é um fantasma meu!

– Bem capaz, você é um filho de Hades... - Fingi procurar e perguntei - Onde está Annabeth?

– Foi fazer alguma coisa na cabana.- Respondeu Alice.

– Acho que ela ia passar seu repelente anti aranhas. - Falou Thalia recebendo alguns olhares curiosos. - Sim, isso existe.

Ficamos uns dois minutos em silêncio até que eu disse:

– Que tal contarmos histórias de terror ao redor da fogueira?

– Perfeito. - Respondeu Josh.

– Não podem ser histórias românticas? - Perguntou Katlheen.

– Não! - Respondemos eu, Josh e Nico em unissono.

P.O.V Annabeth Chase

Logo que Percy e Connor sairam fui para a cabana que dividia com Thalia e Carol. Peguei meu repelente anti aranhas e coloquei um pouco direto no braço. Assim que comecei a espalhar percebi que tinha algo de errado com meu repelente. Quando olhei para o meu braço ele estava azul!

Fiquei desesperada.

O QUE HOUVE COM MEU REPELENTE ?!?!

Comecei a espalhar mais para ver se a cor saia. Nada. Parece que esfregar só piora.

Resolvi ir ao lago para jogar uma água. Meu braço estava começando a coçar.

Como não queria passar na frente dos outros com o braço naquele estado sai por traz da cabana.

P.O.V Percy

Fui para o lago. Quando cheguei na borda tirei a blusa ficando apenas de bermuda. Abri o repelente e comecei a passar pelo braço.

Tinha acabado de passar no meu braço esquerdo quando sinto uma coceira insuportável nele. Começo a coçar imediatamente.

Coçava muito. Um pernilongo deve ter me picado. Achei melhor passar no resto do corpo logo. Passei no outro braço que começou a coçar imediatamente.

P.O.V Annabeth Chase

– Percy? - Perguntei assim que cheguei no lago e me deparei com ele sem camisa.

Ele deu um pulo e me olhou. Logo reparou em meu braço azul e disse:

– O que houve com seu braço ?!?

– Repelente estragado. - Eu respondi.

Do nada ele fez uma cara esquisita e começou a soprar e coçar o braço.

– O que você tem cabeça de alga?

– Coça! - Ele disse pulando e coçando o braço.

– Hã? - Perguntei, sem entender nada.

– Está coçando e ardendo! - Ele disse.

– Como assim? - Eu perguntei, sem entender absolutamente nada.

– Meu braço! - Ele disse. - Está coçando muito! E ardendo!

– Entra na água!

Ele me olhou sem entender.

– Agora!- Eu disse e ele obedeceu prontamente.

Assim que pulou pude ver sua expressão de alívio.

– Melhor? - Perguntei.

– Muito. Obrigado.

– Mas o que houve? - Perguntei.

– Antes, o que tem no seu braço?

– Repelente esquisito.. - Eu respondi lembrando do meu braço.

– Não vai lavar? - Ele perguntou.

– O que acha que estou fazendo aqui?

– Então venha. A água está ótima.

Coloquei meu braço na água e comecei a limpar. Percy, que estava nadando pelo lago se aproximou da borda que eu estava e começou a me ajudar a esfregar meu braço.

– Como assim repelente esquisito? - Ele perguntou de repente;

– Não sei. Comecei a passar meu repelente anti aranhas e, quando olhei meu braço estava azul.

– Estranho. - Ele disse.

– Mas e você? - Perguntei.

– Estava passando o repelente quando meu braço começou a coçar. Pensei que fosse algum mosquito que me picou. Quando passei no outro, também ocorreu a mesma coisa.

– Estranho. - Eu conclui.