Imagine Leonetta Casados
Septuagésimo primeiro capítulo
– Não... - um pequeno murmúrio escapou de sua boca - LEON!
Violetta correu até onde ele estava caído e ajoelhou-se a seu lado. Tentava ao máximo segurar o choro, mas é claro que isso não foi possível.
–Não, não, não... - ela soluçou - Me desculpa por favor, eu prometo que nunca mais vou duvidar de você, eu juro que...
Sua voz falhou. De que adiantaria ela ficar prometendo essas coisas quando o marido estava a beira da morte?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– O que é isso? - as pessoas em volta perguntavam - O que aconteceu?
Um segurança correu até o local onde o acidente havia acontecido e chamou alguém em um rádio.
– O que aconteceu aqui? - ele perguntou, preocupado
Ela sacudiu a cabeça, sem saber o que responder.
Diego chegou correndo de dentro do aeroporto, parou ao lado de Violetta e colocou as mãos sobre seus ombros.
– O que aconteceu, Violetta? - ele perguntou assustado e enxugou uma lágrima que descia por seu rosto
– Ele... - ela suspirou - Foi atropelado
– Vou chamar alguém do hospital agora - ele afastou-se um pouco e tirou um celular do bolso
Ela assentiu com a cabeça.
– Me desculpe - ela cochichou em seu ouvido - Por favor. Me desculpe por tudo.
Ela parou. Ficar se desculpando não iria levar a absolutamente nada.
– Com licença! - um médico pulou de uma ambulância, que estacionou logo em seguida - Com licença moça, mas precisamos de espaço para leva-lo.
Ela assentiu, levantou-se e abraçou Diego.
– Foi tudo culpa minha... - ela soluçou enquanto escondia o rosto em seu peito - Eu nunca vou poder... -
– Escuta aqui - ele segurou em suas mãos - Nada foi culpa sua.
– É claro que foi! - ela enxugou uma lágrima - Era para mim ter sido atropelada. Mas ele me empurrou e aconteceu com ele. Diego, ele me salvou.
– Escuta, a culpa não é sua - ele sorriu - Que tal irmos atrás dele no hospital?
Ela levantou a cabeça e olhou a ambulância, que se distanciava.
– Certo - ela tentou forçar um sorriso - Vamos lá.
Ele sorriu e conduziu-a até o carro.
Ela abriu a porta e sentou-se. Todos os pensamentos possíveis e imagináveis passavam por sua cabeça.
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– Oi, gostaríamos de ver como está Leon Vargas - Violetta aproximou-se do balcão da recepção, junto de Diego
– Ele acabou de chegar, ainda não está aberto para visitas - ela disse enquanto mexia em uns papéis, sem nem ao menos olhar para o rosto de Violetta
– Eu sou mulher dele, preciso ver como ele está - ela tentou sorrir
Diego a encarou furioso.
– Quarto número 682, segundo andar - a secretária respondeu - Mas não pense em passar mais de meia hora lá.
– Ok, obrigada - Violetta disse
– Ah, e você vai precisar esperar ele acordar para entrar! - a secretária gritou enquanto Violetta se distanciava
– Sim, sim, obrigada - ela sorriu
– Aonde você pensa que vai? - Diego a barrou enquanto ela tentava subir as escadas
– Você ouviu a secretária - ela forçou uma risada - O quarto dele é no segundo andar.
– Eu pensei que nós dois tivéssemos voltado - ele a barrou novamente
– Mas nós voltamos, achei que isso estivesse claro - ela cruzou os braços
– Você acabou de falar que é mulher do Leon - ele começou a subir as escadas
– Diego, que ciúmes bobo - ela riu - Eu era até ontem, mas ele mentiu pra mim e não sou mais. Mas eu realmente preciso me desculpar com ele.
– E desde quando você se desculpa com as pessoas?
– Desde sempre - ela sorriu - Ainda mais quando a pessoa é atropelada por você.
Ela subiu as escadas e ele a seguiu.
– Eu sei que você não vai lá só para pedir desculpas - ele a segurou assim que ameaçou a entrar no quarto
Ela suspirou.
– Diego, eu já disse que só vou pedir desculpas. Também ficar com ele até que se recupere, porque você querendo ou não eu sou a pessoa mais próxima dele aqui - ela cruzou os braços
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Eu sei que não é isso - ele forçou um sorriso - O jeito que você estava falando com ele mais cedo no aeroporto, era um jeito que você jamais falou comigo.
Ela suspirou.
– Diego, eu...
– Eu sei que você só aceitou ficar comigo para tentar esquecer o Leon - ele sentou-se
– Não! Eu... - ela sentou-se também - Ok, isso é verdade. O Leon e eu, nós... Eu não sei explicar direito.
– Não tem importância - ele a abraçou - Eu sei que já te causei muitos problemas e você tem o direito de não gostar mais de mim. Eu entendo, e acho que você tem razão
– Me desculpe por favor, mas eu e o Leon... - ela segurou em seus ombros
– Eu sei - ele sorriu - Sei que vocês dois tem um tipo de "conexão" especial.
Ela ajeitou o cabelo, envergonhada.
– Será que podemos ser amigos? - ela sorriu
– Claro - ele sorriu de volta - Amigos então?
– Amigos.
Eles se abraçaram.
– Agora eu preciso ir ver como o Leon está, e também contar as novidades - ela levantou-se - Se você quiser ir embora fique a vontade. Eu pego um taxi depois.
– Tudo bem - ele sorriu - Nos encontramos outro dia.
Ela sorriu e entrou no quarto.
– Leon! - ela gritou contente ao vê-lo acordado e abraçou-o - Estou tão feliz que você esteja bem.
– Ei! - um médico os separou - Você não pode tocar nele até que esteja completamente recuperado.
– Desculpe - ela revirou os olhos
– Será que você poderia nos deixar sozinhos? - Leon pediu
– Certo, eu deixo - o médico os examinou com o olhar - Mas o horário de visitas acaba em meia hora.
Eles assentiram e ele saiu.
– Me desculpe, por favor, você foi atropelado por minha culpa - ela pediu
– Não foi sua culpa! - ele sorriu - Mas eu preciso falar com você sobre um assunto.
– O que você teve, exatamente? - ela perguntou enquanto olhava um Raio-X que estava sobre uma mezinha
– Ah, quebrei uma perna - ele deu de ombros - Pelo menos não foi nada muito grave.
– E quem foi que te atropelou? - ela perguntou, novamente
– Não sei - ele deu de ombros, mais uma vez - Me disseram que o motorista fugiu.
– O QUE?
– Não se preocupe com isso - ele sorriu - Está tudo bem.
– Leon, eu preciso te falar uma coisa - ela disse sorrindo - Eu e o Diego chegamos a conclusão de que nós dois...
– Era sobre isso que eu queria falar com você - ele suspirou - Eu entendi que você vai ser feliz com o Diego, e é isso que eu quero.
– O que? - ela perguntou confusa - Você não queria que eu e você voltássemos?
– Eu queria - ele forçou um sorriso - Mas eu percebi que você está feliz com o Diego, então quero que seja assim. O que você queria me dizer?
– Nada não, não era nada importante - ela suspirou, triste - Eu queria dizer que, que... Ah, não era nada.
Ela olhou para baixo, desapontada.
– O que foi, Vilu? - ele perguntou
– Nada - ela deu de ombros - Eu, eu preciso ir.
Ela levantou-se quando seu celular apitou.
– O que foi isso? - ele olhou em volta
– Só meu celular - ela tirou o aparelho do bolso - É um e-mail da Francesca. Parece que ela vai fazer uma espécie de baile em Buenos Aires para comemorar o aniversário do Frederico. E está nos convidando.
– Mas como você vai pra Buenos Aires se está presa em Madrid com a Clarice? - ele perguntou
– Eu não, nós dois vamos - ela sorriu - É um baile para casais. E fique tranquilo com isso, a Clarice me deve uns favores, com certeza ela me deixa ir só por uma noite.
– Pensei que você fosse querer ir com o Diego - ele coçou a cabeça
– Ah, sim... - ela corou, tentando achar uma desculpa - Mas é que a Francesca ainda não sabe de nada, então é melhor irmos nós dois mesmo. Além do mais, ela te convidou, não convidou o Diego.
– Mas quando vai ser?
– Semana que vem - ela checou no celular
– Certo - ele sorriu - Mas se você quiser ir com o Diego, fique a vontade.
Violetta suspirou, triste e decepcionada.
– Eu, eu preciso ir - ela gaguejou - A Letícia e o Chris estão me esperando lá embaixo e...
"Essa não" um pensamento invadiu sua cabeça "Eu deixei os dois no aeroporto".
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– E então, você está com o diário? - Ludmila segurou Clarice pelos ombros e a chacoalhou
– Que susto, Ludmila! - Clarice arfou - Sim eu estou com o diário, agora me dê o dinheiro.
As duas fizeram a troca.
– Finalmente em minhas mãos! - Ludmila comemorou - Mas e sobre a Violetta, você teve mais alguma informação?
Clarice tirou o celular da bolsa.
– Acabei de receber uma mensagem da Violetta - ela leu - Diz que precisa de uma "folga" na semana que vem, para ir em um baile de uma tal de Francesca em Buenos Aires.
– Ah, sim - Ludmila riu e folheou o diário rapidamente - Ela pode ter certeza que eu estarei nesse baile, com todos seus segredos na ponta da língua.
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