Falling In Love.

9. Hey, irmã


Com os ataques que a sociedade bruxa recebia do Lord das Trevas, aquela fora a primeira vez que os alunos de Hogwarts saíram duas semanas antes – para as férias de Natal. Remo, Sirius e James passariam todos os dias na casa dos Potter. Marlene, Dorcas, Alice e Frank passariam essas duas semanas com seus pais e depois iriam passar o restante das férias com os meninos. A única que não tinha certeza do que iria fazer era a ruiva aqui. Entendam que está difícil conciliar tudo o que aconteceu, eu beijando James, ele me contando tantas coisas e Lene grávida. Contudo o que mais dançava pela minha cabeça era o fato de que eu estava apaixonada pelo porco espinho arrogante e todas as partes do meu corpo estavam felizes com isso.

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Como se eu tivesse sido liberta, como se nós realmente tivéssemos sido feitos um para o outro. Ou quase isso, já que continuávamos brigando e gritando, mas no fim do dia estávamos aos beijos na Sala Comunal da Grifinória ou então no quarto dos monitores chefes.

Eu tinha guardado uma foto de James no meu malão, iria para casa e depois decidiria se passaria ou não o meu Natal com os meus amigos. Me despedi deles com um abraço dei um beijo casto em James, prometendo que lhe escreveria, qualquer fosse a minha decisão. Sorri ao ver meu pai na estação e James me deu um beijo na testa, permitindo que eu fosse até o seu encontro.

Corri até meu pai e o abracei, com tudo o que aconteceu com Jay, seu sabia que deveria dar valor ao pai que eu tinha, sabia que enquanto estivéssemos em guerra todo o momento perto da minha família seria importante. Mesmo ao lado de Petúnia. Me virei para trás e acenei para os Marotos, já que as minhas amigas tinham ido embora. Aquela seria a minha lembrança, até encontrá-los de novo: um Sirius fazendo um comentário idiota, dava para perceber porque Remo o olhou rindo e James revirou os olhos, batendo na cabeça do amigo. ‘‘Tchau Lírio’’, era o que podia ser entendido com o movimento dos lábios do maroto. Sorri para eles e me virei.

Seria um longo Natal.

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- Eu não acredito que ela pode namorar fora de casa e eu tenho que trazer Válter só para dentro de casa. Se quer posso ir à sorveteria com ele que vocês já implicam! – Gritava Petúnia. Eu havia contado aos meus pais, no jantar, que estava com James. Papai ficara surpreso, porque de acordo com ele eu sempre chegava em casa rogando praga dele. E mamãe me disse um ‘eu te avisei’ – Mas é claro que ela pode! Ela é a Lilian! Ela tem a magia da família, tem os olhos e cabelos brilhantes! Ela tem a atenção de vocês, enquanto eu fico com o resto. Nem quando ela está naquela escola de pessoas anormais eu tenho a atenção que mereço! Estou cansada de vocês.

Ela saiu como um foguete para cima e a sala de jantar ficou num silêncio estranho. Vi Válter – o namorado ridículo da minha irmã – subir e escutei quando ele bateu na porta do quarto dela, afirmando ser somente ele. Nojento, blergh.

Ouvi os soluços de mamãe e suspirei. Era sempre assim quando eu chegava. Levantei da cadeira e me ajoelhei ao seu lado, papai também o fez. Segurei sua mão e fiquei em silêncio. Era claro que ela me dava mais atenção, cristalino como água. Mas não era o fato de eu ter a magia da família, e sim porque eu ficava mais longe do que perto. Tunie não entendi isso. Ela não entendi desde que Sev me disse o que eu era. Desde que a minha carta de Hogwarts chegara, eu havia sido deixada de lado pela minha própria irmã. E isso doía mais do que saber que eu poderia perder meus amigos, em qualquer momento. Suspirei e me levantei, dei um beijo no topo da cabeça de mamãe e olhei para o meu pai. Ele concordou com a cabeça. E mamãe me olhou.

- Vá para casa dos Potter minha querida, por mais que eu queira passar o Natal com você, vai ser difícil para James e você sabe disso. E aqui... Você só vai ver isso. Aproveite meu bem, é tudo o que eu te peço – Ouvir isso da minha mãe e ver meu pai assentindo novamente era como tirar um peso de minhas costas, suspirei e dei um pequeno sorriso para eles.

Corri para o meu quarto pegando o meu malão e minha coruja. Aproveitei e peguei o pouco de pó de flu que havia sobrado – que Marlene tinha, sem querer, roubado de algum aluno da Corvinal. Bati na porta de Petúnia e a mesma não foi aberta. É claro.

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- Tunie, eu não vou passar o Natal aqui. É o seu último Natal com os nossos pais, vê se não faz burrada, está bem? Feliz Natal para você e para o Válter. Desculpe qualquer coisa – Eu sussurrei dessa vez e encostei minha cabeça na porta, deixando que algumas lágrimas se apoderassem do meu rosto – Eu só queria que você soubesse que é tão importante quanto eu e que eu te amo. Você é a melhor irmã que eu poderia ter tido. Desculpe estar tão ausente. Novamente, eu te amo. Adeus – Eu sussurrei a última palavra e fui correndo para a lareira.

Meu pai e minha mãe haviam ido para o quarto. Era difícil os momentos que eu tinha que ir, mas esse era o mais difícil, eles precisavam de um tempo a sós com Petúnia e eu lhes daria isso. Logo ela sairia de casa e sabe-se lá quando decidiria voltar a olhar para os nossos pais.

Peguei o pequeno bilhete que tinha escrito no trem, enquanto vinha e deixei no retrato que guardava uma foto minha e da minha irmã. Com minha caligrafia podia ver o escrito:

Estou feliz por você e por Válter, mas não é como se a existência da minha opinião fosse mudar muita coisa. Espero que vocês sejam felizes Tunie.

Sempre te guardarei no meu coração. Não importa o que aconteça. Lhe darei como presente de casamento a minha falta no mesmo e a minha falta na sua vida, por mais que me doa. Sei que é isso o que você quer. Viver em um mundo onde eu não lhe tire o brilho. Mas não é isso o que eu quero. Você sempre vai ter a Tunie, a irmã mais velha e minha maior admiração.

Com sinceridade, amor e já saudades,

Lily Evans.

Joguei o pó de flu em mim e tive um único pensamento: A casa dos Potter.

Dei de cara com os olhos castanhos esverdeados me olhando com curiosidade, um sorriso se lançou em seu rosto e ouvi sua risada. Me joguei em seus braços e o apertei.

- Aluado, Almofadinhas! – Ele chamou – Venham ver quem chegou semanas mais cedo para o Natal!

E com essa frase eu fui abraçada pelos meus dois melhores amigos e logo depois tomada nos braços pelo cara que eu amo.

Seria difícil passar o Natal longe da minha família, mas eu estava criando uma nova. Ali com eles. E talvez esse fosse o significado da vida de Petúnia sem mim: eu encontrar alguém que me entenda, assim como Válter a entende. Eu não gosto dele, mas ela fica mais Tunie que eu conhecia quando era criança, do que a Tunie vadia dos dias atuais.

Fitei novamente os olhos castanhos esverdeados e balancei a minha cabeça. Eu estava, com todas as letras, apaixonada por James, ele tornava tudo mais fácil. Sorri e uni nossos lábios e logo exclamações como ‘Arrumem um quarto, por favor!’ ou ‘Ah Prongs, aqui?’ foram ouvidos. Me separei de Jay e olhei para os dois grifinorianos que estavam em nossa frente, sorrindo.

- Não encham rapazes.

E depois, abracei James de novo. Quem sabe o Natal não seria tão ruim assim?