Meu Novo Irmão, Meu Namorado...
Não é o grande e eterno amor da tua vida - Marinne
Marinne sentou-se ao lado do irmão nas espreguiçadeiras a frente da piscina.
-“ As coisas com a Clare como andam?” – Questionou a rapariga, ela sabia que o irmão gostava da namorada, mas percebia a falta de um clique de vez em quando.
-“Bem” – respondeu. O ambiente ficou em silêncio por uns segundos.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!A morena estava com os óculos de sol a proteger os seus olhos verdes. E um leve vestido branco cobria o seu corpo curvilíneo.
-“Eu gosto dela” – Declarou ele desviando o olhar para a irmã.
-“Eu sei”
-“ Não estou a dizer que a imagino como minha mulher, mãe dos meus filhos, não nada disso mas gosto de passar um tempo com ela” – sentiu a necessidade de explicar.
A verdade é que a relação dele com a Clare começou com um simples ficar e depois foi evoluindo sem eles discutir muito sobre isso. Eles dois tinham uma boa afinidade, gostavam das mesmas coisas e divertiam-se imenso, sem muitas pressões e quando a Clare começou a precisar de mais um pouco de segurança nela e na relação ele não se importou de lhe dar. Kyle gostava dela, amava-a na verdade, no entanto às vezes perguntava-se se isso chegava.
-“Ok, Kyle eu percebi. Não é o grande e eterno amor da tua vida” - Brincou a rapariga sabendo que o irmão não acreditava nesse tipo de coisas.
Kyle lançou a irmã um olhar de desgosto.
A campainha tocou interrompendo a conversa dos dois. O loiro levantou-se e dirigiu-se a porta, sabia que era a Clare.
Assim que abriu a porta o corpo curvilíneo da ruiva colou no seu, sentiu o cheiro do champô de baunilha. Os lábios carnudos e famintos encontraram os seus, enquanto as mãos suaves e femininas tocavam o peito descoberto.
-“Estava com saudades” – Declarou Clare afastando lentamente os corpos.
Kyle sorriu e colou os lábios num beijo rápido como resposta.
-“Anda”- Ele falou puxando a rapariga de novo até perto da piscina. Marinne ainda continua na mesma posição.
-“Bom dia, Clare” – Cumprimentou levantando levemente o corpo para dar dois beijos na convidada.
-“Esta tudo bem?” – Clare perguntou sentando-se junto ao namorado na espreguiçadeira.-“O Kyle contou-me que as coisas andam mais movimentadas por aqui” – finalizou olhando a morena.
Marinne encolheu os ombros e deu uma olhada rápida no irmão, antes de responder.
-“É verdade” – Clare olhou em volta.
-“Onde é que ele está?” – Questionou a ruiva que recebeu um suspiro irritado do namorado.
-“No quarto” - Respondeu a Marinne retirando os óculos e olhando directamente para a namorada do seu irmão.
Agradeceu mentalmente a presença dela naquela casa, Kyle precisava de descarregar algumas energias negativas.
-“Podemos mudar de conversa?” – O rapaz falou num tom impaciente –“Nesta casa não me fala de mais nada, a não ser do órfão”- Terminou ainda mais irritado.
Clare deixou um grunhido incrédulo sair da sua boca.
-“Kyle como é que tens coragem de falar assim? É uma criança, e certamente deve estar assustado ” – A ruiva afastou-se do namorado enquanto o repreendia dum tom duro e forte.
-“ Criança? Ele tem mais ou menos a nossa idade, Clare” – A expressão de choque era ver visível.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!-“Eu pensei que fosse um menino. Ele tem 19? – Questionou desta vez virada para a Marinne que se encontrava calada a olhar a cena.
-“18 e alguns meses, pelo que entendi” – Respondeu a morena –“Ele teria de sair do orfanato dentro de pouco tempo” - Continuou a explicação.
Kyle agarrou a namorada e puxou o corpo feminino contra o dele deixando-o descansar contra o seu peito.
-“Esquece isso” – Declarou enquanto começava a beijar o pescoço suave a sua frente.
-“Bem, chegou a minha hora” – Marinne colocou-se em pé, soltando uma gargalhada enquanto olhava o casal.
Num passo apressado entrou em casa, não tinha nada para fazer o dia todo. Havia recusado a oferta de Carol para ir sair, pensando que podia convencer o Luc a ir dar uma volta mas depois da forma como ele lhe tinha falado ao pequeno-almoço duvidava seriamente.
Começou a subir as escadas em direcção ao quarto e naquele momento uma figura masculina começava a descê-las. O orgulho feminino quase que a impediu de lhe dirigir a palavra mas quando reparou que ele estava aprontado para sair dirigiu-se a ele.
-“Vais sair Luc?” – O rapaz parou no meio da escadaria olhando-a.
-“Vou” – Depois que a palavra saiu dos seus lábios continuou o caminho.
A morena correu as escadas esperando alcançar o corpo grande.
-“Mas tu não conheces nada por aqui” – Rebateu nas costas dele.
Luc andava num passo apressado até a porta.
-“Preciso de uma coisa” – Pediu Luc ainda virado de costas para a rapariga.
A sua mão estava a agarrar com força a maçaneta da porta de entrada/saída, naquele momento sabia que tinha de perder parte do seu orgulho.
-“Diz” – Marinne olhou para as costas fortes e musculadas do rapaz.
O moreno deu um suspiro bem longo antes de virar um pouco o corpo.
-“Preciso de dinheiro” – Declarou de uma só vez.
A rapariga abriu a boca em sinal de contesto mas rapidamente a fechou. Obviamente que ele precisava de dinheiro devia estar sem um cêntimo.
-“Tudo bem” – Avançou até as escadas, aquelas que subiu até chegar ao seu quarto.
Enquanto procurava a carteira entre as suas gavetas os pensamentos vibravam na sua cabeça. Certamente, ele não ia fazer nada de mal, quer dizer, fugir não ia, visto que não levava nada a não ser a roupa que tinha no corpo. Agitando negativamente a cabeça, pegou em algumas das notas que tinha guardadas e dirigiu-se de novo ao andar de baixo.
Luc estava no mesmo sítio, parecendo que não tinha movido nem um músculo, os olhos verdes encontraram a morena enquanto ela caminhava em direcção a porta.
-“Não queres companhia?” – Perguntou a rapariga com um sorriso forçado, estendeu a mão para entregar o dinheiro.
Ele acenou negativamente com a cabeça.
-“Obrigada” – Agradeceu no momento em que pegou no dinheiro da mão macia.
Em seguida deu meia volta e saiu de casa batendo a porta, deixando assim a rapariga sozinha no hall de entrada.
Marinne suspirou, achava que tinha feito o melhor, Luc precisava de algum espaço e tempo para por tudo em ordem, como toda a gente naquela casa
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