Se Eu Morrer Jovem...

Capítulo Vinte e Dois - Clove


À noite, depois do jantar, Brutus e Enobaria nos passavam conselhos de sobrevivência nos jogos. Cato e eu ouvíamos atentamente.

– Quando o minuto se encerar corram para a cornucópia, peguem o máximo de armas e suprimento possíveis e matem o quanto de tributos conseguirem. – Brutus aconselhava – E fiquem de olhos bem abertos porque enquanto matam um, outro pode vir por trás e tentar matar vocês.

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– Fiquem atentos. – Enobaria continuou – E depois do banho de sangue, não se separem. Alimentem-se, montem acampamento e cacem os outros tributos, um a um. Tomem cuidado também com as alianças que eles fazem, porque sozinho ninguém tem coragem de enfrentar vocês, mas quando estão em maior número ficam prontos para atacar. E, por favor, prestem atenção nas frutas venenosas, se não estiverem totalmente seguros não comam, cacem algum animal e esperem alguma dádiva de patrocinadores.

– Faremos o possível pra que enviem alguma coisa pra vocês.

– Olha as notas! – Sophie disse quase cantarolando. Sentamos todos no sofá para ouvirmos Caesar Flickerman anunciar as notas que recebemos dos Idealizadores dos Jogos de acordo com os dias de treinamento e a seção particular.

Como de costume o Distrito 1 começa. As notas dos carreiristas normalmente tem média de oito pra cima. Marvel recebe um nove e Glimmer oito. Então a foto de Cato apareceu na tela e um enorme e brilhante dez começou a piscar.

– Dez! Isso é maravilhoso! – Sophie exclamou – Com certeza você os surpreendeu bastante. – todos, inclusive eu, nos levantamos para abraça-lo e parabeniza-lo pela nota. Depois nos sentamos novamente para ouvirmos a minha.

– Do Distrito 2, Clove Medrick. – Caesar dizia – Com nota dez!

– Oh, outro dez! Que ótimo crianças. – Sophie disse – Vocês são realmente incríveis.

Parabéns Clove. – Cap disse e eu agradeci.

Cato me abraçou forte e cochichou no meu ouvido:

– Parabéns princesa das facas. Eu te amo.

– Parabéns príncipe das espadas – eu respondi no sussurro – Eu te amo mais.

Continuamos assistindo as notas dos outros tributos. Tara recebeu um oito.

– Ela é boa com o tridente. – Cato disse – O Distrito 4 tem muitos vitoriosos?

– Alguns. – Brutus respondeu – Os últimos que me lembro são Finnick Odair da edição 65 e a namorada dele, Annie Cresta, da edição 70. Dizem que ela ficou esquizofrênica depois que saiu da arena.

Os demais tributos receberam notas na média cinco. Surpreendentemente a garota do 11, de doze anos, ganhou um sete.

– Como ela conseguiu essa nota? – perguntei – Deitou no chão, chorando e implorando para que não a dessem uma nota tão baixa?

– Não duvido. – Cato diz – Normalmente é o que eles fazem. Fingem-se de bebês indefesos, mas são os piores, os mais detestáveis. Eu odeio eles. – eu sabia que ele falava isso por causa do que faziam com Emily e eu concordava.

O garoto do 12, Peeta, consegue um oito. Nada que não esperássemos, imagino que ele tenha mostrado toda a sua força atirando aquelas bolas de metal. O que nos pegou mesmo de surpresa foi a nota da garota, Katniss.

Cato e eu pulamos do sofá quando vimos piscar na tela, do lado da foto dela, um número:

Onze.