Coletânea Harry X Draco

Um pequeno empurrão


Harry Potter, o homem que derrotou Você Sabe Quem com todo o glamour que um verdadeiro herói merece estava ali, na Babylon, seu local noturno favorito, enchendo a cara com alguma bebida cubana deliciosamente forte, junto com seus amigos de infância Seamus Finnigan e Ronald Weasley.

– Estou dizendo. – Ron afirmou para o garçom – Mulheres são muito complicadas. A minha me chutou essa noite, ela diz que sou sensível que nem um Troll e a culpa dela estar de sete meses é toda minha.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Seamus se meteu na conversa:

– Não são apenas mulheres. Dean anda numa TPM danada esses dias... – o irlandês bebericou o firewhisky. – Estou dormindo no sofá desde ontem...

– E você, Harry? Problemas no paraíso? – Ron arriscou.

Harry, que tivera coragem pra enfrentar um Basilisco, montar um Hypogrifo, afugentar Dementors, lutar contra um Dragão, derrotar Voldemort e, o mais difícil na sua opinião, decepcionar toda a família Weasley ao escolher Draco Malfoy como parceiro ao invés de Ginny, não tinha coragem de dizer aquela frase tão piegas, mas que Draco desejava tanto ouvir.

Era difícil dizê-la. Sentia-se fraco, exposto...

Nunca se sentira fraco assim antes.

Deu mais um gole na bebida terminando o quinto ou sexto copo, não tinha bem certeza. O álcool queimava suas veias, deixava seu rosto quente e os sentidos meio entorpecidos. As doses foram se acumulando e subindo direto pro seu cérebro, enchendo-o de coragem.

Ali estava o pequeno empurrão que precisava.

Jogou umas moedas sobre a mesa e, sem despedir-se dos amigos, desaparatou indo direto para a mansão Malfoy, onde Draco estava depois da briga, sozinho, já que os pais tinham ido viajar.

Apesar de tonto pela bebida, Harry vislumbrou o loiro que tanto amava e, antes que perdesse a coragem, lançou:

– Draco... eu te amo. Você é a pessoa mais importante da minha vida. Desculpa se... eu nunca disse isso antes. Eu... acho que não estava preparado.

Calou-se esperando a resposta. Que veio alguns segundos depois, do alto da escada:

– Eu também te amo, Potter. Mas acho que papai não...

Primeiro Harry olhou para cima, flagrando Draco debruçado na proteção de madeira, segurando a risada a custos. Depois olhou pra frente, dando de cara com o quadro de Lucius Malfoy que lhe mirava de volta com uma expressão de asco.

– Mas que merda! – o moreno exclamou e apontou para a pintura – Eu não amo você! Eu amo o seu filho.

Draco quase rolou a escada de tanto rir e Harry jurou que não recorreria aquele tipo de ajuda alcoólica quando precisasse de um empurrãozinho.

Mas pelo menos pareciam ter feito as pazes...

Fim