Ode ao Corvo

Corvo negro cantador

Chora minha cantiga

Em luto por seu mentor.

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O corvo antes

voador

Foi justo em meu ombro

Tornar-se um “pousador”.

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Corvo negro de fitar curioso,

Das lágrimas pesadas

Por seu mestre já rancoroso.

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Pássaro esse que não sabe

Que curiosos não têm vez.

Sendo corvo

Sendo ave.

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Corvo corvo chorador

Roçando o bico no meu pescoço

Te esconderei, te protegerei

Não faça muito alvoroço.

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Antes esqueça o semi-morto.

Não é bem-vindo o mau-agouro.

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Corvo negro 'esquecedor'

Que de bom, deixou-se ser meu.

Agora choro a cantiga do corvo

Que por uma acaso

Se autoesqueceu.