Acredita Em Nárnia?

Pontada de esperança.


Lúcia ia entrar na sala de aula quando encontra novamente o garoto de olhos azuis.

-Meus parabéns. O dia de ontem foi maravilhoso. Nunca vi Molly com tanta raiva. Não acredito que a fez cair na própria armadilha. - ele disse admirado.

-Obrigada.

-Como conseguiu fazer aquilo?

-Já estive em muitas batalhas e aprendi... - ela se calou. Não queria falar sobre Nárnia quando tudo estava bem.

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-Já esteve em batalhas? - ele perguntou confuso.

-... aprendi a antecipar os movimentos do adversário. Ela havia rasgado outro desenho meu por inveja, podia querer aprontar com meu desenho apenas para ganhar.

-Pelo que estou vendo gosta de estratégias. Joga algum jogo de batalha sobre isso?

Na verdade, eu participo deles.

-Mas enfim... - ele não a deixou terminar. - foi engraçado. Ela precisava perder pelo menos uma vez.

-Além de que, você ganhou a aposta.

Ele assentiu com um sorriso de canto. Remexeu no bolso e tirou um saquinho dele.

-Tome. Achei que ia querer uma parte do ganho da aposta.

Ele a entregou o saquinho. Tinha algumas bolinhas de gude dentro.

-Isso não é coisa para criança?

-São de uma coleção antiga. Não sei quanto vale, mas se procurar tenho certeza que valeriam alguma coisa.

Ele se virou e foi embora. Quando ia atrás dele e perguntar seu nome, Gian e Rachel apareceram.

-Oi, tudo bem? - Gian perguntou.

-Claro. Ganhou a aposta, não é?

Ele a encarou confuso, como se não soubesse do que ela falava, e depois assentiu.

-Molly mereceu. - falou Rachel. -Mas se eu fosse você, teria cuidado. Não é por que ela perdeu uma, que não vai tentar se vingar. Ela nunca perdeu para ninguém. Culpa dos pais a mimarem.

-Estarei atenta. Já tentou fazer isso uma vez, e eu a fiz cair na própria armadilha, posso fazer de novo. -Lúcia falou confiante.

Os dois sorriram, e entraram na sala. Ela os seguiu, e sentou na primeira carteira sem olhar para Molly. Queria se passar de inocente. Na realidade, não queria mal á Molly, apenas que aprendesse que não é muito melhor que os outros. Quando Carlos entrou, lhe dirigiu um sorriso, e um "Mandou bem". Talvez os próximos dias não fossem tão ruins assim.