Lúcia foi procurar por Molly em sua casa. O pai dela a deixou entrar, mas ela quase podia sentir a tensão no ar. Subiu para o quarto conhecido e bateu levemente na porta.

-VAI EMBORA! - a garota gritou.

-Molly... sou eu...

Segundos depois a porta foi aberta e Lúcia foi puxada para dentro, e a porta foi fechada atrás de si. Molly tinha a aparência cansada e exausta.

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-Tudo bem?

-Não, meu pai pirou. Ele me proibiu de sair de casa, me proibiu de ir até na escola! Eu nem consigo mais comer perto deles, eu vou de madrugada e trago comida para cá. Ele está muito furioso comigo, talvez ele... acho que aquela bruxa está o convencendo de me mandar embora daqui para um internato. Eu não sei o que fazer. - ela disse desesperada.

-Será que eu posso ajudar?

-Duvido que possa. - ela suspirou e as duas sentaram na cama dela. - Eu sinto muito mesmo, mas tenho mais medo dele do que eu gostaria de admitir.

E Lúcia ficou mal for causa daquilo. Sim, ela e Molly antes se odiavam, mas agora havia mudado, tudo na realidade.

-Acho que se mostrar para o seu pai o quanto está arrependida e que mudou, talvez se acertem...

-Como eu poderia fazer isso? Eu não consigo ser humilde, adoro todo o poder que o dinheiro pode me dar e tudo o mais. Acho que eu estou perdida.

E Molly estava certa. Jake contou á Lúcia que não muito tempo depois, Molly e seus pais saíram do país, e ela foi parar em um colégio militar. Por mais que não quisesse, Lúcia ficou com saudades de Molly, tudo o que a garota precisava era de ajuda, ela poderia ter se tornado uma pessoa melhor. Mas não poe negar que com a saída dela a sala ficou melhor de se conviver, ela tinha feito mais algumas amigas - sem nunca deixar de conversar com Jake - e a vida parecia sorrir para ela.

Mas algumas coisas precisam mudar.