Capítulo 25

Definitivamente isto não era bom.

Annabeth não parecia nem um pouco amigável, ao contrário de Calipso é claro.

-O que você está fazendo aqui? Perguntou ela.

-Acalme-se, pediu ela e em seguida olhou em minha direção.

-Meu herói, finalmente nos reencontramos, você cumpriu sua promessa.

-Na verdade, prometi que voltaria à sua ilha para nos vermos, mas você veio até mim primeiro.

Ela riu.

-É a mesma coisa.

Os outros pareciam se recuperar do choque, somente Annabeth que continuava em modo de ataque.

-Gata, você não é Pokémon, mas eu escolho você, disse Leo galanteador beijando a mão de Calipso.

Ela riu e beijou sua bochecha.

-Bem, eu gostaria de falar com um de vocês a sós, ela disse.

Todos olharam para mim.

-Na verdade, eu não me referia a Percy, admitiu. Annabeth, poderíamos conversar por um instante?

-O que?

-Por favor.

Annie bufou impaciente, mas levou Calipso a um local mais afastado.

POV Annabeth:

-Vamos, eu não tenho o dia todo, falei.

-Annabeth, não vim para tentar convencer Percy a ir embora, vim por que quero ajudar.

Fiquei confusa, por qual motivo ela faria aquilo?

-Por quê?

-Annabeth - começou ela calmamente. Não fique com raiva de mim, Percy ama você e aquele menino mais que tudo no mundo, assim como você também o ama, por mais que eu insistisse, ele sempre escolheria vocês. Por isso quero ajudar, quem ama quer sempre o melhor para seu amado e o melhor para Percy é ficar com vocês, ele escolheu você e não a mim, não sei como ainda tem dúvidas do amor dele por você.

-Mas...

-É verdade.

-Ainda não entendo aonde você quer chegar...

-Sei onde Tiago está.

Minhas esperanças voltaram tão rápido quanto Grover ao ouvir falar em enchiladas, mesmo não confiando inteiramente em Calipso, talvez ela estivesse falando a verdade, lá no fundo, bem no fundo mesmo, eu estava feliz por ela estar ali, e se ela não fosse apaixonada por Percy, nem tivesse tentado tirá-lo de mim, quem sabe não existisse a possibilidade de sermos amigas?

-Porque não disse antes?

-Você não deixou.

-Estou deixando agora, vamos, desembucha, onde meu filho está?

-Na verdade é um local complicado, perigoso demais, terá que encontrar a passagem secreta na ilha de Polifemo nunca antes aberta, agora o que encontrará depois exatamente eu não sei.

-Mas...

-Não me pergunte mais, isso foi tudo que me foi permitido contar.

-Espere, lhe foi permitido? Então alguém a mandou até aqui? Alguém queria me ajudar? E não você?

-Você está entendendo errado, eu não devia ter dito isso, não posso falar mais nada, me desculpe.

Assenti pensativa.

-Acho melhor voltarmos, acho que Percy deve estar uma pilha de nervos.

Sorri.

Ao voltarmos, Leo veio com mais uma de suas cantadas.

-Então gata, não sou Itaú, mas fui feito pra você, disse ele.

Olhei cética para ele.

-Eu não precisava ter ouvido isso, falei indignada e me afastei dos dois.

Logo adiante Percy observava os controles do navio com certa confusão.

-Não é tão difícil quanto parece – afirmei.

Ele se assustou com minha aproximação repentina.

-Nunca conseguirei controlar esta coisa, são tantos botões, alavancas, combinações, códigos, e eu que me achava um expert em matéria de embarcações, reclamou.

Ri abertamente.

-Não se subestime cabeça de alga.

Percy olhou em meus olhos, em seguida para minha boca, depois de volta aos olhos, verde no cinza, cinza no verde, uma combinação estranha e ao mesmo tempo perfeita, aos poucos ele foi se aproximando, nossos lábios se roçaram em tão...

-Jackson! Não disse para ficar de olho nos controles! Rosnou Hedge. Nada de pouca vergonha enquanto eu estiver aqui!

Me afastei corada.

-Então, depois eu falo com você...

Foi o que consegui dizer antes de sair correndo.

-Annabeth!

Me virei bruscamente.

-Sempre soube que algum dia você não iria resistir, falou Piper.

Fechei a cara.

-Vamos mesmo continuar com isso? Perguntei.

-A atitude foi sua – disse indiferente.

-Mas...

Eu iria continuar, mas fui interrompida por um solavanco no barco seguido de um grito.

-Caríbdis!