Robin desceu as escadas à sala de desenvolvimento de armamentos de Franky. Ele passava uma boa parte do tempo ali, e após os acontecimentos em Piriodo, ele estava bastante ocupado tentando desenvolver alguns armamentos e reforços para o Thousand Sunny. Para Robin, foi muito triste ver o Sunny ser bombardeado. Então ela imaginava para o próprio construtor do navio... Que tipo de sentimento não teria sido.

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Bateu na madeira, já que o local não tinha portas.

– Oe, Nico Robin. – Ele tirou a máscara de proteção que usava no rosto para manipular um maçarico e ergueu-se do banco improvisado onde estava. – O que faz aqui? Não é do seu feitio se perder.

– Não me perdi, vim propositalmente. – Robin caminhou pelo ambiente e parou bem no centro dele, com as mãos nas costas, olhando para Franky com um ar tranquilo. O cyborg a encarou curioso, franzindo as sobrancelhas, um pouco nervoso na presença da mulher. Como sempre ficava. Chegava a ser meio triste. – O que está fazendo?

– Estou tentando fazer um reforço para o deque do Sunny resistir mais ao impacto de bolas de canhão. – Ele mostrou o material com as mãos enormes, embora tudo ainda parecesse mais um plano de desenvolvimento do que de fato algo concreto. – Sanji, Zoro e Luffy normalmente dão conta de mantê-las afastadas, mas não todas. E esse último bombardeio que sofremos causou estragos incríveis no deque. – Ele falava parecendo entretido e concentrado, mas então se distraiu notando que Robin estava com as mãos nas costas o tempo inteiro. – O que você está escondendo aí atrás?

Robin deu uma risadinha. – Não achei que fosse notar tão cedo. – Ela tirou as mãos das costas, e em cada uma delas ela tinha uma garrafa de vidro com um líquido escuro e gasoso lá dentro. – É uma cola que peguei em Kazanonsen.

– Nunca vi essa marca. – Ele pegou a garrafa com cuidado e olhou-a atentamente.

– É uma marca produzida na ilha, ao que me parece. Quando eu estava dançando, me serviram isso, porque as dançarinas não podem consumir álcool. Então eu perguntei de onde vinha. Contaram-me que é uma produção da própria ilha. Pois bem... Pedi logo duas garrafas. – Robin puxou a cadeira da mesa de criação de Franky e acomodou-se ali, cruzando as pernas e segurando a garrafa no colo. – Gostou?

– Ainda não tomei – ele sugeriu e estalou a tampa da garrafa. A arqueóloga esticou o braço para entregar a garrafa a ele e Franky abriu-a para a mulher, também, entregando-lhe de volta. Ela ergueu o objeto num breve brinde e o cyborg fez o mesmo. Bebericaram um gole e Robin riu baixo com as cócegas do gás do refrigerante em sua garganta. – Super! – Franky ergueu a garrafa para analisá-la novamente. Ele pareceu bastante satisfeito, e Robin sorriu, feliz.

– E agora, gostou?

– É super deliciosa.

– Que bom. – Robin pousou a garrafa na coxa. – Sabe... Eu não te agradeci por nos salvar dos Pacifistas em Piriodo. Se não tivesse aparecido, certamente estaríamos mortos. – Ele a olhou parecendo constrangido, mas não deixou de sorrir, orgulhoso com os resultados do General Franky em meio àquela confusão, derrubando uma porção de Pacifistas. Sozinho.

– Não fiz nada que não fariam por mim – ele sugeriu humildemente, mas logo seu tom mudou. – Mas você tem que admitir que meu General Franky é a arma mais poderosa desse navio fora o Thousand Sunny em si.

Robin deu um risinho. – Com certeza. E ele é um ótimo meio de transporte, também.

Franky corou. – É... Bom. Acho que dá para improvisar um pouco com isso.

A mulher bebeu mais um gole do refrigerante.

Franky sentou-se no banco que estava antes e segurou a garrafa entre as pernas abertas, demorando-se para beber, já que só havia duas daquelas. O resto havia sido destruído junto da ilha. – Você trouxe por coincidência?

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– Hum... Foi um pouco por isso.

– Não trouxe um tipo especial de saquê da ilha para o Zoro? Ou alguma louça para o cozinheiro. – Franky sugeriu.

Robin sorriu. – Estou sentindo uma pontada de ciúmes aqui? – Ela cruzou as pernas e Franky ficou todo vermelho, a cara toda. – Não tive tempo para pensar nisso. Só pensei em você.

Ele anuiu, parecendo não muito convencido, constrangido demais com sua própria bobagem para erguer o rosto e encarar Robin nos olhos. A mulher sorriu com a cena, achando tudo muito engraçadinho. Franky era um homem grande e forte, excêntrico, e era o tipo de homem que a atraía inconsequentemente. Porque ele tinha uma veracidade e uma força em seus sentimentos que não se comparava a ninguém, não para ela. Mesmo com aquelas lágrimas de emoção e suas poses engraçadas... Ele era tão honesto que Robin não conseguia olhar para outra direção.

Até quando ficava constrangida por ele pelas palhaçadas promovidas com seu corpo cibernético e suas engenhocas robóticas... Ela não sorria, mas não conseguia tirar os olhos dele.

– Poderia ficar chato só trazer um presente para mim.

– Ninguém precisa saber. – Robin deu uma piscadela quando Franky a encarou.

– Você é uma mulher misteriosa, Nico Robin. – Franky bebeu mais um tanto da cola, voltando a olhar para ela. Robin ergueu os olhos para acompanhá-lo. – Mas agradeço por ter pensado em mim.

– Precisa mesmo agradecer? – Ela se levantou e caminhou até ele, oferecendo a mão com a palma para baixo. Franky olhou para os dedos finos da mulher e ergueu a própria mão robótica e enorme, na qual ela tocou gentilmente em seus ângulos quadrados. – Só quis te fazer um agrado. Está sempre cuidando de nós e do Sunny.

– Estamos todos cuidando de todos aqui.

– Mas me sinto especialmente protegida por você.

Franky a olhou com desconfiança e Robin deu um sorriso gentil, afastando a mão do cyborg para o lado, que de fato não teria se movido caso ele mesmo não desejasse, já que a mulher não impôs muita força. Ela sentou-se numa das pernas dele e sorriu para os olhos dele quando finalmente se encararam direito. Franky era envergonhado demais. Chegava a ser engraçado como ele podia ficar constrangido, mesmo estando sempre com aquelas roupas exibicionistas.

– Isso é porque eu te protejo especialmente. – Ele confessou, olhando para cima, como quem não quer nada.

– Eu sabia. – Ela riu e pegou no queixo dele, trazendo o olhar de Franky para ela. – Obrigada. – Robin se esticou e beijou o homem nos lábios, brevemente, um toque rápido e quente que fez ferver o rosto de Franky por inteiro, até o pescoço ficou vermelho. Ela sorriu, divertindo-se com o constrangimento bobo dele. – E não se preocupe, se você tem vergonha, ninguém precisa saber do meu presente especial.

– Seria um super orgulho para mim que todos soubessem que a bela arqueóloga do bando do Chapéu de Palha está justamente apaixonada por mim.

Robin sorriu. – Como pode ter certeza disso, cyborg-san?

– Você não disfarça bem. – Ele brincou, batendo no peito, todo convencido.

– Nem você, quando fica todo vermelho – ela brincou com o nariz dele, batendo a unha no metal. – Melhor eu subir, ou vão desconfiar... – Robin falou mais baixa essa última frase e beijou-o no rosto dessa vez, levantando-se de seu colo com um pouco de chateação, estava confortável demais. Franky apoiou a garrafa de cola na perna e olhou-a se afastar.

– Robin. – Ele chamou e a mulher virou-se.

– Sim?

– Melhor terminarmos de beber aqui embaixo. Vou pôr essas garrafas na minha estante... São uma ótima lembrança. – Ele coçou a nuca, desconcertado, as bochechas avermelhando gradativamente.

Robin sorriu e aproximou-se dele novamente, aos passos rápidos, tornando ao seu colo com um movimento gracioso. Ele a acomodou em seu braço enorme e a beijou na testa, sugerindo um brinde ao mostrar a garrafa para ela. Robin tilintou a garrafa de vidro na dele e bebericou um gole, sorrindo quietinha enquanto olhava Franky beber um longo gole da bebida. Era tão bom olhar para ele... Podia ficar fazendo isso por horas.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.