Ela É Minha

Capítulo 1


PV CARLISLE

Eu e minha esposa como de costume estávamos fazendo doações a orfanatos e nesse momento a Eva, que é a coordenadora da instituição, estava nos mostrando o orfanato. Esme queria ver as instalações, e sendo arquiteta poderia ajudar em algo que a estrutura da instituição estivesse precisando.

— Quem é aquela?- perguntei a Eva, quando avistei uma linda adolescente de pele branca como porcelana e lindos longos cabelos castanhos avermelhamos com cachos suaves nas pontas, que estava sentada sozinha em um dos bancos no pátio dos fundos, ela parecia bem triste.

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— Aquela é Isabella.

— Ela é tão linda!- Esme fala encantada com a garota, assim como eu tinha ficado também.

— Sim Isabella é linda desde bebê, todos que vem ao orfanato a procura de uma menina para adotar se encantam com ela a primeira vista, mas quando descobrem que não pode falar desistem de adotá-la. – Eva soa triste.

— Não pode falar?

— Sim Carlisle, é bem triste a história dela.

— Pode nos contar Eva?

— Claro, sentem-se aqui.

Nós três nos sentamos em um dos bancos que havia ali. Era um pouco longe de onde Isabella estava então ela não nos ouviria.

— Isabella era filha de pais filho único e não tinha mais seus avôs também. A mãe de Isabella teve depressão pós-parto, e nem queria saber de chegar perto da filha. O pai de Isabella era muito ocupado no trabalho, e por isso contratou uma babá para cuidar dela durante o dia, mas durante a noite ele dispensava a babá, pois fazia questão de cuidar de sua filha nesse período. E seis meses depois quando ele foi dar mamadeira a Isabella antes dela dormir como sempre fazia, Isabella começou a chorar como se estivesse sentindo muita dor, ele a levou ao hospital imediatamente. Lá foi diagnosticado que ela havia ingerido alguma substância corrosiva. Que certamente estava na mamadeira que Charlie deu.

Eu e Esme a olhamos chocados.

— Charlie imediatamente chamou a polícia, ele pensou que foi a babá que pôs algo na mamadeira que ela sempre deixava preparada para ele dar a Isabella à noite. Mas a polícia descobriu por meio do circuito interno de câmeras da casa, que René a mãe de Isabella havia colocado soda cáustica na mamadeira de Isabella quando a babá foi embora. René confessou a polícia que fez isso porque não suportava mais ouvir Isabella chorar.

— Céus! René é um monstro! - Esme soa horrorizada.

E mesmo eu sendo médico e sabendo como funciona a depressão pós-parto, compartilhava da mesma opinião de Esme.

— E como Isabella ficou? –perguntei preocupado, pois a ingestão de soda cáustica provoca danos terríveis, e os danos são ainda piores em bebês.

— Não sei detalhes, sei que ela ficou cinco meses internada no hospital, a soda cáustica danificou muitos órgãos, mas os médicos conseguiram a curar de quase todos os danos, com exceção de suas cordas vocais, Isabella nunca mais voltará a falar.

— Céus que triste! – diz Esme e eu a abracei de lado.

Era muito triste mesmo.

— Concordo e infelizmente há mais.- Eu e Esme ficamos apreensivos com o que ainda ouviríamos- A mãe foi internada em uma clínica psiquiátrica, mas seis meses depois ela conseguiu escapar e voltou para casa, René estava totalmente transtornada e atirou em Charlie, ele morreu na hora, em seguida ela se matou e Isabella por não ter mais nenhum parente á justiça designou que viesse para cá. Ela está com dezessete anos agora e aos dezoito se não for adotada até lá terá direito ao acesso a uma pequena herança que seu pai deixou a ela, não é muito, mas dará para se manter até se formar e conseguir um trabalho.

— Mas então ela ficará sozinha. – digo triste por Isabella.

— Sim, infelizmente ela ficará sozinha. Se eu pudesse eu a adotava, mas tenho quatro filhos, não tenho condições de arcar com mais um. – Eva soa triste, dava para perceber que ela gostava muito de Isabella.

— Podemos falar com Isabella?

— Sabe a linguagem dos sinais Carlisle?

— Sei sim Eva.

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— Então tudo bem podem ir falar com ela, mas Isabella é tímida e fechada, por favor, a perdoem se não quiser falar com vocês.

— Não se preocupe entenderemos se for o caso.

Eva voltou para dentro da instituição.

E eu e Esme nos aproximamos de Isabella.

— Olá! – a cumprimenta Esme.

E Isabella deu um sorriso em cumprimento a minha esposa.

— Podemos nos sentar aqui com você?— uso a linguagem dos sinais e Isabella me olhou surpresa, parece que não são muitas as pessoas que sabem a linguagem dos sinais. Eu mesmo só aprendi quando tive um paciente surdo-mudo.

— Claro fiquem a vontade.

Agradeço por nos permitir ficar com ela e nos sentamos no banco em frente ao dela, assim seria mais fácil para eu entender os sinais estando de frente para Isabella.

— Apenas me chamem de Bella.

Ela prefere ser chamada de Bella. – digo a Esme.

— Como queira Bella e eu me chamo Esme.

— E eu sou Carlisle.

— As crianças em adoção ficam ali no pátio da frente. — Bella aponta a direção.

— Ela está nos dizendo que as crianças para adoção ficam no pátio da frente. – digo a Esme.

— E porque não está lá com elas? – Esme quis saber.

— Se não me quiseram quando criança não será agora que sou uma adolescente de dezessete anos que vão querer me adotar, eles sempre preferem crianças ou bebês perfeitos.

— Você é perfeita Bella. – garanto e falei a Esme o que Isabella havia dito.

— Sim querida você é perfeita. - Esme concorda comigo.

— Não, eu tenho defeito, não posso falar.

— Não poder falar não é um defeito, afinal estamos conversando, não é?- digo a Bella querendo mostrá-la que mesmo com o problema em suas cordas vocais ainda podíamos nos comunicar com ela.

E ela apenas assentiu.

— Você é perfeita querida, nunca acredite em quem lhe disser o contrário. - diz Esme.

E Bella deixou uma lágrima escapar. Esme foi até Isabella e a abraçou.

Começou a anoitecer e Eva veio até nós.

— O que aconteceu com a Bella?- perguntou Eva preocupada.

— Nada demais, a Bella só se emocionou com as palavras de Esme. - explico e Eva relaxou ao ver que não era nada demais.

— Desculpa, mas o horário de visita acabou. - avisa Eva.

— É uma pena, mas foi um prazer conhecê-la querida. - diz Esme a Bella.

— O prazer foi meu.

— Acredite o prazer é nosso Bella. – garanti.

— Bella querida vá tomar banho para depois ir jantar. – diz Eva.

Bella assentiu e acenou para nós antes de ir.

— Ela os deixou chamá-la de Bella?- perguntou Eva surpresa.

— Sim por quê?

— Porque além de mim ela não deixa ser tratada de forma tão íntima por mais ninguém. Isso é sinal de que ela gostou muito de vocês.

— Fico feliz com isso. – diz Esme.

— Eu também fiquei. Nós voltaremos mais vezes.

Eu queria ver Bella mais vezes, acrescentei mentalmente.

— Será um prazer recebê-los aqui novamente.

Despedimo-nos de Eva e eu e Esme em seguida andamos em direção ao nosso carro.

— Carlisle eu quero a Bella para mim. – Esme fala quando já estávamos dentro do carro.

Olhei para Esme e lhe dei um sorriso, pois eu compartilhava da mesma vontade que ela.

— Falaremos com nossos filhos, ela é humana precisamos saber se eles se sentiriam a vontade em ter Bella em casa.

— Espero que eles a aceitem, eu não sei explicar Carlisle, mas eu já a amo.

— Eu te entendo perfeitamente querida porque eu também me encantei com Bella e já a amo também. – acelero o carro para chegarmos logo em casa e falar de Bella para os nossos filhos.