New York

2 MESES DEPOIS

– Vem, Elena, já está na hora de irmos – Alaric gritou da escada.

– Já estou descendo – respondi meio gritando.

Olhei o meu quarto ao redor. A janela lateral estava aberta. Fui até ela e fechei. Pelo vidro, fiquei olhando a casa vizinha. Como tinham dito, os Salvatores tinham se mudado logo no dia seguinte ao baile de formatura. Então me lembrei de Damon, do nosso beijo, da nossa dança, da nossa briga. Ele tinha vindo se despedir no dia da mudança, mas inventei uma desculpa e não fui me despedir. Eu já tinha dito adeus mesmo. Balancei a cabeça para esquecer daquele par de olhos azuis e peguei minha bolsa que estava em cima da minha cama. Desci e já estavam me esperando no carro. Tranquei a casa e entrei no carro. Coloquei meus fones nos ouvidos e dei play na música. A viagem até New York seria longa.

(...)

Chegando na minha nova cidade, as luzes da rua e dos prédios iluminavam tudo fazendo com que a cidade ficasse ainda mais bonita à noite. Me distrai tanto com a nova paisagem que logo Alaric estacionou em frente de um prédio com uns sete, oito andares. Saimos do carro e pegamos minhas malas. Entramos no elevador e tia Jenna apertou o número 6. Quando o elevador parou descemos e andar e tia Jenna foi até a porta de número 603 e tocou a campainha.

– Bem vinda! – Bonnie abriu a porta toda sorridente e com os braços abertos.

– Obrigada. – agradeci e a abracei.

Iriamos morar juntas. Eu, Bonnie e Caroline que tinha passado em uma faculdade de publicidade. Nós três na cidade que nunca dorme. Entrando no apartamento, encontrei Caroline sentada no sofá que logo se levantou e veio me abraçar. Bonnie indicou onde seria meu quarto e deixamos as malas lá. Voltamos a sala e Alaric pegou na mão de Tia Jenna.

– Bem – ele olhou para mim – vamos deixar você aqui e eu, Jenna e Jer vamos para um hotel aqui perto. Amanhã a gente se encontra para almoçarmos.

Ele saiu do apartamente seguido de Jeremy e tia Jenna. O elevador chegou e eles entraram. Fechei a porta do apartamente e Bonnie e Caroline estavam sentadas no sofá. Car fez sinal para me sentar e sentei no meio das duas. Ficamos ali conversando sobre os lugares que elas já tinham encontrado: os restaurantes ali perto, as boates agitadas de Manhattan e os outros pontos que haviam ali perto, inclusive a universidade que iria estudar. Conversa vai, conversa vem e já havia ficado tarde. Caroline arrumou um colchonete para mim em seu quarto, já que minhas coisas ainda estava na mala. Deitamos e dormimos.

Na manhã seguinte, acordei com o barulho e buzinas. Sentei na cama e me espriguicei. Respirei fundo e senti o aroma de bacon. Sorri. Peguei minha bolsa de mão que estava na cadeira da mesinha e peguei minha escova. Escovei meus dentes e fui até a cozinha.

– Bom dia – eu disse

– Bom dia – Caroline disse colocando no pequeno balcão que separava a cozinha da sala três pratos e três copos – hoje no café da manhã temos ovos com bacon e suco de morango – ela sorriu

Me sentei no banquinho do meio e Bonnie serviu os pratos acompanhada por Caroline que servia o suco. Bonnie deixou a frigideira na pia e se sentou no banquinho ao meu lado, enquanto Caroline se sentou do outro lado.

– Vou ter café assim todos os dias? – perguntei com um sorrisinho

– Não explora, Elena. Somos suas amigas não empregadas – Bonnie riu e bebeu um pouco do seu suco.

– É apenas um café de boas vindas – Caroline olhou para mim – vamos come logo isso que já tenho planos para depois do café e não podemos nos atrasasar.

– Tudo bem – disse.

Após tomarmos nosso café, fomos trocar de roupa. Coloquei algo bem basiquinho: uma t-shirt vermelha, um short jeans e calcei uma sandália no estilo gladiador. Peguei minha bolsa e fui até a sala.

– Vamos Caroline – Bonnie gritou e ouvimos um ‘estou indo’ vindo do banheiro.

Caroline chegou, trancamos o apê, pegamos o elevador e descemos. Bonnie e Car me guiava e me mostrava os pontos do bairro. Vários restaurantes, a starbucks, um fast food, um pequeno shopping e a estação de metro que ficava a poucas quadras do prédio. Tudo era bem agitado. Muitos veículos, muitas pessoas de todos os tipos. Como era domingo, a cidade estava bem movimentada. Após vários lugares que tinhamos passado a hora do almoço tinha chegado. Bonnie e Caroline me deixaram no hotel onde estava tia Jenna e foram almoçar. Liguei pro Jer e avisei que eu estava no hall do hotel. Fiquei esperando eles descerem.

Fui até a porta do hotel para ver o movimento, porque já estava entediada de ficar olhando para o nada. Havia um sinal em frente ao hotel e ele tinha acabado de ficar vermelho. Observei os carros que estavam na fila. Tinha carro de várias cores, tamanhos e marcas. Um, porém, me chamou a atenção era uma BMW preta, e na lateral do carro mostrava o modelo X5. Subi os olhos até o vidro do passageiro que se encontrava aberto. Dei um passo a frente e disfarçando fui ver quem estava dirigindo o possante. Meus olhos congelaram na imagem do motorista. Não, só podia ser muito azar. Ou não. Damon Salvatore dirigia o carro. Como pode, eu no meu primeiro dia em New York e vejo ninguem mais que Damon. Como pode isso acontecer? Pensei. Fácil, querida, é o destino. Olha sub, você aqui de novo falando bobagem para variar. O sinal ficou verde e o carro acelerou. Voltei para o hotel e Alaric, Jenna e Jer já tinha chegado no hall. Um taxi parou em frente do hotel e o pegamos. Alaric deu as informaçoes e o taxi partiu.

(...)

Após um almoço bem animado, Tia Jenna quis visitar o Central Park. Passeamos um pouco por lá. Havia namorados nos banquinhos, na grama. Crianças brincando e velhinhas simpaticas alimentando as pombas. Já estava ficando um pouco tarde e fomos embora. Chegando no hotel, me despedi com um abraço abertado no Ric, na tia Jenna, que acabou chorando, e no Jeremy. Eles entraram no hotel para pegar as malas e irem embora. Eu fui andando mesmo até o apartamento. Chegando em casa, Bonnie e Caroline ainda não tinha aparecido. Fui para o meu quarto arrumar as minhas coisas em seu lugares. Após, várias horas tentando ajeitar um pouco as coisas, deitei na minha cama para dormir. Amanhã seria o meu primeiro dia de aula.

– ACORDA, ELENA!! – Bonnie estava em cima de mim.

– Ai, Bonnie – resmunguei

– Que ai o quê, vamos logo, temos que nos arrumar para a aula. – é verdade, dei um pulo da cama e fui correndo pro banheiro me arrumar.

Na sala, já estava Bonnie pronta para o primeiro dia de aula.

– E Caroline? – perguntei ao olhar para a porta do quarto que ainda estava fechada.

– Ela só tem aula à tarde – Bonnie respondeu.

Descemos e fomos andando mesmo até a universidade. Havia tanta gente naquele lugar. E tanta gente perdida. Bonnie me deu as coordenadas para chegar até onde eu teria aula, mas no meio do caminho acabei me perdendo. Procurei alguém para pedir informação e avistei uma loira bem bonita sentada em um banquinho.

– Hey, licenca – chamei a atenção da loira

– Oi – ela olhou para mim e sorriu

– Você sabe me dizer onde é que fica esse prédio aqui? – apontei o nome do prédio na folha que eu tinha na minha mão

– Bem, para sua sorte eu estou indo para este mesmo prédio. Podemos ir juntas – ela sorriu e levantou

– Ah claro – sorri de volta. Ela era bem simpática – E você tá fazendo o que? – perguntei enquanto andamos em direção ao edifício.

– Estou começando arquitetura – ela sorriu

– Nossa, eu também – Nós duas sorrimos uma para outra – Deixa eu me apresentar então, já que seremos colegas de turma. Elena – sorri novamente.

– Rebekah – ela disse e sorriu. – Bem, chegamos. – ela parou

Era um prédio bem grande e com uma estrutura que misturava clássico com moderno.

– Vamos? – ela me chamou a atenção. Eu assenti e a acompanhei. A sala era gigante e já tinha bastante gente sentada. Sentei ao lado de Rebekah e logo o professor chegou deu boas vindas e começou a aula.

(...)

O tempo passou e eu e Rebekah nos tornamos ótimas amigas. Caroline até sentiu um pouco de ciúmes dela no início. A gente fazia muita coisa juntas. Ela ia lá em casa estudar, a gente não se desgrudava na faculdade. Rebekah morava em um lugar mais luxuoso de Manhattan. Ela tinha quatro irmãos. Klaus, que dividia o apartamente com Rebekah, e era mais velho que ela, Elijah que já era casado e morava em Boston e mais dois que ficaram na Inglaterra onde eles moravam antes de se mudarem para cá.

Já era sexta feira e Rebekah vivia me chamando para sair e eu sempre recusava os convites dela. Eu tinha encontrado Bonnie e estavamos indo para casa quando Rebekah me gritou:

– ELENA! – eu parei e me virei

– Oi – sorri para ela

– Vai inaugurar uma boate hoje e está todo um mundo comentando que vai ser ótimo. Meu irmão conseguiu convites vips, já que o dono é amigo dele. Ai ele vai levar uns amigos dele e me deu esses convites para eu levar umas amigas. Vamos? – ela deu leves piscadelas para mim

– Ah – olhei para Bonnie que estava quase surtando. – Claro! – sorri – E qual é a boate?

– Evolution Club – ela tirou três convites da bolsa Louis Vuitton que ela carregava – aqui está o enderço direitinho – ela entregou os convites para mim – Se te perguntarem algo é só falar que está com o Klaus Mikaelson.

– Okay – peguei os convites

– Vamos estar lá por volta das nova e meia, entrando é só procurar a área vip que você me encontra. – ela se aproximou de mim e me deu um beijinho de cada lado do meu rosto – A gente se encontra lá. Tchau, Elena. Tchau, Bonnie – ela se despediu e foi para o estacionamento

– Ai meu deus, não estou acreditando – Bonnie olhou para os convites em minha mão – O pessoal lá da sala não parava de falar dessa boate. Vai ser demais, Elena!

– Tomara mesmo. Esta noite eu estou querendo me divertir muito – guardei os convites na bolsa e fomos para casa.

Chegando em casa, coloquei minha bolsa em cima da cama, tirei os convites e fui com Bonnie até o quarto de Caroline.

– Olha só o que tenho para esta noite – abri os convites em forma de leque e coloquei em frente ao meu rosto

– EVOLUTION CLUB? – Caroline arregalou os olhos – Onde você conseguiu, Elena? – ela arrancou os convites das minhas mãos.

– Rebekah – respondi

– E VIPs ainda???- Ela deu deu um sorrisão de mostrar todos os dentes – Só podia ser mesmo! – ela encarou os convites – Espera. – ela colocou as duas mãos na cabeça – Eu não tenho roupa – ela disse em um tom desesperador

– Qual é, Car, claro que você tem. Se precisar pode pegar minha ou da Elena. – Bonnie tentou acalma-la

– Certo – ela respirou fundo e olhou no relogio do computador – MEU DEUS, tenho que começar a me arrumar logo – ela disse indo em direção do guarda roupa

– Tudo bem, Caroline – falei e peguei dois convites deixando o dela debaixo da luminária – Não vai perder, ok? – eu apontei para o convite na mesinha e ela assentiu.

Peguei o convite da Bonnie, dei para ela e fui até o meu quarto guardar o meu na minha bolsa. Depois fui até a sala, sentei no sofá, liguei a TV. Fui passando de canal em canal e parei quando estava passando FRIENDS. Fiquei assistindo até dá uma hora para eu me arrumar e logo Bonnie apareceu e me acompanhou no seriado.