Little Things

Voltando


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– Nós vamos passar o dia de ação de graças em Gales, onde nós moramos, e depois vamos aproveitar a semana do Natal, para irmos levar a Manuela de volta para o Brasil. – A Senhora Shetfield disse e o Edward me encarou como se de repente eu tivesse passado a ter mais uma ou duas cabeças.

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– Você está linda Meinu. – Ele disse me obrigando a corar mais um pouco sob o seu olhar e me fazendo sorrir ao mesmo tempo. – Verde combina com você. – Ele disse analisando meu vestido longo e escondi meu rosto nos ombros dele.

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– Você está incrível também. – Eu falei e foi a vez dele sorrir. – Tão incrível quanto você é desde o dia em que te conheci.

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Um telefonema. Um único telefonema fez a minha viagem dos sonhos de volta para casa parecer mais uma viagem inesperada ao meu maior pesadelo. E foi sozinha, sentada em um aeroporto gelado que eu percebi que Edward James Shetfield me fazia ainda mais falta do que eu poderia imaginar.

O feriado de ação de Graças havia sido lindo. E os dois dias que vieram depois, incrivelmente maravilhosos. Tio Paul obrigou a megera mãe a deixa o Edward me apresentar Gales. O príncipe Real não estava na cidade, mas o meu príncipe fez tudo parecer magnífico. Edward me fez caminhar na neve, vestida de boneco de neve, e eu tenho que confessar que as bochechas ainda mais avermelhadas pelo frio deixavam o meu ruivo ainda mais encantador. Foi só na noite de sábado que depois do jantar quase amigável que tivemos juntos, Madeline, mãe do Edward, se desculpou rapidamente e educadamente deixou a mesa de jantar. O telefone parou de tocar segundos depois e o próximo som que ouvimos, foi um ruído nem tão educado assim saindo dos lábios da senhora Madeline Portiers. A noticia vinha de Yorkshire. A mãe de Madeline, avó do Edward se encontrava passando por problemas de saúde, mais especificamente ligados à respiração. E foi nesse momento que todos fizeram as malas, e com enorme esforço me levaram de volta a Londres e de lá, partiram para ver a senhora Mace.

–Manu, me deixe ficar com você ao menos até o dia de você voltar. – Edward me dizia enquanto mais uma vez tentava me convencer a deixa-lo adiar a sua visita a avó.

– Sem chance James. Sua família agora precisa mais de você do que eu. – Eu disse a ele com um sorriso confiante nos lábios, mesmo sabendo que assim que ele partisse, meu coração ficaria outra vez sem a sua outra metade.

E foi só quando a chamada do meu voo foi finalmente anunciada, que eu me coloquei de pé outra vez. Toda a animação de voltar ao Brasil estava fazendo meu estomaga dar voltas e mais voltas. Eu queria rever minha família, queria ter sol tocando minha pele outra vez, queria abraçar meu irmão, chatear minha irmã, chorar ao rever minha mãe e dizer ao meu pai que comprei roupas indecentes de presente para mamãe só para ver a carranca que ele com toda a certeza faria. Eu queria a minha família de volta e estava ansiosa para isso. Mas não podia deixar de sentir que a palavra “família” não teria seu significado completo sem que Edward estivesse lá.

Kamylla havia vindo me visitar nos últimos dias sozinha em Londres. Phill havia sido extremamente atencioso. Edward me ligou todos os dias para dizer o quão triste estava por estar longe. Ele dizia quem sentia muito e que em breve me veria de novo. Mas nada era certo agora. Tudo podia mudar, e o único pensamento de me ver longe dele sem chance aparente de retorno me deixava enjoada. Era como se uma parte da sua vida não pudesse mais ser completa sem a outra. Minha família, o Brasil, era uma parte dela. A outra era Edward, Londres. E eu só seria completa outra vez quando tivesse ambos ao meu alcance. Por mais irreal e sonhador que fosse cultivar esse pensamento, no momento, era tudo o que me mantinha com os pés no chão. Mas para a ironia ser completa, o anuncio do meu voo me fez obrigada a entrar naquele avião e o mesmo chão que antes servia de base par aos meus pés, me foi tirado. E agora, era mais uma viagem, e estranhamente, a sensação que eu tinha era de que minha casa só seria lar de novo, quando a minha família de verdade estivesse completa. E isso incluía não só meus pais, meus irmãos, e minhas amigas brasileiras. Uma certa cabeleira ruiva era uma das coisas que eu mais queria ver quando chegasse em casa. E pisar e solo brasileiro depois de tanto tempo seria então, não só um alivio, mas também uma imensa e completa felicidade.

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