Ago(u)ra

Soneto VI: Coroa de flores


Parece que você não existe através da neblina

Um fantasma que sempre amortece minha sina

O arrepio frio dessa leve e cinzenta camada

Não precisei correr para apreciar essa endorfina.

~

A estrada está tão vazia que estamos em lados opostos

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Minhas piadas idiotas, pelos seus sorrisos, aposto.

Proponho uma corrida, olhos à gente, pés a postos

Esfrego os pés no asfalto e de novo e de novo e os tosto.

~

O gosto de morango gelado exala da sua língua seca

A sua risada abafada tem aroma de puttanesca

Você olha para o sol que nasce, admiração fresca.

~

É viscosa a sensação das nossas línguas se amando, fortes

Eu viajo em devaneios em sua coroa de flores, em seu norte

A gargalhada que você dá é o mais belo dos acordes.