O poder.

Por milhares desejado;

Por pouquíssimos conquistado.

O famoso poder.

Outrora chamado gado.

Após isso, foi o chão substancial.

N’ minh’ época, chamado Real.

Quisera eu lembrar

Do tempo que o mundo

Não quisesse dominar.

Já não tempo mais há.

Para de essa memória ingênua recordar.

Mas para quê, de fato, serve o poder,

Se não um suvenir terreno?

Um prêmio, hua taça.

Ainda hei-vos ousar desejar tão futilidade?

A vontade idiota que somente nos amassa.

Manterão-a?

Esta primavera tornar-se-á, bem abaixo de meu nariz,

Algo melhor, creio eu, em minha pouca idade

Detenho as palavras que roçam minha garganta.

E as armazeno aqui, bem aqui.