Peeta assustado com aquela afirmação ficou paralisado no lugar, não sabia o que podia dizer com aquela afirmação porque afinal ele não conhecia a mulher a sua frente. Não sabia o que tinha acontecido a ela para entrar no táxi a sangrar.

-Ninguém te vai fazer mal! - comentou Madge aproximando-se de Katniss quando se apercebeu que esta começava a ficar nervosa.

-Por favor, tira-me daqui. - suplicou Katniss continuando agarrar fortemente a mão de Peeta.

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Peeta conseguiu finalmente voltar ao normal quando ouviu Katniss a dizer aquilo, as lágrimas começaram a cair pelo o rosto abaixo de Katniss fazendo com que Peeta percebesse que esta sofria naquele momento.

-Olha, Katniss. Não esta aqui mais ninguém, vês? Ninguém te vai fazer mal. - falou Peeta tentando acalmar a Katniss olhando carinhosamente para esta como se fitasse o seu filho.

De repente sem aviso, Katniss solta a mão de Peeta gritando bastante alto como se tivesse apanhado um grande susto.

-Saí, saí! - gritava constantemente Katniss enquanto se afastava cada vez mais do Peeta como se tivesse ganho de repente medo deste.

Assustado com aquela reação de Katniss, Peeta apenas afastou-se cada vez mais da maca onde esta se encontrava naquele momento encolhida abraçada aos joelhos como estava quando o Peeta e a Madge entraram.

-O que se passa? - perguntou Madge ficando um pouco preocupada com a rapariga que devia ter quase a sua idade.

-Não sei. - respondeu Peeta num fio de voz como se não tivesse a certeza que a sua voz pudesse sair.

-Não, por favor não façam mal! - grito novamente Katniss enquanto escondia o rosto nos seus braços e soltava finalmente os soluços que prendia.

-Achas boa ideia chamar o médico? - perguntou Peeta a Madge enquanto tentava perceber aquilo que acontecia com Katniss.

-Só ele poderá nos dizer o que se passa. - respondeu Madge antes de sair do quarto do hospital decidida a chamar o médico.

Correndo para a receção principal passou a frente da fila que se formara naquele corredor ouvindo os protestos das outras pessoas.

-O que se passa? - perguntou a mulher que tinha atendido Peeta anteriormente.

-Precisamos urgentemente do médico responsável pela Katniss. - respondeu apressadamente Madge como se tivesse com o seu coração nas mãos.

Vendo o estado com a rapariga a sua frente se encontrava, a rececionista apressou-se a fazer aquilo que Madge aconselhara a fazer para que nem demorasse um minuto a que o homem responsável pela Katniss chegasse aflito e preocupado com aquilo que podia ter acontecido a sua paciente.

-O que é aconteceu? - perguntou o médico parando em frente da Madge.

-É a Katniss, acho que ela começou a ter alucinações porque ela começou a gritar e

O homem nem deixou Madge acabar colocando-se logo a correr em direção ao quarto onde se encontrava a Katniss fazendo com que as pessoas que se encontravam no corredor se desviassem. Madge sem escolheu seguiu o médico um pouco aflito com aquilo que podia ter dito.

Entrou no quarto encontrando a Katniss a debater-se enquanto era agarrada por dois enfermeiros que tinham seguido as ordens do médico e entrado ali nem á um minuto atrás.

O médico tentava sedar Katniss, mas esta não estava a deixar aproximar-se dela gritando cada vez mais:

-Não te aproximes!

Tiveram que agarra-la a força fazendo com que os braços começassem a ficar vermelhos por causa da força utilizada naquele ato e quando finalmente o homem conseguiu injetar aquele liquido que Madge e Peeta desconheciam Katniss nem demorou 5 minutos adormecer.

-O que é que aconteceu? - perguntou desta vez Peeta estando cada vez mais confuso com aquilo tudo e preocupado com aquilo que acabara de ver. Desejava que Katniss estivesse bem!

-É melhor falarmos lá fora. - aconselhou o médico saindo de seguida do quarto.

Peeta antes de seguir o médico e a Madge, que também já se encontrava lá fora, olhou uma última vez para a Katniss que dormia como anjo, as vezes contorcia-se como se tivesse a ter algum pesadelo mas nem por isso acordava.

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-O que se passa? - perguntou desta vez Madge quando já se encontravam todos ali.

-Quando a Katniss chegou foi necessário fazermos uma operação de emergência, ela tinha perdido muito sangue e já estava em risco de vida. Correu tudo bem nessa operação, mas foi necessário fazermos exames e raio-X para perceber o estado dela. Descobrimos que ela fora violada várias vezes e que tinha varias cicatrizes na barriga dando a entender que já fora esfaqueada várias vezes. Também já partiu vários ossos e não me admira de ela já ter abortado alguma vez. O que aquela rapariga passou não se deseja a ninguém, quem fez isto não têm nenhum pingo de amor. - falava o médico mostrando assim que se começava a ligar emocionalmente com um dos seus pacientes e isso era proibido para qualquer médico.

-E agora o que vão fazer? - perguntou novamente Madge enquanto Peeta estava paralisado no lugar sem saber o que podia fazer, ainda estava a raciocinar aquilo que acabara de ouvir, não acreditava que aquela mulher que devia ter mais ou menos a sua idade passara por tanto.

-Nestes casos somos obrigados a chamar a policia para eles investigarem o que aconteceu, se calhar eles iram leva-la para a esquadra e depois irá para Proteção de Testemunhas para ver se ajuda nalguma coisa. Eu não vos posso dizer o que vai acontecer porque eu não faço a mínima ideia

-Isso não pode acontecer! - exclamou Peeta voltando ao normal ouvindo aquilo que era dito pelo o médico.

-Porque diz isso? - perguntou o médico surpreendido com a determinação de Peeta.

-Não viu o estado em que ela esta, ela esta apavorada. Tem medo que vocês a matam-na. De certeza que irá entrar em pânico ao ver os policias a entrarem por aquele quarto. Quando nós os dois entramos no quarto ela conseguiu relaxar, por momentos, e depois quando te foste embora Madge para chamar o médico eu consegui falar com calma com ela e perceber que ela pode ter 22 anos, mas ainda é uma rapariga de 17 anos. - falava Peeta enquanto fitava os dois rostos a sua frente.

-E tens alguma ideia do que se possa fazer? - perguntou Madge olhando para o amigo sabendo que ele já tinha pensado em tudo aquilo.

-Tenho. Ela poderia ficar comigo durante uns tempos, ela fica relaxada ao pé de mim, não entra em pânico e consegue falar alguma coisa. Eu iria cuidar dela, ela poderia se abrir comigo para descobrir o que tinha acontecido. Eu

-Não, Peeta. Isso é muito arriscado. - declarou Madge interrompendo o Peeta.

-Não é nada disso, Madge. Pensa bem. Ela esta apavorada, entra em pânico sempre que vê uma pessoa desconhecida. Ela a mim já me conhece, mesmo que não seja diretamente, já tem alguma confiança em mim. É o mínimo que eu posso fazer por ela. - falava Peeta tentando convencer Madge com aquela sua ideia louca.

Um silencio inundou entre aquelas três pessoas e apenas foi interrompido quando Peeta perguntou novamente:

-Então o que é que me dizem?

-Se quer que lhe diga, eu até concordo consigo. Ela precisa de um sitio onde ficar, pelo o que me descreve ela sente se bem ao pé de si por isso acho que se junta o útil ao agradável. Mas eu autorizo com um condição, terei que vê-la semanalmente para saber como esta o estado dela. - sugeriu o médico fazendo com que Peeta abrisse um sorriso e concordasse de seguida.

-E tu Madge, que me dizes? - pergunta Peeta virando-se para a sua melhor amiga.

-Eu tenho alguma escolha. Eu sempre apoiei-te nas tuas decisões não será a partir de agora que será diferente. - respondeu Madge sendo surpreendida quando Peeta abraça fortemente.

-Não te vais arrepender! - comentou Peeta afastando-se dela e dando-lhe um sorriso.