Dramione - Nosso Reencontro
11. Começando a Aparecer
Depois do trágico jantar em casais, Rony me levou pra casa. Disse que estava muito cansada e que tinha que acordar cedo no dia seguinte e ele concordou em apenas deitar e dormir. Eu não dormi. Passei a noite andando pela casa com os pensamentos longe. Apenas quando vi que já ia amanhecer foi que voltei pra cama e cochilei.
Rony me acordou com exageradas sacudidas e eu resmunguei uma coisa qualquer.
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Saí da cama com muito custo e entrei no banheiro. Fiz xixi, escovei os dentes e tomei um banho mega rápido. Quando saí do banheiro, Rony já estava arrumado.
- Tenho que ir. Preciso adiantar a papelada pra reunião de hoje. – Ele falou.
- Tudo bem. - Eu disse enquanto fechava a saia social. Ele deu um beijo na minha testa e saiu porta afora.
Respirei fundo ao perceber que a saia não fechava de forma alguma. Tudo bem que ela era apertada, mas sempre fechou. Bufei irritada e fui atrás de uma outra saia. Parei em frente ao espelho e virei de lado; foi então que eu percebi a pequena elevação que se formava em minha barriga. Mas também, o que eu esperava? Já estou com quase três meses de gravidez. Finalmente achei uma saia de meu agrado e a vesti. Sorri quando o fecho deslizou com um pouco de dificuldade, porém acabou fechando.
- Droga, já estou atrasada! - Terminei de me vestir na velocidade da luz, peguei meu casaco, minha bolsa e as chaves de casa e aparatei pro Ministério.
Em meu interior, esperava encontrá-lo pelos corredores como toda manhã, mesmo que fosse só pra trocarmos um olhar. Mas ele não estava lá. Também não foi até a minha sala levar um copo de café. Não o vi a manhã inteira.
Na hora do almoço, não tive vontade de sair pra comer. Queria apenas ficar ali sentada, mergulhada naqueles papéis, mantendo minha mente ocupada.
Mas minha paz acabou quando o ser que eu esperei ver durante a manhã toda, entrou feito um furacão na sala.
- Posso saber por que não foi almoçar?
- Não estou com fome. - Respondi, sem levantar o olhar do papel em minhas mãos.
- Não interessa. Você precisa se alimentar!
- Devia ir cuidar mais da sua vida, Malfoy. - Falei friamente. Não pude evitar a raiva que sentia ao lembrar da noite passada, embora soubesse que era totalmente idiota sendo que quem devia estar com raiva era ele. Ouvi ele bufar irritado.
- É isso que estou fazendo! Mas ela está dentro de você. - Ele disse com um tom de acusação. Se eu não estivesse tão aborrecida, teria achado aquelas palavras lindas. - O que significa que tenho que cuidar de você…
- Vá cuidar da Parkinson. - Era inútil tentar controlar o ciúme aquela altura do campeonato.
- O que ela tem a ver com isso? - Ele perguntou áspero. Fechei meus olhos tentando me conter.
- Tudo.
- Você disse que o ama. - Ele soltou as palavras que pareciam presas em sua garganta. Levei as mãos até rosto e suspirei.
- Eu não o amo mais.
- Como vou saber? - Ele perguntou exasperado.
- Não vai. Tem que confiar em mim. - Ele riu sarcástico.
- Aquele jantar foi uma péssima decisão.
- Mas aposto que o que aconteceu depois foi uma ótima decisão. - Falei acusatória.
- Não aconteceu nada! - Ele praticamente gritou e eu olhei assustada pra porta com medo de que alguém pudesse ouvir.
- Como vou saber? - Devolvi sua pergunta.
- Você sabe que não aconteceu nada. - Ele falou sério.
- Você transou com ela. - Afirmei. - Espero que tenham usado proteção, ou acabará espalhando muitos Malfoy’s pelo mundo. - Me levantei e o encarei.
- Você diz que ama o Weasley, mas quer brigar comigo porque eu transei com a Pansy? Você não tá raciocinando, Hermione!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Então você admite que transou com a Pansy. - Falei nervosa.
- EU NÃO ADMITI NADA! - Ele gritou, nossos rostos frente a frente.
- Eu sei quando alguém mente pra mim! E é o que você está fazendo agora! - Gritei de volta e senti uma dor me atingir em cheio. Coloquei a mão na barriga e antes que eu desabasse no chão, Draco me segurou.
- Droga Hermione! Você não pode se estressar! - Ele falou alto e eu não tive forças pra retrucar. Vi tudo rodopiar e quando minha visão entrou em foco de novo, percebi que havíamos aparatado para uma clínica.
Fui levada pra mesma sala que da outra vez, onde fizemos a primeira consulta. Percebi que a médica também era a mesma. Ela me examinou durante longos minutos e eu podia ouvir a respiração pesada de Draco do outro lado da cortina.
- Tudo bem querida, pode vir. Sentem-se.
- O que foi que aconteceu, doutora?
- Está tudo certo com o bebê. O terceiro mês de sua gestação já está bem próximo de completar.
- Já é possível saber o sexo do bebê? - Draco perguntou apreensivo.
- Desculpe, ainda não é possível, talvez na próxima consulta no mês que vem. - Ela sorriu.
- Mas vamos ao assunto que os trouxeram aqui. A senhorita tem se alimentado direitinho? - Ela perguntou olhando pra mim, assim que me sentei com dificuldade por causa da dor. Draco me olhou esperando que eu respondesse.
- Não muito. - Respondi fazendo uma careta.
- Mas precisa! Tem que se alimentar bem ou vai acabar tendo problemas durante a gravidez. Os três primeiros meses são os mais importantes da gestação. É o período em que tem que se cuidar melhor.
- Eu prometo que vou passar a me alimentar melhor. - Sorri para a medi-bruxa que sorriu de volta.
- E nada de se estressar! Isso é ainda mais importante! O bebê sente todas suas emoções, e se você fica nervosa, ele também fica e isso não é bom. - Dessa vez foi eu quem olhou pra Draco, lembrando de nossa discussão pouco antes de irmos parar ali.
- E essa dor? - Perguntei fazendo uma careta quando senti algumas pontadas.
- Vou lhe dar uma poção pra dor, mas precisa de repouso absoluto. Nada de esforços!
- Meu Merlin, daqui a pouco vou ter que ficar em casa vegetando por não poder nem respirar. – Resmunguei. Meu mau humor estava nas alturas. Draco me cutucou e eu apenas lancei-lhe um olhar ameaçador.
- Bom, obrigada por nos atender. Prometo que vou fazê-la ficar bem quietinha! - Revirei os olhos e me levantei. Agradecia a medi-bruxa e acompanhei Draco até a saída.
- Preciso voltar para o trabalho. - Disse sentindo a dor me atingir de novo. Tomei a poção que ela havia me dado antes de sair.
- Nem nos seus sonhos, Granger! Vai pra casa e já.
- Mas eu preciso terminar meu trabalho, Draco! Não posso deixar tudo acumulando.
- Um dia só não faz mal. - Ele segurou meu braço e antes que eu pudesse reclamar senti meus pés tocarem o tapete da minha sala. Bufei chateada e me joguei no sofá.
Ele sumiu pelo corredor e eu só ouvi os armários da cozinha abrindo e fechando. Eu estava realmente cansada. Quando ele voltou alguns minutos depois, com duas xícaras de chá na mão, eu já me encontrava deitada.
Tomamos alguns goles em silêncio até eu simplesmente abrir o zíper da minha saia pra me sentir mais confortável.
- Minha barriga já está começando a aparecer… - Falei olhando em sua direção. - Minhas roupas estão ficando apertadas. Logo alguém vai perceber…
- Ainda temos algum tempo até que ela realmente apareça, vamos dar um jeito. - Ele disse firme. Mas seu olhar demonstrava que nem ele acreditava nisso.
- Quem estamos querendo enganar? Não temos como dar um jeito nisso. - Eu suspirei colocando a xícara na mesa de centro. Ele sentou-se ao meu lado e eu virei meu olhar pra ele.
- Não sei o que vamos fazer. - Ele disse, seu tom de voz era um pouco desesperado.
- Vou terminar com o Rony. - Falei o encarando. - Não é uma solução, mas já é alguma coisa. - Ele assentiu, concordando. Logicamente que ele não ia discordar.
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