All I need is you

You Jerk!


LEIAM AS NOTAS FINAIS.



– Oh, merda. - Reclamei. - Estou cansada. - Me joguei na cama do lindo hotel onde estava hospedada.

Quem diria que ser parte da diretoria de uma empresa era tão... tão... cansativo. MERDA. Eu queria conhecer Londres. Mas não... O trabalho ia para o fim de semana também. "Você terá os fins de semana livres": MENTIRA. Propaganda enganosa, isso sim.

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Edward se jogou ao meu lado e se esticou para me beijar.

– Nunca dissemos que seria fácil, baby. - Ele riu e eu também.

Um mês havia se passado. Eu, na verdade, estava reclamando de barria cheia. A cidade era linda, as pessoas mais ainda. Era uma honra ficar por um tempo naquele lugar, mesmo que só a trabalho.

Nós rapidamente nos acostumamos com o fuso-horário. Como chegamos em um sábado, nos acomodamos naquele fim de semana e nos preparamos para a vida puxada.

Mas, apesar do trabalho excessivo, eu estava me sentindo A Poderosa. Eu tinha que aprender a mandar e desmandar em todos que estavam em algum cargo abaixo do meu. E ia aprendendo a ser respeitada. E a dar minhas opiniões sobre todos os assuntos, porque eu podia fazê-lo.

Amanha teríamos uma reunião com alguns acionistas da filial de Londres e teríamos que dar nossa opinião sobre tudo durante um jantar em um restaurante caro. Seria como um teste contínuo, que só servia para testar metade do conhecimento do curso total.

E foi só sentir os braços de Edward me rondando e eu dormi.

As lições do dia eram sobre como colocar argumentos. Eu não podia colocar uma opinião infundada, então eu tinha que estar sempre com o jornal aberto e com as novidades na cabeça. Leis não eram tão necessárias já que tínhamos um advogado trabalhando pela empresa.

Edward e o outro "professor" ensinavam tudo, nunca deixando o tom de voz passar muito longe do profissional. Mas eles não estariam presentes na reunião desta noite. Eu, James e Laurent seríamos levamos e buscados pelo motorista e os outros membros participantes da reunião que nos avaliariam.

E foi tudo muito bem.

Nós três nos posicionamos na mesa e demos nossas opiniões e conversamos com todos. E eu fiquei mais que feliz por encontrar outra mulher à mesa. Angela Weber era uma inglesa de fortes opiniões. Admito que sua altura elevada e sua expressão profissional me deixaram intimidada no começo, mas ao ouvi-la expressar suas opiniões, que , por um acaso, eram quase as mesmas que as minhas, eu mudei totalmente de ideia.

Pouco antes de termos que partir, Laurent foi ao banheiro e não voltou mais. James ficou calmo e disse para irmos que ele pediria um táxi depois.

Eu não sei o que me deu. Realmente. Mas aceitei. Fui atras dele e entramos no carro, com o motorista e seu impecável uniforme.

Mas o caminho me era estranho. Eu não estava voltando para o hotel. E, em algum ponto do trajeto, eu percebi que todas as portas do carro estavam muito bem trancadas, assim como todas as janelas fechadas.

Meu coração bateu um pouco mais rápido quando ouvi uma risada quase maligna. Olhei para James. Ele estava relaxado no banco e ria da minha expressão cautelosa.

– Não é como se nunca mais fosse voltar, docinho. - Ele disse e eu arrepiei de medo. - Não. Espere. É sim. Você nunca vai voltar, Isabella.

Oh, não. A raiva tomou o lugar do medo dentro de mim e eu tomei fôlego antes de falar:

– Você está louco? Seu babaca. Aonde está me levando?

Eu sentia meu rosto ficar quente e sabia que estava ficando vermelha de raiva. Maldito.

Olhei para minha bolsa jogada entre nós e pensei em pegar meu celular para ligar para Edward, mas o desgraçados percebeu e jogou a bolsa no banco da frente.

– Calma, docinho. Só estou cumprindo ordens.

Oh, meu Deus.

Senti o pavor e o pânico se misturarem com a raiva. O pavor de quem estava por trás disso e o pânico de nunca mais voltar.

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O carro, então, parou em um lugar meio velho e meio abandonado. Dois homens do tamanho de Emmett saíram por uma porta em direção ao carro. Os vidros foram abaixados e eu vi um dos homens jogar um bolo de dinheiro no colo do motorista.

As portas de trás foram abertas e eu fui brutalmente puxada por um dos brutamontes. Quem, diabos, estava por trás dessa merda?

– Está me machucando, porra. - Eu gritei com o bombado.

– E daí? - Ele respondeu.

Fui arrastada para dentro da casa abandonada e fiquei realmente impressionada ao ver que o lugar não era tão abandonado por dentro. Claro... Era só uma fachada.

O homem de jogou no sofá duro e amarrou minhas mãos, mesmo eu tendo me contorcido e lutado durante todo o tempo. Eu tentava me soltar com os pés, sem me importar se estavam me observando.

– Amarrem os pés dela também. Não veem que é como um animal? - James disse, sua voz mostrando sua diversão. Ele andou até mim enquanto os homem faziam o que lhes foram mandado. Ele me pegou pelo queixo, me obrigando a olhar para ele. - Sabe, linda, eu só aceitei essa trama toda, porque eu queria uma pequena... vingança, por assim dizer. - Ele riu. Psicopata do caramba. - Esse cara que quer ver você já te conhece. Ele vem tentado separar você do seu namoradinho por outros meios, mas estava ficando difícil.

Ele se afastou e eu ouvia seus passos batendo no chão de madeira da casa abandonada. Alguma porta daquele lugar foi fechada e meus sentidos, já alertas, se posicionaram para contra atacar quem quer que fosse.

– Oh, meu Deus. - A voz familiar disse com falsa surpresa. - O que será que essa maravilha está fazendo aqui? - Ele riu. - Faz tempo desde nosso ultimo encontro, ma Belle. Desde aquela festa que você foi com seu namoradinho.– Desprezo pesado.

Eu ainda me contorcia, nunca afetada pelas palavras daquele conhecido que já havia me feito sofrer antes. E, apesar da surpresa inicial, eu já sabia dos riscos que corria ao fugir dele. Era óbvio para mim que ele arquitetaria um plano infalível para me fazer sofrer de algum modo.

As montagens no celular de Edward. As mensagens para me afastar dele. Até a ideia da viagem para Londres. Ele estava em todo lugar. Ele sabia tudo, olhava tudo, enxergava tudo. E eu sabia que tinha sido ele, mas eu não liguei. Porque meus outros problemas estavam se saindo mais caros do que ele.

Meu cabelo tinha desprendido do coque inicialmente impecável. Minhas unhas estavam quebrando no esforço de puxar as cordas que me prendiam. Meus punhos vermelhos de tanto se esfregarem pelas amarras fortes e ásperas. Mas eu não ligava. A adrenalina ainda corria pelas minhas veias e eu não conseguia sentir dor.

Senti os braços dele, antes tão acolhedores, me pararem com força, me fazendo gemer de dor quando senti meu ombro sair minimamente do lugar.

– Vou fazer você pagar pelo que me fez passar no dia do meu aniversário. Vou fazer você pagar pela humilhação de ser abandonado. E sabe por que? - Sua risada me arrepiou de medo. - Porque, depois de tanto tempo te amando, chegou a hora em que o ódio toma conta. E ficará comigo como minha prisioneira para o fim de seus dias.

– PARE. - Eu gritei, assustando a todos ali. - Sabe que não chegará a nada assim. Quer meu dinheiro? Leve. Quer me humilhar na frente de todos? Pois faça. Mas não me deixe ao seu lado nem mais um minuto. - Senti meu rosto virar antes mesmo de sentir a dor do tapa em minha cara. - Eu sempre soube que era uma pessoa virada, mas nunca soube que era tão covarde a ponto de bater em uma mulher, Jacob.



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