All I need is you

E então, LONDRES


LEIAM AS NOTAS FINAIS


Natal e Ano novo eram datas que tinham passado há um tempo. Nós estávamos chegando em fevereiro quando eu recebi. A noticia que eu esperava há tempos. Ela veio do Sr Hale e ele ficou tão emocionado quanto eu.

"Você está sendo convidada para um curso de diretoria preparatório para sua próxima promoção.", dizia o papel, "durante dois meses a partir de abril você terá hospedagem e curso pagos na capital da Inglaterra, Londres. Terá os fins de semana livres para passeios e viagens, porém faltas não justificadas resultarão em desclassificação. Adoraríamos sua aceitação. À diretoria."

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Oh, meu Deus.

Oh, meu Deus.

Oh, meu Deus.

Oh, meu Deus.

OH. MEU. DEUS.

– Edward. - Sussurrei para mim mesma. - Oh, não.

Eu olhei em volta, esperando encontrar o Sr Hale, Jasper e toda a diretoria da empresa, mas eu estava sozinha. Como que para me avisar que eu teria de tomar a decisão sozinha.

Peguei meu celular que estava na bolsa em cima da mesa de vidro da sala da presidência da Hale's e liguei para o primeiro número da minha discagem rápida. Edward. Liguei três vezes até ele atender.

O verdadeiro problema não era ir para Londres e ficar lá por dois meses, e sim o fato de que eu amava Edward e, com ele, meus sonhos haviam mudado. Eu ainda queria passar as férias de verão em Londres, mas não queria mais ir sozinha. Depois desse ano inteiro ao lado dele, eu não conseguia mais ficar bem aos domingos, meus "dias sagrados".

Eu não podia ir sem ele.

– Bee? - Edward chamou do outro lado da linha. Parecia um pouco desesperado. - Responda Bee. - Claro que ele parecia um pouco desesperado, eu não o respondia.

– Ed... - Eu sussurrei. - Tenho que me encontrar com você. Tenho uma noticia.

Ele respirou, totalmente aliviado.

– Boa ou ruim?

– Eu não sei.

O silêncio pesou mesmo por telefone.

– Tudo bem, Bee. Estou saindo daqui agora, passo aí em... menos de 30 minutos. - E, então, por mais inacreditável que pareça, ele desligou.

Senti meus lábios tremerem e coloquei o celular na bolsa. Sentei no sofá colocando a cabeça entre as mãos, fazendo o máximo de força para não chorar.

O que ele diria? O que ele acharia? Será que ele aceitaria? O que aconteceu para ele estar daquele jeito?

Minha mente girava sem que eu permitisse e, logo, eu estava deitada no sofá. Minhas pernas para cima, minhas mãos em meus olhos, meus sapatos jogados em qualquer canto do cômodo.

Não era legal.

Ouvi a porta ser aberta e passos chegando perto de mim. Mas eu conhecia esse ritmo bem demais para me importar com sua entrada. Eram passos que chegavam para alegrar meus dias. Até hoje.

Tirei as mãos do rosto devagar, esperando que meus olhos se acostumassem com a luz repentina. Os olhos verdes mesclavam entre a irritação, preocupação e amor.

Ele se aproximou, abaixou ao lado da minha cabeça e beijou minha bochecha.

Ele parecia... frio demais.

– Ed? - Chamei sua atenção, minha voz saindo rouca e fraca.

– Bee? - Ele devolveu. - Vamos? - Ele levantou, esticando a mão para que eu me levantasse também.

Peguei sua mão, coloquei meus sapatos e saímos da sala em um silêncio quase desconfortável. Eu estava inquieta e desconfiada. Algo tinha que estar errado. Edward não era assim.

Nós entramos no restaurante em frente ao prédio e nos sentamos na mesa afastada. Ele me olhou intensamente e vi que a irritação ainda estava presente, apesar de menor.

– Eu queria...

– Eu queria...

Nós dissemos juntos. Eu sorri. Isso era tão comum entre nós. Acenei para ele falar.

– O que você fez domingo passado? - Ele perguntou.

Hããã... O que?

Meu rosto devia ter mostrado minha confusão, porque toda a irritação de seus olhos desapareceu.

– Hmmm.. Eu dormi e arrumei a casa. Porque?

Edward apalpou os bolsos até encontrar seu lindo IPhone. Ele tocava na tela com um desespero claro até que me olhou e me ofereceu o celular em uma página de mensagens.

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"Você sabe o que sua namorada faz aos domingos?"

"Você sabe que quando ela diz que te ama ela mente, não sabe?"

"Ela odeia você. Ele me disse domingo passado."

"Você ainda não acredita em mim, certo?"

"Mas eu posso provar se você quiser."

As mensagens foram além, com montagens de fotos que foram tiradas com Edward, mas que mudaram a minha companhia. Nas fotos, eu sorria para um homem moreno cujos cabelos eu reconheceria em qualquer lugar.

Olhei chocada para Edward e vi que ele parecia conformado. Mas com o que?

Subitamente, o assunto Londres brilhou em minha mente e um novo desespero tomou minha cabeça.

– Ed, eu... - Eu comecei a gaguejar. - Sabe... é que... Eu ainda não respondi, mas... - Fui interrompida por suas mãos nas minhas.

– Eu sei. - Sabe o que?, pensei. Ele sorriu, como se lesse meus pensamentos. - Sei que você ainda não respondeu e eu acho, sinceramente, que deve dizer sim. - Eu estava completamente perdida. O que ele falava? Como ele podia saber? Ele estava falando da mesma coisa que eu? Será? Edward começou a rir. - Bee, eu sou um dos diretores da empresa onde você, por um acaso, trabalha. Eu sou um dos homens que promovem os funcionários, mesmo que eu precisa de aprovação da maioria para tal ocorrência. - Então a ficha caiu. - Eu lembrei do seu sonho, Bee.

Eu sorri calmamente enquanto processava que Edward havia decidido que realizaria meu sonho. Londres. Comecei a rir de felicidade.

Segurei suas mãos e as beijei. Eu não poderia estar mais feliz. Eu. Londres. Primavera.

Sem Edward.

– Não. - Eu disse. Minha mente andando mais rápido que minha boca. O confuso agora era ele. - Não posso ir sem você. - Ele abriu a boca para protestar, mas não o deixei falar. - Não, Ed. Eu com você, eu eu aqui.

Um silêncio se instalou aleatoriamente entre nós, até Edward levantar da sua cadeira e me levantar junto. Mas, por ficar parado tempo demais, atraiu olhares de todos do restaurante.

– Você não está entendendo, não é? - Ele sorriu para mim. - Você não está entendendo que uma filial da Cullen's foi aberta em Londres no mês passado. Você não está entendendo que, por dois meses, eu darei aulas para três novos diretores escolhidos a dedo por mim e pelo Sr Hale. Você não está entendendo que, por mais estranho que seja, vou estar com você sete dias por semana, em Londres, durante a primavera. - Eu fiquei em silêncio esperando minha mente engolir toda aquela informação. Seu sorriso ficou maior.

– Oh, meu Deus. - Disse alto. - Oh, meu Deus. Sim. - Eu gritei. - Eu. Você. Londres. Primavera. Futura promoção. Diretoria.

Pulei em seus braços, ganhando um abraço forte de sua parte. Eu beijei seu rosto, deixando as marcas de batom em suas bochechas e em seus lábios. Ele riu, tirando meus pés do chão.

As pessoas a nossa volta riam e sorriam para nós como eu tivesse acabado de ser pedida em casamento. Mas não. Ainda não.

Com a chegada do garçom, as pessoas se dispersaram e nossa conversa ficou mais amena. Mas os sorrisos fáceis e a conversa variada estava sempre ali.

Cheguei na empresa com um sorriso digno do Gato de Alice no País das Maravilhas. Todos, então, sabiam que eu ficaria dois meses no país dos meus sonhos.

Com o homem dos sonhos de qualquer uma.



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