Chasisty
Sinopse - Vazio
Forte... Uma luz extremamente forte dificultou minha visão, usei minha mão como escudo para esconder meus olhos e evitar a claridade; lá estava eu, na enorme imensidão do nada... Sozinho, nada que não estivesse acostumado mas mesmo assim era deprimente. Algo começou a se aproximar de mim, e um vulto surgiu diante dos meus olhos:
– Quem é você? - perguntei.
Não houve resposta, comecei a entrar em pânico. Aflito, voltei a questionar novamente:
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– Eu? - havia um tom sínico nessa pergunta; até porque não havia mais ninguém ali.
O vulto foi tomando forma e foi possível ver sua fisionomia, me acostumei com a luz e retirei meu ''escudo'', cara a cara o meu reflexo estava diante de mim:
– Eu sou você - disse ele - E você quem é?
A voz calma e pacífica me amedrontava, seu rosto sem expressão me deixava mais nervoso ainda. Engoli seco:
– Oras, e-eu sou você!
– Não, não é. Se eu sou eu, logo você não poderia ser... Eu.
– M-mas então quem sou eu?
– Você deveria saber.
Aquele rosto permaneceu intacto, ele não havia movido um dedo sequer. Me dava medo, aquela atitude me dava medo; a expressão morta de um vivo. Mas vamos todos morrer, então não há sentido em ter medo da morte, afinal o medo da morte so passa de uma estúpida insegurança de ser esquecido pelos que vão continuar ser curso:
– Minha vez de perguntar - ele abriu um largo sorriso - O que é você?
– O que sou eu...
Essa pergunta sempre desorganizou toda minha cabeça, me fazia ficar um tanto desconsertado... O sorriso dele desapareceu, e o temido rosto voltou a me assombrar:
– Você não é nada - ele afirmou com uma voz fria.
Uma fenda enorme se abriu embaixo de mim, caindo na escuridão; a luz só se afastava. Talvez eu merecesse isso, não? Só pior do que uma imensidão, é uma imensidão escura... Sem chão... Acho que nem fora disso tudo eu tinha um chão para me apoiar, ultimamente tudo isso não estava fazendo muito sentido na minha cabeça:
– Igarashi-sama!
Pulei da cadeira, soltei um suspiro e apoiei meus cotovelos na mesa para esfregar meus olhos:
– Igarashi-sama, está tudo bem? - era Maki - O senpai estava suando tanto, pensei que seria melhor acord...
– Que seja... Que horas são?
– São quase quatro da tarde.
– Droga...!
Peguei meu casaco e saí em disparada, deixei o grêmio estudantil e saí cruzando o longo corredor indo em direção a porta; havia um grupo de garotas que estavam conversando, uma delas me parou:
– Igarashi-san! - disse ela exaltada - Queria lhe pedir um favor...
– Dependendo do favor...
– Estou com algumas dúvidas em matemática... V-você poderia...?
– Ajudar com os estudos? Claro que posso...
– S-sério? Você poderia me procurar na classe 2-B pela manhã então...
– Seu nome é...?
– Hideko! - ela corou um pouco - Meu nome é Hideko...
Com muita paciência recuperei o fôlego e me curvei, entregando um beijo inocente em sua mão:
– Então, te vejo amanhã; Hideko-chan.
As amigas riram e eu retribuí, com esforço, mas retribuí. Voltei ao meu trajeto para a saída, abandonei o colégio indo em direção ao estacionamento. Joguei minha jaqueta no banco do carro e logo depois entrei:
– Vá para a minha casa - ordenei ao motorista.
Encostei minha cabeça sobre o acolchoado de couro do banco e fechei meus olhos, sentia um cansaço enorme, passei o dia todo cuidando do conselho estudantil. Sempre a mesma coisa, a mesma rotina... Acho que já estava fardo dessa repetição. Mas me esforçava para me manter acordado, não queria cair no sono novamente e ter aqueles pesadelos terríveis. Mas era inevitável, uma hora ou outra ele sempre acontecia; minha imagem desaparecendo depois de conversas sem sentido algum, sempre com as mesmas perguntas insanas: ''o que eu sou?'' Se nem eu sei, como poderia responder...
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