Más Vale Tarde Que Nunca !

Ao Que Parece, Eu Não Sou Uma Princesa !


A luz da lua transpassava o vidro de janela da cozinha – Onde eu estava – clareando minhas belas flores noturnas.

Corto alguns ervas, calmantes, para fazer um chá.

A noite estava densa. Um sinal claro de que o dia de amanhã prometia grandes surpresas.

Por que foi mesmo que eu resolve me meter nessa confusão toda ?

A imagem do belo homem de cabelos cor de areia e de olhos azuis hipnotizantes me vem a mente.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Hermes.

Deixo a faca cair ao lado da taboa, onde se encontrava minhas ervas calmantes.

Ainda que pareça, eu não sou uma princesa. Na realidade, não sou mais que uma travessa. Quando se aproximas, sei que perco a cabeça.

Riu.

Amar uma pessoa e a maior estupidez que alguém pode fazer contra si mesmo.

Olho para minha ervas já cortadas, dentro de um bule. Ponho-as dentro de uma chaleira, e coloco no fogo.

Espero ferve, pacientemente. Olhando fixamente para o fogo.

Por um milênio tentei me aproximar do deus mensageiro. Até consegui me torna sua amiga, mas não passou disso. Amizade.

Rumores surgiram... Hermes e Héstia estavam se interessarem um pelo outro, era o que os deuses comentavam. Não posso competir com a deusa pura, amorosa e doce, Héstia.

Um barulho de fervura me tira de meus devaneios.

Sirvo meu chá em uma xícara de porcelana inglesa.

Saiu dar cozinha, rumo a sala, onde uma lareira acessa me esperava.

Me sento em um poltrona enfrente a lareira.

Coloco uma manta cobrindo de meus pés até minha cintura. Já que, aquele conjuntinho preto de dormi, não estava me protegendo do frio, da noite densa.

Look: http://mundodasdicas.com.br/wp-content/uploads/2012/06/camisola.jpg

Quem sou agora, não defini quem já fui.

Lembro-me bem, de como eu era, antes de me apaixonar pelo deus mensageiro.

Fria. Indômita. Calculista. Imprevisível.

Eu só estou à ajudar Atena, pelo mesmo. Pois Hermes gosta dela, sua irmã.

Sinto uma leve preção em minha cabeça. Isso só acontecia quando alguém estava perto de minha casa.

Olho pela janela.

Avisto uma silhueta masculina rondando a casa.

O fogo de minha lareira se expandi, ficando agitado e violento.

Hefestos.

Abro a porta, dando de cara com o deus do fogo.

Ele parecia desvairado.

Nem nota meus trajes indecentes. Agradeço mentalmente por isso.

– O que queres ? Trousse minha lagrima ? – Tento parecer seria e normal.

Ele contrai os lábios.

– Preciso de sua ajuda.

– Com ?

– Eu a perdi – Sua voz sai rouca.

Tento disfarçar meu assombro.

Só era o que me faltava.

– Como assim... Perdeu ?

– Ela fugiu.

Boa, Atena ! Me poupastes um trabalhão.

– Isso e ruim porque, exatamente ?

Ele me olha, como se eu fosse o ser mais burro do universo.

– Ela fugiu e está em perigo.

– Me explique essa história direito.

Ele relata tudo.

Elísio ? Ela estava esse tempo todo no Elísio ?

– Ela estava esse tempo todo, no Elísio ?

– Sim.

Suspiro.

– Não posso te ajudar. Se ela estivesse na terra, eu poderia localiza-la, mas ela esta em um mundo onde minha magia não e tão poderosa assim.

Preciso contar a Poseidon.

– Você era minha ultima esperança.

Ele parecia arrasado.

– Desculpe-me.

– Tudo bem, tentarei encontra-la.

Ele me dar as costas.Vou fechando a porta até que...

– Nossa conversa morre aqui, Hécate.

Ouso o mesmo dizer, ainda de costas para mim, seguindo se trajeto.

– Não sairá.

Desculpe-me, mas essa conversa precisa ser partilhada.

Fecho a porta.

Vejo o mesmo desaparecer em nevoa.

Me sento em minha poltrona.

Eu os procuro agora, ou deixo para amanhã ?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

O relógio marcava 11:53 dá noite.

Droga ! Vamos lá, então.

Me visto apressadamente.

Pego o primeiro vestido de meu closet. Vestido esse, que quem justamente me deu ele, foi o mensageiro.

Look: http://2.bp.blogspot.com/_JJW7K2DVWjs/S8ifxYqaANI/AAAAAAAAAtA/ighSMtiBuuw/s1600/Amidala03.jpg

Suspiro me olhando no espelho.

Assim que aparato para a fazenda do deus dos mares, percebo que uma fina chuva já começava a cair.

Bato na porta de entrada. Logo um empregado vem me atender.

Poseidon, Hades, Apolo e Zeus se encontravam na sala de visitas, bebericando alguma bebida.

Assim que me veem ficam de pé, cortesmente.

– Alguma novidade ? – Poseidon pergunta.

Ele estava um caco.

Olheiras profundas. Babar por fazer. Palidez. Os outros não estavam melhores. Hades era o que mais se mantinha calmo.

– Sei onde ela esta.

Só foram precisas essas palavras para que todos se enchessem de esperanças.

Somos prisioneiros e as jaulas que encarceram nossos sonhos, são as circunstâncias.

Ele era a prova disso.

Seu sonho era ficar com ela. Pena que as circunstâncias não estavam favorecendo em nada, para com esse sonho.

\"\"