O Homem que Eu Amo

O HOMEM QUE EU AMO - PARTE XI



Com as palavras de Sasuke ecoantes em meus ouvidos eu voltei a Konoha.



Pensei em ir para casa, mas no meio do caminho girei os calcanhares e fui para o apartamento do Naruto. Eu me lembrei que havíamos discutido no hospital e por isso achei melhor ir ver como ele estava.



Eu me plantei em frente a sua porta e bati duas vezes, não tive resposta em retorno; novamente bati três vezes e mais uma vez não houve resposta.



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Fiquei brava.



- Naruto só pode estar dormindo! Aquele idiota, nem me escutou bater.



Girei os calcanhares disposta a ir embora, porém algo me fez querer ficar ao lado dele naquela noite; e como eu não tinha a chave do apartamento dele, resolvi entrar pela janela da sala a qual Naruto descuidosamente sempre deixava aberta.



Assim o fiz, entrei pela janela da sala e fui em direção ao quarto, e para meu espanto e preocupação o quarto estava vazio.



Olhei todo o apartamento enquanto chamava seu nome, e logo veio à constatação que não havia ninguém ali além de mim.



- Naruto não está em casa.



Sentei-me na cama e fiquei olhando o quarto envolto na penumbra da noite, a pouca luz que vinha da janela iluminava os móveis do quarto e produzia sombras que projetavam na parede uma mistura de figuras amórficas.



Tombei a cabeça e deitando-a na travesseira. Fiquei sentido o perfume de Naruto impregnado no tecido. Eu estava realmente preocupada com a ausência dele.



Fiquei ali deitada durante um tempo até que voltei a me sentar na cama.



- É melhor eu ir procurar o Naruto.



Levantei-me rapidamente e dei um passo à frente; senti uma vertigem que me fez voltar a sentar na cama. Coloquei minha mão na testa, e percebi não estava com febre.



- Eu preciso comer alguma coisa antes que eu acabe desmaiando.



Com movimentos mais lentos do que antes eu me levantei e fui até a cozinha em busca de qualquer coisa com a qual eu pudesse me alimentar.



Abri a porta do armário que ficava embaixo da pia, em meus pensamentos havia um simples desejo.



- Espero que tenha algo mais do que ramen.



Para minha desesperança, ao verificar o que havia dentro do armário encontrei apenas ramen.


- Como ele pode sobreviver comendo apenas isso?



Comecei a rir de meu próprio comentário, e sem outra opção peguei um dos pequenos potinhos aleatoriamente. Esquentei um pouco de água e enchi o copo até quase o topo, aguardei algum tempo e me sentei à mesa para comer.



O cheiro que aquele ramen exalava começou a me deixar enjoada, e eu torci o nariz olhando para o macarrão boiando em meio aos legumes no potinho; mesmo assim decidi comê-lo.



Bastou eu colocar um pouco na minha boca para sentir um enjôo tão forte que tive que correr para o banheiro. Sentei em frente ao vaso sanitário e após uma forte contração em meu estômago, um líquido azedo subiu por minha garganta queimando-a, porém nada saiu por minha boca.



- Que droga! O que está acontecendo?



Ao fazer-me essa pergunta uma velha lembrança, até então sem importância, veio a minha mente. Lembrei de uma conversa que tive com uma das enfermeiras do hospital.



Flashback



Eu e a enfermeira estávamos na recepção do hospital.



- Anu, você está bem? - perguntei num tom de preocupação – Você está tão pálida.



Anu era a enfermeira mais bonita do hospital, ela chamava a atenção de todos os pacientes com seus lindos cabelos castanhos que lhe caiam um pouco abaixo da cintura e seus belos olhos cor de mel. Ela era uma figura bela de se admirar por sua beleza e postura, confesso que me inspirava nela na hora de me vestir.



- Sakura, não se preocupe. No meu estado é perfeitamente normal que eu esteja muito pálida e abatida.



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- No seu estado? – questionei-a com a inocência de uma criança.



- Sim. Ainda não sabe que eu estou grávida?



- Tão cedo!



Anu havia se casado com um dos ninjas da aldeia há alguns poucos meses atrás. Ao escutar a minha exclamação, Anu pôs-se a rir.



- Essas coisas acontecem quando duas pessoas se amam. Agora não fique mais preocupada comigo, ter enjôos, ficar pálida e até mesmo desmaiar é algo normal para uma mulher que está grávida.



Fim do flashback



- Grávida...



Essa pequena palavra de sete letras ficou ecoando em minha cabeça como uma sentença da qual eu estava certa de que não podia escapar.



Enxagüei minha boca com água. Levantei a cabeça e vi minha imagem pálida no espelho.



- Eu não podia estar grávida, vamos ver...- fiquei pensando em algumas questões femininas e depois de um tempo tinha uma resposta definitiva – Eu posso sim estar grávida.



Encostei-me na parede e coloquei minha mão direita sobre meu ventre; concentrei-me por um tempo e emanei um jutsu para me auto-examinar. Por entre meus dedos eu senti o pulsar das batidas do coração.



- Eu estou grávida! – exclamei sem muito ânimo.



Eu comecei a rir enquanto algumas lágrimas escaparam de meus olhos.



Com a mão em meu ventre, eu voltei para o quarto e em meio à penumbra do ambiente vi uma figura estática; reconheci-a imediatamente.



- Naruto...



A luz do quarto acendeu-se, na verdade, Naruto a acendeu.



- Sakura-chan... – ele chamou por meu nome num tom de voz abafado.



Naruto ficou me olhando e eu também não desviei os olhos de sua direção.