Tempo. Essa era a palavra-chave na história de Laura e Edgar. Tempo em que ficaram afastados durante o noivado; tempo que fez ressurgir a paixão entre os dois num casamento feliz; tempo que abrigou as angústias e sofrimentos resultando na longa separação do casal; e um novo tempo, por fim, reestabelecendo a confiança e o carinho que sempre tiveram um no outro.

E esse novo tempo seria eterno! O tempo, o amor, o respeito e a confiança que tinham um no outro; tudo isso duraria para sempre.

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As conversas e pequenas discussões aniquilaram, pouco a pouco, as dúvidas, inseguranças e mágoas que ainda poderiam existir, demonstrando o amadurecimento de Laura e Edgar em seu relacionamento.

A paz apenas crescia no lar do jovem casal Vieira, com ela crescia também o bebê no ventre da professora que, paparicada constantemente pelo marido, encontrava-se plenamente feliz. Edgar não ficava atrás e, dia após dia, reparava nas mudanças que a gravidez trazia ao corpo de sua amada.

No início, nem a moça conseguia notar mudanças em sua estrutura, mas Edgar não apenas via, como sentia, beijava e elogiava as novas curvas que insistia em dizer que surgiam em Laura.

Edgar: Meu amor, cada dia você está mais linda! – dizia enquanto acariciava-a, ainda na cama enquanto os raios de sol os cumprimentavam.

Laura corou e deu-lhe um encantador sorriso: Edgar... – acariciou sua barba – eu estou igual a todos os outros dias... Mal dá pra notar minha barriga, meu amor!

Edgar sorria malicioso enquanto deslizava as mãos sobre o corpo da moça: A Sra. Laura Vieira está duvidando do que eu digo? – fingiu estar magoado - ...Pois saiba que conheço cada milímetro do teu corpo e já vejo mudanças em você. Não consigo definir exatamente quais são – sorri – mas elas te deixam ainda mais encantadora e me deixam ainda mais apaixonado.

Laura ajeitou-se no leito, ajustando-se melhor ao marido para aproveitar mais do toque de suas mãos: Hmm, Sr. Edgar Vieira, quer dizer que conhece meu corpo melhor que eu mesma? – riu.

Edgar colocou-se sobre ela, beijando-a incessantemente enquanto balbuciava sugestivo: Quer que eu mostre como conheço minha mulher?

Laura retribuía os beijos assentindo: Adoraria, senhor meu marido! – sorriu entregando-se mais uma vez ao rapaz, recebendo e proporcionando deliciosos momentos de prazer e felicidade.

Assim se seguiram os dias e as semanas do casal mais apaixonado da capital fluminense. A barriga de Laura cada vez mais saliente era motivo de celebração para eles, seus familiares e seus amigos.

Isabel logo comunicou sua nova gravidez para todos, curtindo com Laura mais essa semelhança em suas histórias. As amigas saiam frequentemente para fazer o enxoval dos bebês e, exultantes, combinavam a amizade que as crianças estabeleceriam desde que nascessem.

Isabel: Laura, de quantas semanas você está mesmo? – sorriu ao ver a amiga acariciando o ventre.

Laura: Não sei ao certo, Isabel... Mas ao que tudo indica, estou no quarto mês da gestação?

Isabel estranhou: Quarto? Só? – franziu o cenho.

Laura: O quê? Você acha que tem algo de errado com meu filho, Isabel? – desfez a expressão calma de momentos antes.

Isabel tentou acalma-la: Não! – deu um meio sorriso – É que quando estava grávida do Elias, minha barriga não estava tão grande como a sua no quarto mês... Mas não devo estar me lembrando direito, não se preocupe... – sorriu acalmando-a.

Laura baixando o olhar em direção ao filho ainda no ventre, respondeu a amiga: É que ele é um bebê grande, não é, meu filho? – afagou o topo da vistosa barriga – Você vai ser um bebê grande, lindo e saudável, meu amor. – completou sorrindo, esperançosa ao vislumbrar a imagem de uma pequena e doce criança em seus braços.

Isabel passou a acariciar sua própria barriga, juntando-se à Laura nos votos desejosos também para seu filho: Claro, minha amiga! Nossos amores serão lindos e saudáveis!

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Mais semanas se passaram e com elas as cresciam os bebês, mas todos começavam a reparar, principalmente, no rápido avanço da gestação de Laura. Já preocupados com tantos comentários vindos de seus amigos e familiares, o casal Vieira começou a questionar Dr. Assunção sobre a saúde do bebê.

Assunção: Laura, minha querida, tenho acompanhado tua gestação desde o início e tudo está correndo perfeitamente bem – sorriu – mas de fato, esse crescimento exagerado do bebê me é um pouco estranho... – agravou a expressão facial – se minhas suspeitas estiverem corretas...

Edgar interrompeu as conjecturas do sogro, consternado: Dr. Assunção, diga-nos, por favor, quais suas suspeitas? Algum problema com Laura? Com o bebê?

Laura completou com a voz embargada pelo choro: Pai, tem... tem alguma coisa errada com nosso bebê? – questionou enquanto apertava a mão do marido, pedindo-lhe apoio.

Dr. Assunção buscou acalmar os jovens: Calma, meus caros, não há nada de errado... Deixe-me fazer alguns exames para depois revelar minhas suspeitas... – disse se aproximando da filha.

Após alguns minutos, terminou os exames de praxe e outros que a moça não estava habituada, preocupando-a um pouco mais. Suavizando o olhar e abrindo um largo sorriso, quebrou o silêncio do cômodo:

- Acalmem-se...

Edgar: Há algo errado com nosso filho? – sua expressão era desesperadora.

Laura chorando copiosamente, interviu: Edgar, deixe meu pai falar, por favor. Pai, diga logo!

Dr. Assunção: Vocês não têm motivos pra se preocupar. Tudo está perfeitamente normal. Tanto com Laura quanto com os bebês. – alargou o sorriso ao perceber a perplexidade do genro e da filha.

Edgar: Como? Bebês? – perguntou ainda confuso

Laura segurando a voluptuosa barriga: Tem mais de um? – começando a esboçar um sorriso ao direcionar o olhar para o marido.

Dr. Assunção: Sim – riu da pergunta da filha – São dois, minha querida. Serei avô de gêmeos! – bateu nas costas do genro, parabenizando-o, ao mesmo tempo em que afagava o rosto de Laura, ainda umedecido pelas lágrimas.

Edgar recompôs-se minimamente e perguntou ao sogro: E agora, algum cuidado especial? – olhou para Laura – Meu amor, como você está se sentindo? Está tudo bem?

Dr. Assunção: Calma, meu rapaz! Está tudo bem, já disse. – também se direcionou à filha – O final da gestação vai ser um pouco mais trabalhoso pra você, minha querida. Você está carregando o dobro do peso! – riu.

Laura ainda buscando palavras, respondeu: Tudo bem, pai! Eu nunca pensei que... ah, não importa o que pensei! Não poderia estar mais feliz! – levantou-se, buscando uma posição para abraçar o progenitor com carinho. – Obrigada pela notícia! – abriu o mais largo e encantador sorriso que tinha.

Dr. Assunção afagou o rosto da filha após soltar-se de seu abraço: Você merece, Laura! Aliás, vocês dois merecem toda felicidade do mundo! – sorriu para Edgar. – Bem, mas agora vou indo para que vocês possam conversar melhor sobre esses dois aí dentro – falou, afagando pela última vez antes de retirar-se do cômodo do casal.

Edgar, de tão assustado, não acompanhou o sogro até a porta como mandava a etiqueta, mas o senador não só entendia sua reação, como até achava graça do pânico que se apropriava do genro.

Ainda no quarto, o casal se entreolhava buscando palavras para compartilhar a alegria e a surpresa que a novidade os proporcionara.

Laura quebrou o silêncio: Edgar, tudo bem? Você não me parece contente... É isso? – parecia braba e decepcionada com a reação do marido.

Edgar saiu do transe no qual se encontrava ao se dar conta que não havia demonstrado o que realmente estava sentindo até então: Laura! – se aproximou dela, abraçando-a – Meu amor, não posso imaginar felicidade maior do que a que eu estou sentindo agora! Dois! Dois filhos, meu amor! Eu sou o homem mais feliz do Universo, duas vezes! - sorriu.

Laura aliviada: Ai! Que bom! Achei que você...

Edgar interrompeu-a com um carinhoso e intenso beijo: Laura, eu te amo! – beijou-a mais uma vez e pôs-se de joelho, e beijando o ventre da amada, completou – Meus filhos, amo tanto vocês também! – Abraçou a cintura da esposa, sem levantar-se e ali permaneceram os quatro.

Apesar do receio que essa nova condição de “pais de gêmeos” originava, sabiam, com toda certeza, que conseguiriam. Sempre juntos, sempre com amor, e assim, mais um “novo tempo” começava na vida do casal.