Imagine Dragons

Decisions


–- Tudo pronto? – Amber perguntou pela quarta vez para Becky, que revirou os olhos e lançou lhe um olhar do tipo ‘sim, e eu já respondi isto mais de uma vez, Amber’. Elas estavam nos jardins de Hogwarts, enquanto todos os alunos despediam-se de amigos e professores.

Becky desapareceu por alguns segundos, avisara Amber que precisava se despedir de alguns amigos. Amber por sua vez, deu um forte abraço em Lea, e também em Alvo, que bagunçou seu cabelo, fazendo a garota revirar os olhos. Amber estava, na verdade, procurando Scorpius.

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Dando voltas pelo pátio, o olhar voando de rosto em rosto, a garota começou a ficar preocupada quando não encontrou a cabeleira loira de Malfoy. ‘Será que ele foi embora sem se despedir de mim? Será que se cansou?’ mesmo que tentasse ignorar todos esses pensamentos, e balançasse a cabeça para afastá-los, Amber não conseguia.

–- O que...? – a garota começou a sussurrar quando teve ambos os olhos tapados por uma mão grande e extremamente branca. Os cantos de seus lábios subiram rapidamente, um sorriso doce que fazia com que todos olhassem.

Quando virou-se e viu o sorriso brilhante de Malfoy não conseguiu não sorrir ainda mais, logo beijando os lábios do garoto. Parecia que o mundo estava parado, e que só haviam eles ali, mesmo com o burburinho de vários alunos, e alguns risinhos próximos.

–- Bem, antes de tudo e qualquer coisa, eu quero te desejar um feliz Natal. – ele falou envolvendo seus braços em Amber, que sorriu. – E também quero que saiba que vou sentir muito a sua falta, então prometa-me que vai responder todas e cada uma de minhas cartas.

–- Como se fosse preciso pedir, senhor Malfoy. – ela sussurrou em meio aos abraços apertados do garoto. – E também quero que tenha um bom Natal – e depois de uma pausa um tanto quanto longa – e também sentirei muito a sua falta.

Os dois se beijaram por um tempo que Amber julgara curto demais para uma ‘despedida’, e então com um último abraço Scorpius apanhou seu malão e segui. Amber esperou, como combinado, Becky aparecer, e juntas foram para fora de Hogwarts.


–- Bem-vindas, bem-vindas! – a senhora de cabelos já brancos abriu a porta com um largo sorriso no rosto, os olhos brilhando. Abraçou a neta e logo em seguida abraçou Becky com o mesmo carinho. – Arrumem as coisas no quarto Amber.

E assim as duas fizeram, deixaram os malões no quarto de Amber enquanto essa puxava um colchão grande e largo de detrás do armário, deixando-o cair no chão com um baque alto e abafado. As duas gargalharam, Becky soltando-se no colchão e Amber fazendo o mesmo logo em seguida.

–- Amb? – Becky perguntou, as duas encarando o teto embolorado e bege, sujo pelo tempo, desgastado e com algumas rachaduras.

Amber virou a cabeça para encarar a irmã, que deu uma risada gostosa, fazendo os olhos azuis acenderem e brilharem mais que seus cabelos cor de fogo. Amber a incentivou com a cabeça, e as palavras fluíram dos lábios da ruiva.

–- Obrigada por me trazer para cá...

–- Não, Becky, pare. Não precisa me agradecer, e além do mais aqui nem é tão casa de contos de fadas, você percebeu. A casa é velha, grande e quase vazia, depois que papai morreu minha vó não teve condições de continuar a mobiliar a casa, e ficamos com só isso que temos mesmo. Mas de uma coisa eu sei, vai se sentir confortável e em...

–- Um lar. – Becky completou, sentando-se e secando as lágrimas teimosas que subiam aos seus olhos, revirando-os e fitando a rua lá fora, as árvores e o topo dos edifícios.

–- Sim, nosso lar. – Amber murmurou sentando-se mais próxima da garota, passando os braços ao redor da irmã, que retribuiu o abraço. As duas ficaram abraçadas por algum tempo, até que, de lá embaixo, ouviram a voz da avó de Amber pedindo para que descessem.

O dia passou rápido, o frio de fora parecia completamente barrado pelas paredes levemente apodrecidas da casa. Amber, a avó e Becky passaram a tarde sentadas ao sofá, cobertas por uma colcha grande de retalhos feita pela própria senhora. A televisão ligada era mais uma distração, pois as três não paravam de falar.

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–- Bom garotas, agora vou dormir. Não fiquem acordadas até muito tarde ok? Boa noite. – dando um beijo na testa de cada uma delas, virando-se apressada, caminhou até seu quarto e fechou a porta às suas costas.

Amber e Becky ficaram em silêncio por um tempo, assistindo um programa sobre culinária, ambas prestando bastante atenção. E então, quando finalmente ouviram suaves roncos vindos do quarto se olharam automaticamente, sorrisos em seus lábios. Sentaram-se uma de frente para a outra, ainda com a pesada colcha no colo. Lá fora nevava.

–- Amb. – Becky começou e Amber fez um movimento positivo com a cabeça. – Eu sei de tudo.

Amber não entendeu por alguns instantes. Pelo contrário, ficou confusa. Não sabia sobre o que a irmã estava falando. Ou pelo menos achava não saber, até notar a testa trincada da garota, as sobrancelhas baixas e a expressão magoada. Ela falava sobre Pathaun e a ligação.

–- Becky...

–- Não, é a minha vez de falar, Amber. – de repente Becky não parecia mais tão frágil, tão delicada. Sua voz estava com um tom que Amber nunca ouvira antes, um tom mais sério, quase adulto. – Eu sei que se você o matar eu morrerei. E sei também que você precisa matá-lo. Eu não tenho muito à perder... Por favor não faça essa cara. Estou falando sério Amber, você sabe que estou. E sabe que é necessário.

–- Não Becky! Não vou fazer isso, não vou deixar nada te machucar.

–- Eu já tomei minha decisão. Sei o quão importante isto é, sei o quão grave é a situação Amber, e sei que isso tem que acontecer. Me escute, vou ficar bem, você também vai! Tudo vai ficar bem.

Becky então abraçou Amber, que retribuiu o abraço com força e carinho, ignorando as lágrimas que tingiam suas bochechas, apertando o rosto contra os cabelos ruivos de Becky. Mas já era tarde para aquilo, Amber já havia tomado sua decisão.

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