Imagine Dragons

Swimming Time


Amber levantou-se com agressividade, os olhos arregalados e a testa brilhante de um suor frio. Do outro lado do dormitório, Eleanor estava sentada em sua cama, mirando a amiga mesmo na escuridão que habitava o lugar. Por uma pequena janela, a luz da lua refletia em todos os móveis que eram de uma madeira escura.

-- Pesadelo de novo? – a garota loira perguntou, sentando-se à beirada da cama de Amber, estendendo para a amiga um lenço de papel enquanto ela confirmava com um movimento de cabeça e secava a testa rapidamente. – Venha, vamos até a cozinha para que você beba um copo de água.

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As duas então desceram com cuidado as escadas, escapando por pouco de um Filch de cara fechada e uma Madame Nora raivosa. Em meio às risadas as duas começaram a conversar animadas sobre como havia sido suas idas à Hogsmeade, e Eleanor nem ao menos tentava esconder o contentamento que tinha em estar com Alvo.

‘Ele é perfeito! De verdade Amber, ele é cavalheiro, sempre me respeita, beija muito bem, sempre me abraça sem que eu nem peça, quando vê que estou com frio coloca seu casaco em mim... Acho que estou apaixonada!’ os olhos de Eleanor brilhavam cada vez mais enquanto ela contava como fora boa a ida até a Zonko’s e em como Potter a presenteara com um bisbilhoscópio de bolso cor-de-rosa e Amber tentava ao máximo não revirar os olhos.

Quando contou à amiga sobre a brincadeira dos feijõezinhos de todos os sabores, Eleanor soltara um grito tão agudo que era duvidoso se a garota não havia acordado toda Hogwarts. Ficaram então em silencio e seguiram para a cozinha, onde os elfos serviram à elas um café da manha adiantado, afinal Amber tinha que caçar tronquilhos.

-- AI! – Amber gritou assim que uma das criaturas mordera seu dedo, que agora começava a sangrar. Segurou o tronquilho por uma das extremidades e arremessou-o para Hagrid, que apanhou-o em meio à uma risada, lançando para a garota um curativo.

-- Está tudo bem? – Danniel perguntou, surgindo ao lado da garota que deu um salto devido ao susto, caindo no chão. O garoto estendeu a mão e ela aceitou-a, levantando-se. Confirmou com a cabeça e em silencio saiu à procura de mais uma das criaturas, que estava escondendo-se atrás de uma árvore grande e nodosa.

A criatura dera trabalho, Amber rodara a árvore mais de cinco vezes até apanhá-la. Hagrid estava contando todos os que haviam apanhado, e não faltavam muitos. ‘Talvez faltem apenas dois e... Olhem ali um!’ então saiu correndo atrás da criatura, que disparou ao perceber que estava sendo seguida. Do outro, mais à direita, Amber avistou a ultima das criaturas e saiu em seu encalço.

O tronquilho correu em direção aos jardins de Hogwarts, e então, até o lago da Lula Gigante. Amber estava quase o apanhando quando ele deu uma virada inesperada, fazendo a garota tropeçar e cair dentro do lago, o que não teria muito problema, pois o dia estava quente, mas Amber não sabia nadar.

A água estava extremamente gelada, o que deixou a garota de certa forma mais desesperada do que já estava. Tentou subir à superfície, mas notou, no fundo do lago, a Lula Gigante, balançando seus tentáculos. A visão a paralisou, e mesmo que tentasse se movimentar, só estava afundando mais. Tudo começou a ficar escuro e a garota já estava perdendo os sentidos quando alguém puxou-a da água.

-- Amber? Amber. – Malfoy estava debruçado sobre a garota, que voltava à si, cuspindo a água que havia engolido e arregalando os olhos enquanto seu pulmão ardia ao receber o oxigênio. Ela começou a tossir e engasgar, e Scorpius ajudou-a a sentar-se.

-- Malfoy... – ela tentou falar, mas parou devido à falta de ar.

-- Sim...? – ele incentivou, sentando-se ao lado dela.

-- Você precisa parar de me seguir. – ela soltou por fim, jogando-se na grama e respirando com dificuldade, enquanto Malfoy gargalhava alto. – Não ria dessa maneira, você sabe que é verdade! Sempre aparece quando...

-- Quando você mais precisa? – ele cortou-a e ela ficou calada, mirando o céu que estava claro e limpo.

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Amber continuou em silêncio, esperando que o garoto falasse mais alguma coisa, acrescentasse qualquer outra coisa. Mas isso não aconteceu. Pelo contrário, continuaram em silêncio. A garota passou a mão pelos cabelos úmidos, espremendo-os para que a água terminasse de pingar. Apertou também as roupas, que ainda estavam molhadas.

Malfoy estendeu a mão, ajudando Amber a se levantar. A garota ainda estava com tontura, a cabeça doía, então cambaleou até encostar-se em uma árvore de tronco grosso e áspero. Mal aguentando o próprio peso, as pernas tremendo, desabou no chão, apoiando a testa nas mãos e os cotovelos nos joelhos.

-- Está tudo bem? – Scorpius perguntou, aproximando-se dela com cuidado. Amber fez que sim com a cabeça, mas a tontura era tamanha que a garota mal conseguia abrir os olhos. Apoiando-se na árvore, colocou-se de pé e deu um passo, logo caindo. Malfoy agarrou-a pela cintura. – Opa, cuidado ai.

-- Minha cabeça. – as palavras escaparam fracas por seus lábios. Scorpius encarava-a e assim que abriu os olhos a garota assustou-se com a proximidade de seus rostos. Colocando uma das mãos no rosto da garota, ele puxou-a para perto, colando seus lábios.

Foi um beijo calmo e doce. ‘Finalmente’ Amber pensou enquanto se beijavam. Não durou tanto tempo quanto ela gostaria, mas Scorpius ajudou-a a levantar-se e levou-a até a Ala Hospitalar, onde Jonh recomendou que descansasse um pouco, e assim fez.