Imagine Dragons

You and Me? In a Date?


‘Finalmente livre!’ Amber pensou quando Jonh liberou-a da Ala Hospitalar, mesmo que com um pano amarrado em sua cabeça. Saiu de lá durante a madrugada por escolha própria, não queria Scorpius ou Eleanor em cima dela como se nem ao menos soubesse caminhar sozinha.

Enquanto caminhava, ainda sentindo uma forte dor de cabeça e na perna esquerda, Pirraça passou voando por sua cabeça, gritando aos ventos que uma aluna havia fugido da Ala Hospitalar. Amber sentiu-se encurralada, afinal, Eleanor poderia muito bem aparecer, ou qualquer outro professor, e a garota não conseguia se decidir entre qual das opções seria a pior.

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Sem muita reação, Amber apressou o passo, parando em frente ao conhecido lugar onde ficava a Sala Precisa. ‘Um lugar para me esconder, rápido!’ pensou e abriu a porta desesperada, jogando-se dentro da porta, sem nem ao menos saber onde estava entrando. O lugar era escuro, apertado e tinha um odor que começou a incomodá-la. Quando conseguiu, finalmente, acender a luz, viu-se dentro de um armário de vassouras. ‘Só pode ser piada.’

Ficou lá dentro o tempo que julgou ser suficiente, e quando saiu viu que ainda estava escuro lá fora. Caminhou com cuidado até o dormitório feminino da Grifinória, vestiu roupas que os bruxos julgam de trouxas, afinal ela morava com a avó, que era trouxa, e saiu para os jardins de Hogwarts. Não estava frio, mas também não fazia calor. Amber usava jeans rasgadas, um tênis e um suéter bem quente. Prendera os cabelos em um rabo, pois sabia que o caminho que agora percorreria não seria fácil.

Algo a estava ‘puxando’ para o local onde estivera com Becky, aquela caverna. Sabia o caminho, era como se seus pés a guiassem, como se não obedecessem à ela. Era sábado, e haveria outra ida à Hogsmeade, porque Filch queria inspecionar o Castelo em busca de algo que havia perdido. Amber, à orla da Floresta, puxou para baixo as mangas do suéter, cobrindo também seus dedos. Mal havia dado dez passos quando sentiu algo a puxando pela cintura.

Amber percebeu que eram braços, pálidos e fortes, mais especificamente, os braços de Malfoy, que a jogaram no chão quando a garota demonstrou resistência. Amber fez careta quando Scorpius estendeu a mão para ajudá-la à se levantar, mas mesmo assim aceitou a ajuda. Bateu nas roupas para tirar a grama que havia se prendido em suas calças.

-- Por que você sempre me segue? Que merda, por que eu não posso simplesmente sair sem que você note? Malfoy, vá para Hogsmeade e me deixe em paz! – Amber falava agitada, movendo os braços e sentindo o rosto aquecer-se de raiva. Malfoy caminhou sem expressão até ela, chegando bem perto, fazendo a garota recuar. Ergueu uma das mãos e a garota enrijeceu, e então, apanhou algo em seu cabelo.

-- Tinha uma folinha presa em seu cabelo. – ele justificou ao notar a expressão da garota, recuando devagar. Cruzou os braços e ficou parado. Após algum tempo em silencio, as palavras voaram de seus lábios até os ouvidos de Amber. – E então, não vai tentar passar? Correr pela Floresta, viver perigosamente?

-- Deixe de ser tão idiota e saia da frente! Eu preciso passar. – ela reivindicou, dando ênfase na palavra ‘preciso’, batendo suavemente com um dos pés no chão e seguindo em frente. Malfoy bloqueou sua passagem. A garota tentou por outro lado, mas ele também a bloqueou. – SAIA DA MINHA FRENTE!

Amber gritou com uma voz tão cheia de ódio que por um instante achou que Malfoy cederia, mas ele continuou ali, parado, apenas observando-a em silencio, segurando o riso diante daquela cena. Amber bufou ao perceber que não conseguiria passar.

-- Por favor, por favor, eu estou te implorando, me deixe passar, Malfoy! – ela pediu e sentiu seus olhos enxerem de lágrimas, coisa que geralmente acontecia quando ela explodia de raiva. ‘Não chore na frente dele, sua estúpida!’ a garota pensou, mas era tarde, as lágrimas já rolavam por suas bochechas vermelhas de ódio.

Scorpius ergueu a mão novamente, e secou as lagrimas da garota, que ainda olhava-o, esperando uma resposta. Um sorriso malicioso surgiu nos lábios de Malfoy, e um brilho divertido em seus olhos. Deu um passo à frente, colocando-se agora bem próximo de Amber, que desta vez não recuou, apenas cruzou os braços.

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-- Você, Amber Muller, vai sair comigo. – assim que ouviu essas palavras, Amber começou a rir descontroladamente, achando que era algum tipo de brincadeira. Mas então Scorpius chegou ainda mais próximo dela, os narizes quase se tocando. – Acha mesmo que estou brincando? – ele sussurrou, seu hálito atingindo a face de Amber, que tentou recuar, mas bateu em uma árvore.

-- Tudo bem, eu saio com você, Malfoy. – ela falou, tentando forçar-se à não fraquejar, esperando que sua voz não tremesse, colocando uma das mãos no peito de Scorpius e empurrando-o, criando assim uma distancia entre eles, o que a fez relaxar um pouco mais. – Diga-me quando, e sairemos.

E então Amber desviou de Scorpius, e seguiu para a Floresta, mas ele puxou-a de volta, olhando-a com um ar de ‘não será tão fácil assim’. Ela cruzou os braços, lançando-lhes um olhar zangado.

-- Agora. Suba para o dormitório, arrume-se... Não estou dizendo que esta feia, coloque este galho no chão novamente, obrigado... Mas você não pode ir assim, fará frio daqui a algumas horas. Sim, você vai à Hogsmeade comigo, hoje. E não tente protestar, ou contarei ao Longbottom que você tem fugido do Castelo constantemente, e tem ido à Floresta Proibida, local do qual ele proibiu todos os alunos. – quando a garota revirou os olhos, Malfoy sorriu vitorioso.

-- Tudo bem, eu vou à Hogsmeade com você, contanto que voltemos um pouco antes dos outros, pois preciso encontrar... Uma coisa. – ela concluiu antes que as palavras ‘dragão’ e ‘Becky’ saíssem de sua boca. Scorpius não pareceu muito convencido, mas assentiu. Desta vez o sorriso vitorioso foi de Amber, que já estava caminhando apressada para o Castelo quando a voz de Malfoy cortou o ar.

-- Mais uma condição, Muller, eu irei com você até esta ‘coisa’. – Amber virou-se pronta para discutir, a boca já aberta, os olhos arregalados de fúria, as faces ardendo de raiva, quando ele ergueu um dedo e acrescentou: - Não há discussão.