Porque é que estou a ver tudo às voltas? pensei. Oh, estou bêbeda.

Só aí me lembrei ... 14 horas... Matty... Central Park... O MEU ENCONTRO! Mas... ele violou-me... O que vou eu lá fazer? Ser raptada ou violada outra vez? Já ficaste sem emprego, sem pai, o que mais queres que te abandone? reflecti. EU VOU. Mas primeiro, preciso de um banho.

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Saí do banheiro, e ouvi a campainha. Olhei para o relógio de parede e vi as horas... 13h57m ?! Estou atrasada! gritei em pensamento.

Fui a correr, abrir a porta, ainda com o cabelo molhado e a toalha a tapar-me o corpo e quem haveria eu de ver quando abri a porta?! Matty.

- Bem, estou à tua esper...

E eu beijei-o. Sam, o que acabaste de fazer? Tens noção disso? pensei.

Ele afastou-se e perguntou:

- Porque fizeste isso?

- Não sei, foi... foi... um instinto.

- ... - não me respondeu.

O que me tinha passado pela cabeça?! Beijar o rapaz que me 'violou' ? Estou maluca! pensei.

- Ouve, vai-te embora, eu não quero chatices.

- Está bem - silêncio contínuo - passa para outro dia.

E saiu.

E passados alguns momentos , foi quando me apercebi. Estava apaixonada por ele. O beijo, as saídas... Mas não podia ser... Ele... Ele violou-me. E eu não fiz nada para o impedir. Porquê?! reflecti. Devia mesmo consultar um médico. pensei. E foi o que fiz.

- Hospital League of Cure, em que o posso ajudar?

- Boa tarde, queria marcar uma consulta de psiquiatria, por favor.

- Em que nome?

- Samantha Tyler. - respondi, com uma certa indecisão

- Muito bem, Sr. Tyler. A sua consulta está marcada para amanhã, às 15h da tarde. Boa tarde e obrigada.

- Obrigada. - e desliguei o telefone. Mal podia esperar para saber o que eu tinha. Se realmente era uma doença.

Tanta dor. Tanta dor que eu sentia naquele exato momento. Sentia como se o mundo inteiro me julgasse , de uma forma que eu não gostasse muito. Sentia que os meus pulmões estavam a asfixiar com tanta dor e desilusão... A morte do meu pai... O meu despedimento... O Matty... Parecia que estava a ser tudo encenado para um certo acontecimento... Parecia que alguém me queria torturar tanto, que só haveria uma solução. E há. pensei. A única forma de poder acabar com todos os problemas. Sim. Suicídio.

Peguei numa faca, e suavemente, passei-a pelo braço, fazendo-o sangrar. Eu estava a automutilar-me. E queria sangrar até à morte. Então agarrei em 5 elásticos, prendi-os no braço e um a um fui puxando para cima e largando, para que me dessem dor e marcas. E foi o meu último suspiro. A minha última descarga de dióxido de carbono. A minha última respiração.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.