New Hunter

1.04 – The Other Two Friends


1.04 – The Other Two Friends

O Impala 67 parava na frente da casa onde Scarlett ainda vivia com seus pais, logo atrás, o carro da detetive, dirigido por Sam. Os irmãos Winchester ainda não acreditavam na possibilidade de não ter nada acontecido com a morena, os arranhões eram perceptíveis. Mas ela ainda negava.

Sam trancou o carro, devolveu a chave e levou Scarlett até a porta de casa.

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– Tem certeza que está bem? Podemos fazer um curativo nisso. Posso entrar se quiser. – disse Samuel, tentando ajudar.

– Ah, Sam. Não precisa, de verdade. Eu passo sempre por isso. – disse a morena, sorrindo. – Mas obrigada mesmo assim. – agradeceu com um beijo carinhoso no rosto do caçador.

Sam fechou seus olhos, apreciando o momento. Dean, que estava dentro do Impala, buzinou esperando que seu irmão fosse logo até o carro para saírem dali.

A buzina assustou aos dois, fazendo com que o moreno entrasse em seu eixo e deixasse Scarlett.

– Até a próxima, então. – disse Sam, se despedindo, enquanto segurava as mãos da detetive.

– Espero que não tenha. – ela disse, sorrindo.

O sorriso que estava no seu rosto fez com que Sam sentisse algo. Uma felicidade tremenda passou por dentro de si. Mas ele virou as costas, e foi até o carro de Dean.

Antes de entrar deu mais um adeus, querendo lembrar para sempre daquela cena. Daquele sorriso.

Quando o carro finalmente partiu, Scarlett entrou em casa. Subia vagarosamente as escadas para não acordar seus pais. Algo a incomodou, a luz da cozinha estava acesa. Sem medo de nada, pegou sua arma dentro da bolsa e caminhou em direção a tal luz.

Não havia nada, ninguém. Se aproximou ainda mais e presenciou a pior cena de sua vida.

Seu pai. Atirado no chão, seu corpo todo arranhado. Não eram simples arranhões, eram arranhões fortes, que rasgavam sua pele e mostravam o que havia por dentro de seu corpo.

Sem pensar, um grito agudo saiu de sua boca. Provavelmente, acordando sua mãe.

[...]

Sam largou seu casaco em cima de uma mesinha em seu quarto. Dean jogou a mala em cima da cama e deitou, fitando o teto.

– Que dia! – exclamou, exausto. – Acha que Scarlett vai ficar bem? – perguntou.

– Espero que sim. – disse Sam. – Podemos passar lá amanhã, antes de irmos. – disse, fazendo Dean concordar com a cabeça.

O telefone de Sam tocou, fazendo com que o Winchester mais novo se preocupasse pelo horário da ligação. Viu o nome de Scarlett no visor e atendeu na mesma hora.

– Scarlett? Pensei que fosse demorar mais para ligar. – disse ele, brincalhão.

Sam! – chorando, falou a detetive. – Por favor, me ajuda. – disse, nervosa.

– Calma. O que houve?

Meu pai... Meu pai, ele...

– Por favor Scarlett, fique calma. O que houve com seu pai? – perguntou, preocupado.

Ele está morto. – disse a detetive, desligando em seguida.

Sam segurou o telefone um pouco mais de tempo na orelha, enquanto gritava pelo nome de Scarlett. Quando percebeu que a ligação havia caído, ou desligada, o moreno jogou o telefone na parede, fazendo-o se quebrar em pedaços.

– Que diabos aconteceu, Sam? – perguntou Dean, nervoso.

– Eles vão acabar com a família dela Dean, assim como fizeram conosco. – disse Sam.

– Do que está falando?

– Não é óbvio? Eles se vingaram.

– Eles quem?

– Não sei, talvez Crowley. Dean, o pai dela morreu. Não pode ser por acaso isso ter acontecido justo hoje, essa noite. – disse Sam, andando de um lado para o outro no quarto.

Em um movimento rápido, pegou a chave em cima da cama do irmão e saiu correndo em direção ao carro, sendo seguido por Dean.

[...]

– Scarlett? – perguntou sua mãe, descendo as escadas. – O que aconteceu?

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A detetive a encarou, seus olhos escorriam lágrimas como se tivesse tomado um banho delas. O desespero fez com que corresse até a mãe a abraçasse.

– Querida, o que aconteceu? – perguntou Eleanor.

– Papai está morto. – disse, soluçando.

Eleanor a soltou, encarando na mesma hora e tentando pensar como contaria a verdade para sua filha.

Batidas vorazes foram ouvidas na porta.

– Scarlett! – gritava Sam. – Abra a porta.

Eleanor saiu correndo, procurando pelo corpo de seu marido. Scarlett foi até a porta e a abriu, encarando os rostos dos Winchesters, que a abraçaram juntos.

– Onde está? – perguntou Sam.

– Na cozinha. – disse, fazendo os dois correrem até lá.

Scarlett os seguia, tentando ainda se esconder atrás deles para não ter que ver aquela cena mais uma vez. Mas era impossível, agora era ainda pior. Eleanor estava suja de sangue enquanto se deitava e abraçava sob o corpo de seu marido morto.

A detetive chorava, não querendo olhar mais uma vez para a cena mais horrenda de sua vida. Dean a abraçou, encostando em seu peito, o rosto da morena, que o abraçava ainda mais forte e chorava ainda mais.

Sam se guiou até Eleanor e a levantou, a soltando do marido.

– Eleanor. – ele disse, fazendo a mãe de Scarlett o encarar. – Preciso que se acalme. Temos perguntas para fazer. Perguntas que só vocês duas podem esclarecer.

Scarlett o encarou, juntamente com Dean. Ela não queria ter que começar uma investigação logo agora, principalmente se tratando de um dos membros de sua família, de quem ela mais amava.

– Está bem. – ela disse, forte.

[...]

Mãe e filha se sentaram no sofá, enquanto Dean e Sam se sentaram na mesa em frente.

– Há algo que seu pai tenha feito ou dito antes de morrer? – perguntou Dean à Scarlett. – Ele estava agindo de uma maneira estranha, talvez?

– Não. Papai sempre fora muito carinhoso comigo durante todos esses anos. Seu comportamento não mudou. – disse, enquanto tentava tomar uma xícara de café. Mas seus soluços não permitiam.

– Na verdade... – disse Eleanor, fazendo todos encararem-a. – Deixa pra lá. – ela disse.

– O que foi? – perguntou Sam.

– Wesley dizia para procurar por dois amigos dele quando ele morresse. Mas não deixou telefone, muito menos endereço. – disse Eleanor.

– Meu pai já sabia que iria morrer? – perguntou Scarlett, se levantando do sofá e encarando a mãe.

– Sim.

– E você não fez nada? Nada que pudesse impedir? – gritou.

– Não há nada que eu poderia ter feito, Scarlett. Seu pai já estava marcado.

– Como assim? – perguntou Sam.

– Vou contar, mas por favor não me chamem de maluca. – disse, fazendo com que os Winchesters confirmassem com a cabeça. – Há dez anos atrás, eu e Scarlett sofremos um acidente. Eu estava nervosa, dirigindo rápido na chuva, e... – pausou para respirar fundo – Bom, nós fomos parar no hospital e ficamos entre a vida e a morte. Foi ai que Wesley fez um...

– Pacto? – perguntou Dean.

– Exatamente. Como sabe? – perguntou Eleanor.

– Podemos dizer que acreditamos em você. – disse Dean. – E o que mais?

– Quando acordamos, ele nos mimou ainda mais. E só depois de cinco anos ele havia me contado tudo o que havia acontecido e que, só tinha mais cinco anos de vida. – disse Eleanor, de cabeça abaixada.

– E em nenhum desses momentos vocês quiseram me contar o que estava havendo? – gritou Scarlett.

– Você era muito novinha. – sua mãe disse, levantando a cabeça.

– E que tal ter me contado ao menos um ano atrás? – perguntou, enquanto saia de casa transtornada.

Sam se levantou para ir até ela, mas foi impedido por Dean.

– Eu vou. – disse o Winchester mais velho.

[...]

De sua varanda, Scarlett admirava o céu. Já estava quase amanhecendo e ela não fazia ideia de que já havia passado tanto tempo.

Sentiu uma mão passando pelo seu ombro, e quando olhou para o lado, Dean a abraçava.

– Sei como se sente. – disse Dean.

– Sabe? – ela perguntou.

– Sim. Eu e Sammy não temos família. Mas quer saber? Temos um ao outro. – disse Dean.

– Meu pai era tudo para mim, Dean. – ela disse.

– O meu também, Scarlett. Mas não é por isso que deixaremos de lutar. – disse o Winchester mais velho.

A detetive encostou sua cabeça no ombro do caçador, enquanto ficavam admirando a vista para o céu.

– Dói tanto. – ela disse, chorando.

– Eu sei. – disse Dean, beijando sua testa. – Mas acredite, isso vai passar algum dia.

Ficaram ali por um tempo, Dean pegou a mão da morena e ficou de frente para ela, a encarando.

– Precisa entender o lado da sua mãe. Deve ser difícil para ela estar em uma situação como essa.

– Só queria que ela me entendesse. Tivesse me contado. Acho que não quero voltar para aquela sala tão cedo. – disse Scarlett, virando o olhar.

– Aproveite enquanto tem uma, seria difícil perdê-la também. – disse Dean, soltando a mão da detetive e caminhando em direção a porta.

– Dean! – ela chamou, fazendo o loiro se virar. – Obrigada. – disse, sorrindo de lado. Dean retribuiu.

[...]

Ao entrar em casa, Scarlett se deparou com a mesma cena. Eleanor de cabeça baixa. Ela se aproximou da mãe, sentou-se ao seu lado e segurou na sua mão.

– Estou aqui. – ela disse, deitando sua cabeça no ombro de Eleanor.

Dean foi até a cozinha, enquanto conversava com Sam sobre possíveis casos.

– Não há muito o que falar. – disse Sam. – É óbvio. E não há nada que possamos fazer.

– Sabe o que me intrigou? O fato de Wesley pediu para procurarem por duas pessoas. Se podermos ajudar de alguma forma, seria começando por esse ponto. – disse Dean, olhando para o irmão mais novo.

[...]

Quando os Winchester finalmente voltaram para a sala, foram recebidos com olhares das Delaney.

– Eleanor, precisamos dos nomes dos amigos que seu marido pediu para a senhora procurar. – disse Sam. – Pode nos ajudar de alguma forma.

– Mas tem como conseguirem algo?

– Claro mãe, esqueceu da detetive aqui? – disse Scarlett, arrancando um sorriso de Eleanor. – Você se lembra dos nomes? – perguntou, mais séria.

– Sim... eu acho. – ela disse, confusa.

Dean pegou um tipo de papel e uma caneta para anotar os nomes.

– Acho que eram Bobby Singer e John Winchester. – disse.

Sam encarou o irmão, que soltou a caneta e a folha, deixando que caísse no chão.

– Tem certeza desses nomes? – perguntou Dean.

– Sim sim, é claro. Ele me disse isso ontem o dia inteiro. – ela falou.

Os Winchester se encaravam.

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– É possível? – perguntou Sam.

– Acho que sim. – respondeu Dean.

– Meninos, o que houve? – perguntou Scarlett, aos dois.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.