A Semideusa Perdida

Capítulo 6 - Missão de Última Hora


6 – Missão de Ultima Hora POV. Max Inúmeros campistas corriam descontrolados para todos os lados espalhando a notícia. Um ciclope invadiu o acampamento. Verifiquei a árvore, mas não há nada de errado, só tem uma explicação para isso, alguém autorizou o ciclope a entrar. - Max! – Gritou Quíron – Carol e Peter detiveram o ciclope. Mas a semideusa nova está desacordada. Avise a todos que darei um comunicado no anfiteatro. Corri espalhando para todos. Quíron estava estranho... Provavelmente mandará alguém numa missão. Mas acho que não é isso que o preocupa, se há algum traidor entre nós, estamos perdidos. Caminhei em direção ao local onde May estava, e, como eu já esperava, Carolina e Peter estavam lá. Mas não do jeito que eu esperava, eles estavam de mãos dadas próximo a maca. - Oi – Falei, eles soltaram as mãos – Mas quem diria? – Brinquei – Carol e Peter juntos numa sala sem nenhuma explosão? Quero dizer, só a explosão amorosa. - Engraçadinho – Disse Carolina séria – Estávamos só olhando a May. - Tá, sei – Fitei a garota desacordada – Como ela está? - Melhorando – Disse Peter – Néctar, a solução de nossos problemas. A garota se mexeu, encaramos ela, parecia bem, apena dormindo. Ela abriu os olhos devagar, então se sentou. - Como se sente? – Eu perguntei preocupado, afinal, sou seu sátiro. - Bem. Mataram o monstro? – Peter a olhou com um sorriso brincalhão. - May, monstros não morrem. Podem ser mortos, mas não morrem – Ele disse rindo. - Ahn? – Ela olhou para Carol, que repreendia o colega. - Oque ele quis dizer, é que podemos mata-los, mas temporariamente. Com o tempo eles voltam. - Bom, vamos ao anfiteatro, Quíron quer falar alguma coisa – Apressei-os – Acho que é missão. POV. Peter Fomos para lá, todo mundo gosta de missões. Eu só estive em missões pequenas, mas pela tensão geral, isso era algo importante. - Semideuses – Começou Quíron, os barulhos sessaram – Como já devem imaginar, chamei-os para anunciar uma missão. Já foi escolhido o líder para esta. Nos entreolhemos esperançosos. Fitei Sammy, a mascote do chalé de Afrodite, ele sorria como se tivesse certeza que a missão era dela. Tremi. Imagina nosso acampamento nas mãos... Dela. - O, ou A, escolhida é... – Ele continuou – Carolina River, chalé de Atena. Sammy desabou em lágrimas enquanto as irmãs tentavam consolá-la. Embora ela seja pequena e fofinha, ter 10 anos e parecer medrosa, ela não aceita a derrota muito bem. - Está brincando Quíron? Essa missão era minha! Meu sonho dizia que... - Só nos sonhos mesmo criança! – Alguém gritou dos fundos enquanto os outros riam. - Parem! – Gritou Quíron – Sammy, fica para a próxima O.K.? Ela balançou a cabeça, mas não disse nada. - Bom, irei levar comigo May e... - Ela parou por um momento, provavelmente pensando em qual dos irmãos levaria. Mas eu estava enganado. – Peter. Mais um momento de silêncio, até que o chalé de Hermes começou a cantar: - Peter e Carol, um, dois, três! Quero ver o beijo de vocês! - Qual é pessoal? Somos só amigos – Protestei – Algum problema? - Achei que se odiassem – Disse Henry, do chalé de Efesto. Chegou mais ou menos na mesma época que eu e Carol no acampamento, costumávamos conversar, até ele ser reclamado e ficar a maior parte do tempo com os irmãos – Desde pequenos. - Já chega – Quíron disse – Carol, escolha mais um. - O.k., Henry. - Ótimo - Disse Quíron - Crianças, jantem e me encontrem na casa grande. POV. May Jantamos, vi alguns campistas jogando comida no fogo. Não entendi muito bem essa parada de Oferta aos deuses. - Entrem – Disse o centauro abrindo a porta – Hoje vocês irão visitar o oráculo. Adentramos o casarão, parecia normal, como uma casa de campo. Nos direcionamos a uma escada. Ela levava ao sótão. - Carolina River, a missão é sua – Disse Quíron – você é responsável pela profecia. Entre. Ele subiu as escadarias tensa, olhava para trás de vez em quando, sua expressão era de ansiedade e ao mesmo tempo insegurança. Mas era como se o olhar do centauro a fizesse confiar mais. Sentamo-nos no sofá e aguardamos num silêncio agradável. POV. Carolina Subi até o topo das escadas, abri a porta. Havia um sótão velho e empoeirado atrás dela. Nas prateleiras exibiam-se coisas macabras e assustadoras, vi partes de monstros e armas ensanguentadas. Calafrios percorreram meu corpo, quando no fundo da sala pude avistar o oráculo. E ele não era como eu imaginava. Sempre achei que fosse algo como uma múmia que cospe a profecia, mas não era bem assim. - Rachel? – Perguntei à garota ruiva que estava sentada – Mas você não devia estar na escola esta parte do ano? - Bem... – Ela levou a mão ao rosto sardento colocando o cabelo em seu rosto para trás da orelha. – As escolas estão em greve. - Mas sua escola é particular – A garota pareceu ter percebido a besteira que disse. - Tá, depois discutimos isso. Recebi sua profecia. Rachel fechou os olhos e em seguida os reabriu, mas agora estavam diferentes, completamente verdes com um brilho intenso, o mesmo aconteceu com sua boca, que agora liberava um tipo de fumaça, como gelo ceco, só que verde. No momento em que a alma pura revelar-se maligna Deve-se já possuir a manipulação, que será levada como sacrifício. Com coragem e bravura, o defensor conhecerá a sepultura. E quando o último trovão no céu rugir, o descendente da morte terá que surgir. Rachel voltou ao normal e cambaleou como se acabasse voltado de um transe. - É isso – Disse ela sorrido. - Você ouve oque diz? Morte? Sepultura? Manipulação? - Foi mal – Disse ela – Só queria te passar segurança. Saí pisando duro do sótão. Rachel veio atrás de mim se desculpando. Quíron e os outros aguardavam na sala, todos fitaram-me esperando algo. - Oi – Eu disse – A profecia é péssima! - E... Você pode recitá-la? – Perguntou Peter meio impaciente. - Você não manda em mim. Mas tudo bem. Contei-lhes a profecia, todos fitavam-me boquiabertos. Eu não sabia se devia me posicionar como líder e gritar ordens ou ser compreensiva e deixa-los desistir. - Pois bem – Quíron se posicionou – Vocês partem ainda esta madrugada, e tem um detalhe, Max irá junto. Neste momento, uma porta se abriu esbarrando em tudo e um desajeitado sátiro entrou na sala fazendo barulho e comemorando. - Uhuuul! Eles vão me levar! Sério galera? Valeu! - Max! – Quiron parecia irritado – Já falei que você não pode escutar a conversa dos outros. - Desculpe Quíron – Max estava feliz, acho que nunca o chamaram para uma missão assim antes. Partimos todos após organizarmos uma rápida e básica bagagem. Ainda descendo a colina, o centauro nos informou que não teríamos um veículo para ir. Também teríamos que passar antes numa tal escola para buscar um semideus. Não sei qual a necessidade disso, acho até que o grupo está grande, mas Quíron sabe oque diz. - Bom, vocês começarão pelo sul, então irão a pé até o aeroporto. - Aeroporto? – Disseram Henry e May em uníssono. Peter riu. - É a forma mais rápida, ir pelas alturas. Todos sabem que os filhos de Hefesto odeiam altura pelo trauma de seu pai, será que May é irmã do Henry? Bom, saímos andando por entre as colinas até a estrada. - Temos que ir a pé? – Disse Max – Esses sapatos estão me matando! - Calminha sátiro – Eu o disse – Temos a carruagem da danação. Nenhum de nós gosta de viajar assim, mas lancei o dracma no asfalto e chamei o velho taxi nova-iorquino. Quando ele chegou, nos entreolhamos como se estivéssemos ainda nos perguntando se estamos loucos. Abri a porta e entramos inseguros. Quando o último de nós fechou a porta, o veículo saiu em disparada pela estrada escura e desértica.

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