Uma Doce Rebelde - Amor Doce

Capítulo 207 - Pagando a língua


Ian corre para o campo para poder atender Alessa, a dor era insuportável.
Alessa: “Aaai.” Gemia de dor. Vanessa sorriu, e depois começou a rir. O juiz apenas deu um cartão amarelo.
Ian: “Tá tudo bem?” Passando Spray no tornozelo de Alessa.
Alessa: “Sim, eu vou continuar com o jogo.” Indo se levantar, saiu mancando, mas ela queria cobrar a falta que o juiz determinou.
Ian: “Tem certeza?” Alessa apenas deu o sinal de positivo, e foi arrumar a bola na marca da falta. Castiel e Lysandre como todo o resto respiravam tranquilos, Vanessa estava indignada com a força de Alessa. Sua determinação era maior que qualquer dor ou derrota. Alessa pensava naquele passado com Júlio.

Júlio: “ Alessa, para bater uma baliza perfeita, é preciso fazer isso com a bola, bater com o peito do pé, assim a bola faz um efeito bem bonito.” Demontrou, e era realmente um gol bonito.. __”Sua vez, Alessa.” Alessa estava de olhos fechados, e aquela lembrança passava a ser vivida naquele momento, o juiz apitou, onde o mundo passou a girar lentamente. Todos da torcida apreensivos com a dificuldade de que seria a falta, era longe a distancia entre a marca da falta e a meta. Alessa deu cinco passos para frente e chutou a bola, do jeito que Júlio ensinou... Mas a bola bateu na mão da goleira... E escapou.. entrando para o gol.
Alessa: “YES.” Correu para a torcida comemorar , com os braços abertos. Ainda mancando, mas a alegria da sorte da bola ter entrado era maior. Irônica como sempre, passou na frente de Vanessa para soltar palavras ácidas. __” Hasta la vista, vadia.” Fez careta. Vanessa passou a ter fome de bola, queria dar o troco daquele absurdo de gol. O seu jogo passava a ser nervoso, sem alguma tática, era quente.. A marcação conseguia firmemente anulá-la. Era totalmente engraçado para Alessa, que ria toda vez que ela perdia a bola para Gabi. Dava gosto de assistir, de jogar.. Aquele time que era considerado o melhor da cidade não condizia com o título. Alessa entrava em ação por várias vezes, dava passes de letra, de costas, de ombro, era mágico ver ela e Kurosake jogando juntas. Era um espetáculo de dar aplausos. Vanessa queria acabar com a festa, nem que fosse expulsa, mas queria ter o gosto de um pedaço de carne de Alessa se rompendo. Era humilhante, extremamente humilhante...

O jogo estava quase no fim do primeiro tempo, mas os espetáculos pareciam não ter fim. Gabi vê Alessa livre e avança a bola pra ela. Ela encontra com Vanessa, mais uma vez querendo violência. O drible era a melhor saída, Alessa deu um chápeu , onde a arquibancada toda gritava olé, mas ela não estava satisfeita, voltou com a bola e deu mais um outro chapéu e depois deixou a bola cair em seus pés e deu um elástico , e saiu correndo para o ataque. Vanessa estava com nervos a flor da pele, se preparava para se jogar e pegar os pés da carrasca para machuca-la. Incrivelmente, Alessa deu um olé no momento que Vanessa foi escorregar para o carrinho, que saiu rolando para a linha de fundo, onde arrancou risadas e coros da torcida. Só restava Alessa passar a bola para Luvith marcar mais um gol. Alessa mais uma vez vai até a Vanessa, que estava caída.
Alessa: “Quer ajuda para se levantar, ou quer comer mais a grama um pouquinho? Acho que vaca gosta, não?” Piscou o olho e saiu. Ela estava adorando os abusos, era um belo troco. Vanessa sentia um complexo de inferioridade daqueles minutos do jogo.

O primeiro tempo encerrou, onde o time de Alessa comemorava, e a torcida também.
Alexy: “Olha, gente.. Se eu fosse a Vanessa eu me enterrava pra nunca mais.”
Armin: “Eu iria para Narnia, para nunca mais voltar.
Joshua: “Eu me tacava na pooooooooooooonte ponte , pooooooooooooonte ponte.. “ Os três riram.
Chris: “Como é bom faltar da faculdade e ver Alessa estraçalhando a Vanessa, e o meu benzinho lindo que fica tão linda de dourado.” Derreteu-se ao ver a Izabelle jogando um beijo pra ele. __”Ai sua linda, vem aqui com o seu Chris..” Com uma voz “dengosa”.
Alessa: “Acho que já era o jogo, já ganhamos.” Sorriu.
Izabelle: “Adorei suas jogadas.” Deu risada.
Alessa: “Eu que estou adorando o time..”
Kurosake: “Mas você está dando um belo troco na Vanessa.”
Luvith: “Bom, vamos continuar assim no segundo tempo. Não tem pra ninguém.” Animada.

...

Vanessa: “Meninas, vocês estão jogando absolutamente NADA.” Irritada.
??? : “Mas e o plano de fazer aquela metida a estrangeira beber aquela água.”
Vanessa: “Pensei bem e não posso fazer isso agora, melhor eu fazer isso bem depois.. Ou uma coisa BEM melhor.. Mas por favor, pressionem ela. Não deixa ela ficar com a bola.” Saiu do vestiário.__”Vamos logo, o intervalinho acabou!!”

...

Boris: “Eu vou tirar a Alessa e colocar outra jogadora.” Disse para Ian.
Ian: “Poderia ser uma boa ideia para poupá-la , mas deixa ela jogar, está indo tão bem..”
Boris: “Mas ela está abusando demais no jogo.. “
Ian: “Deixa ela abusar, oras... Ela está tão entusiasmada com isso, ela está se recuperando psicologicamente, ela tem medo de nada.. É bom ela continuar a jogar.” Insistiu.
Boris: “Se ela causar confusões eu tiro.” Ele particularmente passava a não gostar das atitudes rebeldes de Alessa, poderia atrapalhar o time, e o campeonato.. Fora manchar a reputação da escola.

O segundo tempo começou , com a saída de bola do time de Alessa. Elas já começaram puxando ataque , com Gabi dando lançamentos laterais, e Rumohi segurando a defesa. O time estava muito bem , o time de Vanessa que passava a ter dificuldades... Mas Alessa não conseguia montar jogada alguma com três jogadoras pra cima dela. Vanessa estava adorando a situação, porém Alessa era inteligente demais, precisou de poucos instantes para mudar a tática. Ao invés de ficar na lateral esquerda , ela passou para a direita, fazendo que as marcadoras cansassem mais, pela tamanha movimentação. A tática funcionava, as marcadoras não sabiam mais o que fazer, Alessa era imprevisível. Após 10 minutos de jogo , Alessa pediu a bola para Rumohi, que passou. Fez uma disputa de velocidade com a Vanessa, que pedia mais marcação em cima. Nada adiantava, Alessa deu um corte de letra para trás, fazendo que a marcadora e rival dela fosse parar bem mais a frente. Para escapar, Alessa foi para meio de campo, onde se encontrava Kurosake e Izabelle. Eram duas opções viáveis de fazer gol. Deu passe de cobertura para Kurosake que apenas driblou a goleira para marcar. 3-0 para Alessa. Vanessa se irritava ainda mais, já era início de goleada.

Aos 20 minutos, Alessa outra vez esbanjou ousadia, e marcou um gol no meio das pernas da goleira. 4-0.

Aos 35 , mais uma vez Alessa fez uma jogada com a Gabi, onde fez outro gol para o time, na “gaveta” , bem no ângulo : 5-0. Vanessa passava ao ponto do estresse, procurava e provocava confusões. Não sabia perder para a...Arte. Era um espetáculo de outro mundo, era a força da união.. Aos 40 minutos, faltando 5 para acabar, tinha tempo para fazer firulas e olés para todos os cantos, e colocando todas as jogadoras na roda. Alessa sorria, irônica, sarcástica, as vezes um sorriso humilde quando uma adversária a derrubou. Apenas se levantou e fez um sinal de ok para uma menina com uma aparência simpática. Alessa demonstrava como se rivaliza de maneira saudável e sem esbanjar arrogância.

Não importa quantas vezes te derrube.A cada derrubada , faça mil vezes melhor. É simples, nunca jogue igual para igual com seu adversário desonesto, jogue para si mesmo, e contra si mesmo.. Faça o melhor. O jogo acaba, Vanessa joga seu bracelete de capitão com toda força para o gramado e sai para o vestiário. Alessa chama seu time para fazer uma rodinha no meio do campo, uma pequena reunião, uma comemoração digna e humilde, batendo palmas um para outra. Acenou para torcida toda , agradecendo por estarem alí apoiando, chegaram até a beirada da arquibancada celebrando.
Ian: “Tá vendo , Boris... Tome esta lição, essas meninas estão jogando por gostar.. Não pra ganhar... Alessa nunca abusou , apenas mostrou como se faz...”
Boris: “Talvez... Eu esteja rude demais... Mas tudo bem, se é desse jeito que elas querem jogar, creio que... Irão longe.” Sorriu. Foi até elas para dar os parabéns. Tudo acabou bem...

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