Living a Teenage Dream

Meu lugar é ao seu lado


Ele me encarou querendo saber a resposta, mas eu não sabia o que dizer. Não sei se aquilo me machucaria de novo. Não queria sofrer por ele mais uma vez. O encarei e disse:

– Não sei se isso é certo. – respirei fundo e olhei para o chão com desespero – Não quero sofrer de novo.

– Não vai, eu... Eu prometo.

– Não prometa, por favor – respondi com frieza e pude sentir o gosto da amargura em minha boca.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Tudo bem, o que vamos fazer a tarde toda? - perguntou ele e sorriu.

– O mesmo de sempre, comer e assistir filme, pode ser?– respondi sem nenhum tom de felicidade na voz.

– Ótimo– murmurou.

Fui até a cozinha e ele me acompanhou. Fiz creme de abacate pra nós e ele adorou. Começamos a conversar sobre algumas coisas bem descontraídas e eu consegui rir um pouco. Fomos para a sala e perguntei qual filme iriamos assistir, ele novamente olhou maravilhado para minha enorme estante e escolheu "As Vantagens de Ser Invisível", que por sinal, eu amo.

Deitei-me no sofá e Rafael se sentou logo abaixo de mim no chão. Estava cheio de almofadas e tornava o local aconchegante. Eu não sei o que aconteceu comigo, mas dormi na metade do filme e deixei ele sozinho lá. Me senti um pouco culpada por isso.

Quando acordei já estava nos créditos do filme. Olhei para baixo e ele não estava lá. Levantei meio atordoada e andei pela casa para acha-lo. Cheguei a porta do banheiro e ele estava caído no chão com as mãos no rosto parecia com dor.

– Deuses... Você esta bem? – perguntei indo até ele.

– Sim estou – mentiu.

Segurei sua mão e ele suava frio. Fui correndo até a cozinha e peguei um copo de água e corri com cuidado pra não derramar a água. Ajudei ele a se levantar e dei água para ele.

– O que aconteceu? – perguntei desesperada.

– Não sei exatamente, minha cabeça começou a doer e de repente minhas memorias começaram a se passar como um filme em minha cabeça.– respondeu ainda muito pálido.

– E eu? Não passei pela sua cabeça? – perguntei sorrindo, mas sem nenhuma graça.

– Sim. - respondeu sério e eu corei, não sei por que mas corei.

– Do que exatamente você lembrou? – perguntei.

– Que eu – fez uma pausa – De alguma forma, eu amo você.

Fiquei em silencio, não sabia o que dizer. De um lado era verdade, ele me amava, mas de que adianta amar se não se lembra? Tudo bem, eu sei que nada disso é culpa dele e sim minha, mas é difícil de superar.

Quando despertei de meus pensamentos ele me abraçou forte. Pude sentir sua respiração em minha nuca e confesso que me arrepiei um pouco. Ele me soltou e olhou nos olhos, parecia envergonhado, mas não liguei e apenas sorri.

Voltamos para a sala e começamos a conversar. Rafael parecia um bobo, dançou estranhamente pra eu ver e ri muito. Ele me ensinou a dançar uma coisa esquisita chamada Harlem Shake. Rimos demais.

Eu sabia que ao lado dele era o meu lugar. Só com ele. Não importa sendo amiga, fã ou namorada, era ele quem me fazia feliz.