Eu estava sentindo como se tivesse na frente do meu primeiro namorado ou do cara mais lindo de todo o colégio nos tempos em que eu estudava.Só sei que ver o Danny, ali, tão perto de mim, fez meu corpo inteiro responder a sua presença e meu coração acelerar.

- Danny...

- E então? Pode responder a minha pergunta? - ele me olhava curioso e eu queria era mais que tudo fosse para o inferno e beija-lo com todo o amor que sentia por ele.Mas por mais que essa fosse minha vontade, não podia assusta-lo e ele sumir da minha vida pra sempre. - Posso entrar? - ele pediu suavemente.

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- Claro - ele entrou timidamente na nossa casa e olhou ao redor.

- Sua casa é... bem familiar, aconchegante - ele sorriu para mim.

- Obrigada. Desculpe recebê-lo dessa forma, mas estava no meio do banho.Vou me trocar e já volto. - ia subindo as escadas quando ele falou.

- Não tem medo que eu fique aqui sozinho? Afinal você nem... me conhece.

- Eu não sei porque Daniel, mas... confio em você.

Quando cheguei no quarto fechei a porta nervosa, uma onda de sentimento invadiu meu peito.Estava fazendo um esforço sobre humano para me manter tão fria perto dele.Sentia saudades, sentia tanta coisa que estava me sufocando e ter ele ali tão perto e não poder ama-lo era uma dor quase insuportável.Me arrumei rapidamente e coloquei um calça jeans e um moletom bege, um par de tênis.O encontrei olhando umas fotos em cima da estante da sala e mais uma vez senti meu coração falhar.Ele olhava com total atenção a foto que tinha toda a família.Eu, Lucy, Noah, Connor e... ele.Danny deve ter sentido a minha presença porque virou-se e me encarou.

- Você não pode esconder nada de mim, não depois dessas provas.

- Se eu soubesse que você viria eu...

- Você o que? Teria escondido isso de mim? Moça... se você faz parte da minha vida, se... se me casei com você, tivemos um relacionamento.Eu preciso saber.

Ele tinha se aproximado, mas eu não conseguia olhar para ele e por um tempo mantive minha cabeça abaixada.

- Por favor, me diga.

Quando eu o olhei, Danny buscava nos meus olhos as respostas para todas as suas perguntas.O médico tinha me orientado a deixar que as coisas acontecessem naturalmente e não acelerasse o processo de recuperar a memória, se recuperasse.Que ele descobrisse por si mesmo, mas... o que eu ia dizer depois dele ver todas aquelas fotos?

- Meu nome é Lindsay...Messer e... somos casados a algum tempo, Danny.

Ele ficou em silêncio e o meu medo aumentava com o passar dos segundos, talvez ele me chamasse de louca agora.

- Tem certeza? - Aquela pergunta me doeu profundamente e tive que me segurar para não desmoronar em lágrimas na frente dele.

- Não foi você mesmo que disse que teve provas? Quer que eu te mostre nossa certidão de casamento?

- Não precisa... Lindsay. - ele tentou dar um sorriso, desviou o olhar. - Eu não sei... mas porque minha mãe iria mentir para mim? Ela é minha mãe!!

- Sente-se aqui - eu o puxei carinhosamente pela mão e nos sentamos no sofá - Esqueça isso por um segundo, Danny, o que importa agora é você.Eu quero que fique bem e feliz.

- É tão estranho, eu não me lembrar de você, mas... sentir meu coração bater tão forte que parece que vai pular dentro de mim.Sei que essa frase é uma droga - ele sorriu envergonhado - Mas é verdade. Ao mesmo tempo que minha ex-namo... minha namorada ou sei lá o que ela é, a Lira, está na casa da minha mãe... Lindsay, ela disse que todas as letras que estamos juntos e sinceramente? Eu me lembro exatamente disso quando olho para ela.

- Meu amor... - eu quis segurar a minha língua, fingir que não tinha falado aquilo, mas as palavras já tinham saído da minha boca. - Dê tempo pra você mesmo e eu... vou ficar aqui, esperando por você.

- Está se despedindo de mim, senhora Messer?

Ouvir ele me chamar assim fez com que as lagrimas caíssem.

- Não chora, Lindsay, por favor. - ele secou uma dessas lagrimas e eu a afastei rapidamente.Me levantei depressa e fiquei afastada, ao mesmo tempo que ele ficava em pé e me olhava preocupado.

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- Não me chame assim, não enquanto você realmente não souber quem eu sou.

- Eu posso voltar aqui? - ele perguntou com medo da minha resposta - Talvez você pudesse me ajudar a... recuperar a memória, lembrar do passado.

Antes que eu pudesse responder aquela pergunta, Grace abriu a porta.

- Chegamos!!! - trazia Connor no colo e com a outra mão segurava a mãozinha da Lucy, que segurava a mão do Noah.

- Papai - Noah viu Danny e com um pouco de dificuldade correu ao seu encontro, seguido por Lucy.

Eu e Grace ficamos sem saber o que fazer, Danny abaixou-se e abraçou os dois, parecia emocionado e mais uma vez eu deixei minhas lágrimas caírem.

XXXXXX

Como agir quando duas lindas crianças pequeninas te chamam de pai e você não se lembra delas? Depois que o abraço terminou eu olhei para os dois e vi no pequeno uma grande semelhança comigo, já a garotinha era a cara da mãe.

- Senti sadades papai - a menina falou engolindo letras.

- Você é muito linda - foi a única coisa que consegui dizer aquela princesinha.

- Lucy, Noah acompanhem a vovó Grace no quarto? Alguém aqui precisa tomar um banho. - Lindsay falou e pegou os dois pela mão. Eles deviam ter um pouco mais de dois anos.Um pouco depois eu vi a senhora levar os três dali.Lindsay me olhou como se estivesse buscando alguma coisa que eu estivesse sentindo naquele momento.

- Isso foi... Nossa!

- Você está bem? - ela se aproximou e senti meu corpo responder a ela.

- Não se aproxime, Lindsay, por favor.

- Porque? Você está com medo de mim?

- Não é isso, é que... tenho medo que você me ache um abusado, um tarado ou algo parecido se souber o que tenho vontade de fazer, mesmo... sem te conhecer de verdade. - eu a olhei já esperando que Lindsay me expulsasse dali, mas ela se aproximou ainda mais de mim e senti meu corpo todo tremer.

- E se eu não sentir medo? E se... eu quiser o mesmo que você?

- Não podemos, não desse jeito.

- Porque não? Danny, sei que você não se lembra de mim, mas eu sim e eu te amo.Muito! Sei que é errado te dizer isso agora dessa forma, mas eu estou desesperada...

Eu sentia vontade de tomar ela em meus braços e isso era loucura, não era? Afinal era uma desconhecida pra mim.Mas Danny, o que você está sentindo pode ser só desejo e nada mais.Eu tentava me convencer, afinal de contas estar apaixonado por ela era impossível.O que realmente eu sentia? Mas podia ser somente um beijo, certo.

- Ah mais que droga,Lindsay. - eu a puxei ainda mais para perto de mim e a beijei com paixão.

XXXXXX

Tínhamos feito amor a noite toda e agora eu repousava sobre o peito dele.Mac tinha adormecido e eu podia sentir sua respiração, sorri maravilhada ao sentir que tinha o homem da minha vida em meus braço.Me levantei e fui tomar um copo de água e quando voltei para nosso quarto, ele tinha se mexido e o lençol que cobria seu corpo tinha caído e agora eu podia ver o maravilhoso físico do meu marido.Foi quando ouvi o celular dele vibrar em cima do seu criado mudo, quase cai pra trás quando vi o visor o nome da Claire.

- Alô? - eram cinco e meia da manhã, o que ela queria em uma hora dessas?

- Stella? Ah olá, achei que Mac já estivesse acordado, quando éramos casados ele tinha costume de acordar muito mais cedo para trabalhar.- ela deu um risadinha - Poderia chama-lo?

- Desculpe Claire, mas a noite foi bem cansativa - sorri também deixando claro o que estava querendo dizer. - Gostaria que ele dormisse mais um pouco antes de ir trabalhar.Se quiser pode falar comigo que depois passo o recado.

- Tudo bem, ele tinha ficado de me passar o telefone de um amigo que é corretor, estou querendo comprar um apartamento e Mac ficou de me ajudar, sabe como é, preciso reconstruir minha vida.

- Você está certa, bem eu passo o recado para ele.Poderia ajuda-la em mais alguma coisa? - queria ser o mais simpática possível, mas era tão difícil não conter a vontade de desligar o telefone. Se controle Stella, você é uma mulher madura, não aja como uma adolescente, pensava.

- Não, era somente isso mesmo.Ficarei agradecida se passar o recado para ele.Até mais,Stella.

- Até mais Claire. - depois daquela ligação não consegui mais dormir, tomei um banho e coloquei a calcinha e o sutiã preto, logo depois uma camisa do Mac, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e fui para a cozinha preparar nossa café da manhã.O tempo foi passando e quando quase tudo estava pronto, enquanto eu terminar nossas panquecas, ouvi a voz dele atrás de mim.

- Não é justo eu acordar e ver você vestida dessa forma. - eu me virei e sorri - Stella... - ele sussurrou em desejo e eu entendi porque, um botão tinha se aberto e agora boa parte de um dos meus seios estava a mostra.

- Não gostou? Se quiser posso me vestir.

- De forma alguma, você está muito bem assim adorei acordar e ver minha esposa tão... maravilhosa. - ele veio até mim me beijou com vontade e sua mãos exploravam cada parte do meu corpo.

- Achei que estivesse satisfeito depois da noite de ontem.

- Nunca estarei satisfeito depois de me casar com você, sabe disso Stella.

- Estou me sentindo lisonjeada senhor Taylor - coloquei meu sbraços em volta do seu pescoço e o beijei novamente - Agora se quiser sempre se satisfazer, terá que caprixar no café da manhã, afinal não quero meu marido sem energia.

Ele deu seu melhor sorriso, me beijou e depois se afastou sentando a mesa.Pegou um copo do seu suco preferido enquanto eu colocava uma panqueca no seu prato.

- Claire ligou para você hoje e disse que está esperando um retorno em relação ao telefone do corretor que você ficou de passar pra ela.

- Fiquei de ajuda-la a encontrar um lugar para morar. - ele me olhou parecendo desconfiado. - Foi tudo bem?

- E porque não seria? - perguntei ao mesmo tempo que me sentava a mesa e tomava um pouco de café. - Por acaso acha que a ameacei de morte se não se afastasse de você?

- Não é isso, é que... sei que não se sente confortável ao lado dela, já conversamos sobre isso e na verdade tenho medo que você ache que estou tentando ficar próximo demais da Claire.

- Mac, não foi você mesmo que disse que tinha que confiar mais em você? E o amo e estou fazendo exatamente isso, tentando colocar na minha cabeça teimosa que você está sendo sincero comigo.

- É nessas suas atitudes que sinto ainda mais felicidade por tê-la do meu lado.

- Mereço uma recompensa?

- Todas que você quiser - ele deu a volta da mesa e me fez ficar de frente para ele, logo depois empurrou algumas coisas da mesa para a lateral e nos deitamos nela sem parar de nos beijar.Mas nosso momento de entrega foi interrompido por um chorinho vindo do quarto da nossa filha.

- Acho que alguém precisa de atenção - sorrindo Mac se afastou.

- Pode deixar que eu cuido dela e você senhora Taylor, coloque uma roupa senão não conseguirei responder por mim.

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Eu olhava para a minha filha e via toda a minha felicidade aumentar só em ter Elise em meus braços.Tinha alegria maior do que essa? Eu me sentia imensamente completo por ter construído aquela família junto da mulher que eu amo.Me peguei pensando na Claire e nos planos que nós tínhamos quando nos casamos e como eu fiquei animado pra ter um filho com ela,afinal era a realização de um sonho.E quando eu achei que ela tinha partido essa vontade sumiu completamente, junto com ela.Mas a partir do momento que eu enfim entendi que o que eu sentia pela Stella não era somente um ciúmes de amigo e que na verdade eu ficaria louco se ela ficasse com qualquer outro homem que não fosse eu, eu vi que ter filhos com ela ia ser muito mais do que qualquer coisa pra mim, seria a realização da minha vida e agora vendo nossa filha com os olhinhos azuis bem aberto eu sorri. Eu amava aquela garotinha.

- Por saber o que você está fazendo hipnotizando a Elise dessa forma?

Stella já tinha se vestido e estava linda como sempre, ao mesmo tempo a detetive e mãe zelosa.Ela se aproximou me abraçando pelo pescoço enquanto eu permanecia sentado com a Elise no colo.

- Hipnotizando? Ela que está fazendo isso comigo, meu amor.

- Ela é linda, não é?

- Maravilhosa.E tenho certeza que vou ter muito trabalho quando ela crescer.

- Precisamos ir, Mac, ainda precisamos deixar nossa filha na creche.

- Ela ainda é tão pequena... - sussurrei acariciando o rostinho dela.

- Por mim ela ia todos os dias comigo para o laboratório, mas assim como eu você sabe que lá não é lugar para ela ficar.Me sinto a pior mãe do mundo quando deixo ela.

- Nunca mais fale isso, Stella, melhor mãe que você é impossível.

- Ainda bem que ainda posso dar umas escapadas durante o dia para amamenta-la.

- Você sabe muito bem que poderia ficar em casa com ela.

- Desse jeito está bom, mas se perceber que não está dando certo pego minha licença e fico o tempo todo com a Elise.Mas tenho um segredo.

- Segredo? - ele me olhou curioso.

- Sim, é que estou de olho no meu chefe, ele é muito sexy, bonito e atraente.

- Puxa, eu devia ficar preocupado em deixar você continuar trabalhando lá.Estou sentindo que posso ser trocado a qualquer momento.

- Devia ser preocupar mesmo - bati levemente no seu ombro antes de sair. - Preciso dar um banho na nossa filha antes de sair.

- Eu faço questão de te ajudar.

XXXXXX

Eu e o Don estávamos buscando informações com várias pessoas sobre um caso e nesse momento o Hospital Adams era nosso destino.

- Acho que nunca falei com tantas pessoas ao mesmo tempo - me soltei um pouco na cadeira sentindo o peso nas minhas costas.

- Ainda falta mais do que a metade do hospital, Jamie, se quiser pode dar uma volta para relaxar e depois volta - ele me falou com um pequeno sorriso contido e eu praticamente me derreti.

- Obrigada Don, prometo não demorar.

Quando saí da sala onde estávamos interrogando os funcionários do hospital vi que ainda faltava algumas pessoas e decidi só tomar uma água e voltar para ajudar o meu querido detetive.

- Jamie? É você mesmo? - me virei procurando a voz que me chamava e deparei-me com Dylan, meu irmão mais velho.

- Não acredito! - fui até ele e nos abraçamos - Eu não sabia que você estava trabalhando aqui, a quanto não nos vemos?

- Uns três anos? Você esqueceu completamente do seu irmão mais velho? Sinto sua falta, maninha.Teria um tempinho para conversarmos?

- Infelizmente agora não posso porque estou em serviço, e meu lindo companheiro me espera.

- Senti um clima de paixão no ar?

- Eu não posso te enganar, não é? Daqui duas horas estou de partida, podemos nos encontrar?

- Claro que sim querida, estarei de esperando na frente do hospital.

- Até mais Dylan - quando voltei Don estava terminando de falar com uma enfermeira.

- Achei que não ia voltar mais detetive Lovato.

- Sentiu minha falta detetive Flack? - ela me olhou desconfortável - Calma, encontrei meu irmão que não via a muito tempo, ele é médico obstetra e pelo pouco que conversei com ele, está trabalhando aqui.

- E vocês marcaram alguma coisa?

- SIm, depois que terminarmos aqui combinei de encontra-lo.

Don voltou suas atenções para as anotações que tinha feito e eu me dei a liberdade de olha-lo por um tempo.Seu rosto másculo, o jeito que lia com total atenção, a forma como seus olhos pareciam encontrar algumas coisa interessantes naqueles papéis, os azuis do seus maravilhoso olhar.A cada dia que passava eu amava ainda mais esse homem e pela primeira vez sentia alguma esperança em relação a nós dois.

XXXXXX

Eu me afastei e olhei para ela, Meu Deus, como ela é linda.Lindsay me olhava esperando que eu falasse alguma coisa.

- Desculpe, eu não pude resistir, isso não devia ter acontecido, não agora.

- Eu não me arrependo, Danny,e só Deus sabe como rezei para isso acontecer nesses últimos dias.Sei que tudo está muito confuso na sua cabeça e talvez não saiba como agir.

- Lindsay, eu não posso negar que você mexeu comigo, que... essas crianças mexeram comigo.Não me lembro de ter sentido nada parecido em toda a minha vida,mas você precisa me entender, eu... - ele passou uma das mãos na cabeça em sinal de nervosismo - A única coisa mais recente que tenho na minha cabeça em questão de relacionamento é a Lira e...

- Então mesmo depois de tudo, das fotos, das crianças... você insisti que não tivemos nada? - sentia como se um buraco se abrisse dentro de mim e a tristeza começasse a me consumir.

- Não Lindsay, não foi isso que eu quis dizer. Droga. Me dá um tempo, ok? Me deixa pelo menos conversar com a Lira, me deixa colocar as ideias no lugar.Minha mãe não pode ser tão cruel a ponto de me afastar de vocês e criar um relacionamento que acabou a muito tempo.- suspirando alto ele se aproximou um pouco mais e tocou meu rosto. - Você me parece uma pessoa maravilhosa e sinto que se te magoar vou me arrepender amargamente disso, você me espera, Lindsay?

Era estranho ouvir ele falar daquela forma, pedindo que eu o esperasse.Mas para que esperar? Porque? Ele não me conhecia mas tinha medo que eu me afastasse dele pra sempre? No fundo eu sentia que o meu Danny estava vivo dentro dele, em algum lugar.

- Eu vou te esperar o tempo que for preciso. - ele beijou carinhosamente a minha testa e depois saiu, pouco depois vi ele abrir a porta e sumir de vista.Fiquei ali no meio da sala por algum tempo e fechei meus olhos para tentar reviver aquele momento e guardar dentro de mim.

- Ah Danny, como eu o amo.

XXXXXX

Quando voltei para a casa da minha mãe, encontrei Lira lendo alguma coisa no sofá da sala.No momento em que ela me viu deixou a revista de lado e veio ao meu encontro.

- Onde você estava, querido? - ela veio me beijar, mas alguma coisa fez me conte-la e Lira pareceu não entender nada. - Qual o problema?

- Precisamos conversar e quero que seja sincera comigo.

- O que está acontecendo? - eu segurei sua mão e a levei até o sofá.Porque eu me sentia estranho perto dela? Deus! Ela era minha namorada! Eu minha última lembrança era que eu a amava de todo coração.

- Lira, eu preciso que você seja muito sincera comigo - respirei fundo tentando tomar coragem - Nós realmente estávamos juntos quando sofri... esse acidente?

- Que pergunta é essa agora? Você acha que eu realmente ia ficar aqui na casa da sua mãe se realmente não estivéssemos juntos? Que tipo de pessoa você acha que eu sou?

- Tem uma mulher... eu sinto que ela não está mentido e... ela disse que somos casados e eu vi, Lira, nossas fotos pela sala como uma família feliz e três lindas crianças.

- Você vai acreditar nessa maluca? - ela se levantou de repente do sofá - Eu sou sua namorada, Danny e não essa mulher, realmente prefere acreditar em uma desconhecida do que em mim?

Eu me sentia mais perdido do que nunca.Ao mesmo tempo que achava absurdo toda aquela história de ser casado com a Lindsay e ter filhos com ela, senti algo dentro de mim que dizia que ela falava a verdade e no fundo eu queria acreditar, depois de tudo que vi na casa dela e o que senti lá, mas tinha a Lira.

- Meu amor... - ela disse mais calma voltando a se sentar e acariciando o meu rosto - Eu te amo Danny, acredita em mim, tá bom? - Ela foi se aproximando e me beijou e eu... não senti nada, mas não conseguia afasta-la de mim. - Eu não mentiria para você em uma coisa tão séria, eu não sei o que essa mulher deseja, mas você não pode deixa-la me separar de você, não permita. - Ela me abraçou e eu não conseguia dizer mais nada.

XXXXXX

Assim que eu e Don terminamos encontrei Dylan me esperando em frente ao hospital.Acabamos indo até um bar ali perto para tomar alguma coisa e coloca a conversa em dia.

- Então, o que o médico mais lindo de toda Nova York teria para me contar?

- A vida de um médico não é tão divertida como você deve imaginar, mina querida Jamie.Ao contrário de uma detetive, não é?

- Não sonhe com isso meu irmão, ultimamente nada está sendo tão divertido.

- Está me dizendo isso por causa do seu companheiro de trabalho? Está realmente apaixonada por ele? Isso seria uma grande surpresa, porque desde que eu me lembre, era você que deixava os caras caindo aos seus pés.

- Mas com esse não estou tendo sucesso nas minhas investidas, ele é casado e loucamente apaixonado pela esposa dele.

- Por Deus Jamie, um cara casado?

- O que posso fazer, Dylan? Eu não escolhi o Don para me apaixonar, simplesmente aconteceu.O que não consigo vencer é esse amor que ele sente pela família, além da esposa ser linda e perfeita ele tem dois filhos, lindos e maravilhosos.A verdadeira família de comercial de margarina.

- O melhor não seria partir para outra Jamie?

- Eu não posso, pela primeira vez na vida estou apaixonada de verdade por uma pessoa e não quero perder isso e Don é tão maravilhoso.

- Pelo visto é sim, mas irmã... será que você não você que suas chances com esse homem são pequenas demais?

- Eu não vou desistir do Don. - falei firme e decidida e recebi um olhar de desaprovação do meu irmão - Por favor Dylan, não fique decepcionado comigo que eu não suportaria, mas só queria que me entendesse.Vamos mudar de assunto? Me fale um pouco sobre sua fantástica vida de obstetra.

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Ficamos por algumas horas ali conversando e marcamos um novo encontro para o dia seguinte e Dylan me chamou para conhecer seu apartamento a uns dois quarteirões do hospital.Para variar acabei chegando muito cedo e o porteiro permitiu que eu esperasse no apartamento do meu irmão, depois de Dylan já ter liberado a minha entrada no dia anterior.Olhei tudo em volta e tudo era bem arrumando e organizado, típico do meu dele.Em cima da mesa onde devia ser o lugar onde ele trabalhava encontrei alguns prontuário de alguns pacientes, comecei a olha-los sem muito interesse, mas ao pegar um com as mãos senti minha curiosidade aumentar.

- Jéssica Angell ? Mas... Dylan é médico da esposa do Don?

Me sentei na cadeira em frente a mesa e comecei a folhear as folhas do prontuário;Achava difícil ser de outra Jéssica se não fosse aquela que eu estava pensando.Provavelmente Dylan a atendeu quando ainda estava solteira.Ali tinha várias informações sobre ela, como tipo sanguíneo, alergias, entre outras coisas.Mas algo me chamou ainda mais atenção.

- A paciente sofreu um aborto depois de tomar uma medicação que provou o ocorrido? - me sentei na cadeira olhando para a parede a minha frente. - Ela sofreu um aborto? Será que era do Don? - Voltei minha atenção para o prontuário buscando a data e anotei em um papel.Teria que dar um jeito de tirar uma cópia daquele prontuário sem que meu irmão percebesse.

Dylan chegou uns quinzes minutos depois e pediu desculpas pela pequena demora.

- Não devia trazer trabalho para casa Doutor Lovato - falei apontando para a mesa.

- A vezes é preciso, minha querida.Preciso devolve-los para o hospital amanhã.

- São casos importantes demais que não devem esperar?

- Não todos na verdade, mas gosto de estudar o prontuário de pacientes que vou assumir, o médico responsável por elas irá se afastar do hospital e eu irei assumi-las.

- Como você é dedicado. - sorri orgulhosa.

- Tenho que ser Jamie, estudei para cuidar das pessoas e preciso dar o meu melhor para cuidar delas.

- Poderia me falar de algum desses prontuários? - pedi com ar de inocência.

- Isso não será possível minha querida, não gosto de falar da vida dos meus pacientes com outras pessoas.

- Qual é Dylan, sou sua irmã, acha que vou sair contando deles por ai?

- Não por isso Jamie, mas não é correto.Sou obstetra e ginecologista e estou estudando para me tornar um dos melhores na minha area.

- Só estou curiosa, prometo não abrir o bico.Vai Dylan, por favor.

Ele me olhou um pouco buscando a confiança no meu olhar.

- Tudo bem senhorita Lovato, mas que isso não saía daqui.

- Pode ficar tranquilo irmão - Fui até sua mesa e peguei o prontuário que me interessava - Que tal esse? Jessica Angell.

XXXXXX

Estávamos no laboratório e da minha sala e podia ver a Stella, ela estava lendo alguma coisa e parecia bem concentrada e eu fiquei muito tempo assim, só olhando a beleza da minha mulher e me perguntando como eu tinha sorte de tê-la do meu lado.Foi quando notei um homem na porta da sua sala, bateu e Stella apareceu bem surpresa ao vê-lo, um pouco depois ele entrou e consegui ver seu rosto, era Ben, aquele amigo que era apaixonado pela minha esposa.Era só o que faltava.Resolvi ficar da minha sala acompanhando aquele encontro e qualquer paço em falso daquele imbecil, eu iria até ele e acabaria com tudo aquilo.

XXXXXX

É claro que fiquei surpresa ao ver o Ben ali, com um sorriso no rosto e um lindo buquê de rosas vermelhas na mão.

- Podemos conversar? - olhei rapidamente em direção a sala do Mac e vi que ele olhava em nossas direção e tinha certeza que não estava gostando nada daquilo, mas o que eu ia fazer? Não queria uma cena no meio do laboratório.

- O que está fazendo aqui, Ben?

- Vim fazer uma visita e pedir desculpas pelo nosso último encontro.

Ele me entregou o buque de rosas.

- Mac não gostou nada das suas palavras e eu também, foi um pouco desrespeitoso.

- Eu sei Stella - ele parecia sem graça agora e sincero também - Não devia ter falado aquilo.

- Tudo bem, esqueça isso - sorri.Eu só não esperava a reação dele.Ben riu e foi ao meu encontro me abraçando fortemente, eu não tive outra reação a não ser aceitar aquele abraço.

XXXXXX

Ao ver Ben abraçar Stella senti meu sangue ferver e a vontade que tive foi ir até lá e terminar de vez com aquela cena patética. Levante-me disposto a acabar com a vida daquele imbecil, mas sabia que Stella ia me odiar pela resto da vida se fizesse uma cena de ciúmes ali.

Bati na porta da sala dela e entrei.Os dois se afastaram.

- Que surpresa encontra-lo aqui, não achei que fizesse uma visita a minha esposa tão cedo.

- Eu vim justamente por isso detetive Taylor, perdir desculpas.Acho que não fui muito respeitoso. - Ben estendeu uma das mãos e eu fiquei olhando para ele sem a menor vontade de aceitar.

- Mac... - olhei para Stella,somente por causa dela eu estendi minha mão e apertei fortemente.

Depois que Ben saiu da sala da Stella eu olhei para ela.

- Você queria que eu fizesse o que, Mac? Que eu o expulsasse da minha sala?

- Sim, eu preferia isso com certeza.

- Não sou desse tipo e você sabe muito bem, gosto de resolver as coisas.

- Eu sei que sim, mas não gosto desse cara e da maneira que ele olha pra você, isso me incomoda e você sabe disso.

- Ele só veio pedir desculpas, isso não significa que vai vir aqui me ver todos os dias ou me ligar na madrugada para pedir um maldito telefone.

- Estava demorando para você meter a Claire nisso - eu já estava cansado desse joguinho, odiava brigar com a Stella mas ela me deixava maluco com esse assunto.

- Droga Taylor,será que você não notou que estou morrendo de ciúmes de você? Que fico louca toda vez que você diz o nome da Claire? Seus olhos brilham quando falam dela e eu... nunca me senti tão fraca e infantil em toda a minha vida, porque você me faz ficar assim.É porque eu te amo tanto que morro de medo de te perder.

Suspirei frustrado e depois a abracei

- Já expliquei que não deve se sentir assim porque ninguém é capaz de me afastar de você, nem a Claire e nem ninguém. Acredita em mim sua detetive teimosa, acredita que eu te amo.

- Só você mesmo para me fazer sentir como se tivesse quinzes anos novamente e frustrada por um amor não correspondido.

- Que bom que você não deu certo com nenhum outro namorado, assim eu não a teria para mim.

- Ouvimos uma batida na porta e Adam entrar um pouco sem jeito.

- Ahãm desculpa atrapalha-los, mas precisava conversar com você, Mac.

- Você vai ficar bem? - ela sorriu e beijou levemente meus lábios.

- Claro que sim, agora pode ir detetive, Antes que o Adam desmaie de vergonha por nos ver tão carinhosos um com o outro.

Eu sorri e me sai da sala dela.Eu não gostava de ver nenhum home perto da Stella, principalmente um que eu tinha certeza que a desejava tanto ainda.Só de imaginar que outro tinha colocado as mãos no corpo dela, meu ciúmes parecia querer explodir todo o meu corpo e eu queria gritar.Mas não podia fazer uma cena por causa do que minha esposa tinha vivido antes de enfim ficarmos juntos.

XXXXXX

Quando Dylan foi tomar um banho eu aproveitei e tirei fotos de todo o prontuário medico da Jessica. Depois de conversar com o meu irmão eu sabia que era a mesma mulher que era casada com o Don agora e o que eu tinha nas mãos era um prato cheio para que eles terminassem o casamento ou pelo menos brigassem seriamente.Que homem ia suportar viver com uma mulher que o traíra da pior maneira sua confiança? Eu não queria que meu irmão ficasse bravo comigo pelo o que estava fazendo, amava muito Dylan e ele era a pessoa da família mais próxima que eu tinha, mas nesse momento meu amor por Don me fazia agir de uma forma diferente e eu sabia que tinha uma grande oportunidade em mãos.

Quando sai da casa do meu irmão senti meu peito apertado por estar traindo a confiança dele, mas aquilo era necessário.

Jessica Angell, agora Jessica Angell Flack tinha quase certeza absoluta que estivesse grávida e ficou aterrorizada com isso, tomou uma medicação do dia seguinte, mas não funcionou a gravidez foi confirmada, mas ela acabou perdendo o bebê porque a medicação tinha prejudicado a gravidez recente e isso tinha acontecido a cerca de dois anos atrás o que é bem provável que o bebê fosse de Don.Era isso que eu precisava descobrir o mais rápido possível e isso se confirmasse, teria que arrumar um jeito de contar ao Don.

XXXXXX

Eu e Stella estávamos indo até um chamado de caso, ela estava um pouco perdida em pensamentos.

- Eu posso cuidar disso sozinho, meu amor, pode voltar pra casa e ficar com a Elise.

- Eu só vou com você nessa cena e volto pra casa, eu sei que ela melhorou e fiz Carmen prometer umas quinhentas vezes que me ligaria caso ela ficasse com febre novamente. Alguma cois ame dizia que eu deveria ir com você nessa cena.

- Você não está achando que a Claire vai estar lá, não é? - pareceu que ela não gostou nada da minha brincadeira e me olhou séria. - Desculpe, eu não resisti.

- Andam muito engraçadinho detetive.

XXXXXX

Lira fazia de tudo para me agradar, tínhamos passado a noite juntos e para dizer a verdade no dia seguinte eu estava me sentindo péssimo.Uma sensação bem estranha de como... se eu estivesse traído alguém. Me levantei com uma dor de cabeça grande e olhei para o lado, Lira dormia profundamente e soltei o ar que parecia preso dentro de mim.

- O que eu fiz? - Estava brincando com o sentimento de duas mulheres, um delas mentia para mim e tudo levava a crer que era a mulher que estava do meu lado ou seria Lindsay? Droga, droga!! - Fui até o banheiro sem fazer barulho e tomei um banho rápido e quando saí ela ainda dormia, encontrei minha mãe tomando seu café.

-Vejo que a noite foi bem proveitosa - ela sorriu maliciosa. - Espero que você não deixe essa mulher escapar.

- É tão estranho e ter mais de trinta anos e ainda morar com você, que eu me lembre...

- Querido, você escolheu isso e eu não vejo problema algum.Talvez seja até melhor, afinal você queria economizar para o casamento.

- Casamento?

- Sim, seu e da LIra. - ela parecia tão certa daquilo que fiquei com vontade de sair correndo.Eu ia me casar?

XXXXXX

Estava no laboratório e trabalhava em algumas evidências e tentava fazer meu trabalho sem deixar que o beijo que Danny tinha me dado viesse na minha mente, o que foi bem difícil.

- Está tudo bem com você, Lindsay? - olhei para a porta e vi Sheldon, parado me olhando.

- O que foi? Fiz algo tão estúpido que vou ser demitida ou algo assim? Mac que falar comigo? - perguntei risonha e tentando disfarçar minha tristeza.

- Calma senhora Messer, mas te conheço tempo suficiente para saber o monstro que você está enfrentando. Depois daquela visita, Danny não foi mais vê-los?

- Não - sussurrei quase sem voz e segurando para não chorar. - Ele desapareceu e eu simplesmente não sei o que fazer com a Lucy e o Noah que perguntam a todo o momento onde o pai está.Já estava sendo difícil e agora... eu simplesmente nãos ei o que fazer.

- Lindsay - Sheldon se aproximou e apoio uma mão no meu ombro - Somos seus amigos e queremos ajuda-la de alguma forma, sabe que pode contar sempre comigo, não é?

- Obrigada Sheldon - tentei sorrir - Você é como um irmão para mim.

- Que tal aceitar um convite do seu irmão aqui e sair pra tomar alguma coisa? Só estava faltando você.

- Não sei se vou ser boa companhia.

- Não venha com essa e nem invente a desculpa que precisa cuidar das crianças , porque sei que a Grace vai ter o maior prazer do mundo e ficar com eles.

- Tudo bem,acho que preciso mesmo me distrair.

- Isso ai Lindsay, é assim que eu gosto de ver você - Sheldon beijou carinhosamente a minha cabeça e saiu.

Eu agradecia por ter pessoas tão especiais do meu lado.

No final do turno depois de ter conversado com Grace por telefone e pedido que ela ficasse cuidando mais uma vez das crianças, eu saí com a equipe.Era a primeira vez que saía sem ele e ver Stella e Mac, Jess e Don tão felizes me fazia sentir um aperto dentro do peito e uma saudade muito grande, mas não queria pensar nisso agora e queria me divertir um pouco.Infelizmente isso foi por água a baixo quando depois de duas horas que estávamos lá, Danny entrou de mãos dadas com a sua namorada, Lira.No primeiro momento ele não me viu, mas não demorou muito para que nossos olhares se encontrassem.Ele olhou para mim surpreso e ficou parado sem saber o que fazer, até Lira o puxar para uma mesa.

- Lindsay? Está tudo bem? - Olhei para Stella e tentei dizer algo, mas as palavras simplesmente pareciam ter desaparecido da minha boca.Ela olhou em volta e viu o mesmo que eu. - Oh droga - todos da mesa pareceram entender o que estava acontecendo e eu odiei os olhar de todos sobre mim, aquele olhar de pena.

- Acho melhor eu ir pra casa- deixei umas notas de dinheiro em cima da mesa e sai apressada, ouvi Jessica me chamar e mais alguém, mas eu só queria sumir dali o mais rápido possível.Talvez ser abduzida por Ets.Comecei a andar rapidamente pela calçada querendo fugir de tudo e de todos, e para ajudar nenhum táxi a vista.Estava quase acalcando um ponto de ônibus quando senti um braço forte me puxar e já estava pronto para gritar quando encontrei os olhos de Danny, e neles eu vi preocupação e algo que não conseguia decifrar.

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Lira tinha insistido que daria dar uma volta e eu não vi porque não leva-la em algum lugar, ainda sem destino andamos pelas ruas de Nova York e quando vi aquele bar senti como se já tivesse frequentado ele muitas vezes.Quando entramos de mãos dadas, de cara já gostei do ambiente e tudo ali me parecia ser bem familiar, até as pessoas que ali estavam.Olhei para um lado e encontrei quem eu menos esperava ver depois de tantos dias.A magoa que vi em seus olhos quase me fez desmoronar, era tão estranho tudo aquilo, mas eu não imaginava que aquilo fosse me incomodar tanto.Fui tirado daquele momento por um puxão da Lira que me levou para uma mesa qualquer, ela estava animada e logo pediu o cardápio para ver o que o lugar tinha a oferecer.Mas eu não conseguia me sentir a vontade e quando vi Lindsay sair em disparada dali, sabia que nãol ia conseguir ficar.

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- Eu preciso ir, Lira, não vou demorar. - falei me levantando da mesa.

- Onde você vai? Danny! - eu sai sem responder as suas perguntas e quando saí do bar olhei para todos os lados para ver se a encontrava e quando finalmente a vi, Lindsay andava apressada e eu tinha certeza que ela queria fugir de mim.Corri até ela e quando finalmente a alcancei a puxei pelo braço.

- Lindsay, me perdoe.Eu não sabia... - ela não me olhava e isso fez com que a minha agonia aumentasse. - Como eu ia saber que você estaria lá?

- Eu nunca imaginei que te ver com outra mulher, feliz, fosse tão dolorido. - ela me olhava agora e senti o ar faltar dentro do peito.Lindsay parecia uma garota indefesa e eu me odiava ser a causa de tudo aquilo. - Mas eu não o culpo por isso, Danny, de verdade.Você só está com a mulher que ama e que é sua última lembrança e eu não posso fazer nada contra isso, eu só não consigo aceitar isso com tanta facilidade, é dolorido demais.

Ela acariciou meu rosto e eu fechei os olhos com o seu toque.

- Volta pra lá, Danny, afinal a sua namorada está te esperando.

Ela se soltou do meu braço e eu não a segurei, e Lindsay simplesmente se afastou de mim eu senti como se algo meu fosse levado para longe.Vi ela dar sinal para um táxi e ia entrando nele quando segurei a porta.

- O que você está fazendo, Danny? Ficou maluco? Preciso ir pra casa.

- Eu quero entender tudo que se passa comigo e sinceramente Lindsay, não consigo confiar nem na minha própria mãe e nem na Lira, alguma coisa me diz que você é a pessoa perfeita.

- O que quer dizer com isso?

- Eu quero saber tudo, exatamente tudo como era antes de sofrer esse maldito acidente.

- Danny - ele pareceu pensar nas palavras, o taxista parecia um pouco impaciente e ela pediu que ele aguardasse mais um instante. - Isso não envolve só eu e você, tem as crianças também e eu não quero que eles sofram, isso não é um jogo, envolve muito mais e eu não sei se estou afim de participar disso.

- Por favor Lindsay, eu preciso de você.