As recuperações tinham acabado, e as férias começado. Não sabia se Daniel tinha sido aprovado no colégio, ele não deu satisfações nenhuma depois da noite passada, a voz dele no telefone me deixou preocupada, algo de grave havia de ter acontecido.

— Gabi! Gabi! Gabi! Tenho ótimas noticias. — diz Gustavo aos pulos de alegria.

— O que foi? Fala logo, to curiosa.

— A gente vai passar as férias na Califórnia!

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— Que? Serio? — a gente pula na cama feito duas crianças.

— Serio, a gente conseguiu uma promoção pra ir pra San Francisco. Arrume às malas Gabi, a gente pega o vôo hoje á noite.

— Hoje á noite? Mas assim tão rápido?

— Vai logo menina! Mãe já ta arrumando as coisas delas, você devia fazer o mesmo. — ele sai do quarto apressado e com um sorriso no rosto. Um dos nossos sonhos sempre foi sair do país, e ainda mais e ir pros Estados Unidos.

A gente embarca, o vôo era longo e que a mão já tava gelada de tão ansiosa. Já me agasalhava mesmo dentro do avião, o frio de San Francisco me esperava… Eu era amava frio, amava viajar, aquela era a cidade perfeita!

Chegamos à cidade tão esperada, o aeroporto era enorme que qualquer desatenção dava pra se perder. Abracei Gustavo pra tentar me esquentar.

— Ta alone assim Gabi? — Gustavo fala me abraçando mais forte ainda.

— Não idiota, só to querendo me esquentar, está muito frio.

Chegamos ao hotel, minha mãe conversa com a recepcionista enquanto eu admiro o tamanho imenso do hotel, aquele era um dos mais baratos, imagine como seriam os mais caros. A caminho do quarto eu esbarro com um garoto lindo, loiros dos olhos azuis, parecia ser americano.

— Hey, sorry! (Ei, desculpe).
— Tourist? (Turista?) — ele pergunta sorrindo.

— Yes. Brazil! (Sim. Brasil!) — falo enrolando as palavras, não sabia falar quase nada em inglês.

— Pode falar em português eu também sou brasileiro.

— Serio? — risos. — Prazer, Gabriely!

— O prazer foi todo meu, me chamo Vítor.

— Eu vou indo procurar o quarto. — sorrio. — Depois a gente se vê. — ele aperta minha mão.

O dia nasce e acordo cansada, mas feliz só de abrir a janela e ver uma vista linda. Arrumo-me e desço para tomar o café da manhã, na mesa ao lado estava Vítor, ele vem em minha direção.

— Bom dia! Posso sentar aqui? — ele pergunta educadamente.

— Claro. — respondo. — Então, você vem de que cidade do Brasil?

— Eu morava em Curitiba, daí eu vim pra cá fazer intercâmbio, mas pretendo voltar ainda.

— Jura? Que coincidência. Eu moro lá dai eu vim passar uns dias aqui.

— Talvez nem seja coincidência, talvez seja destino. — fico sem jeito.

— Talvez. — risos.

— Eu moro aqui já um tempo e a gente podia dá uma volta pela cidade.

— É… Pode ser. — não poderia negar o seu convite, ele foi tão educado e atencioso comigo.

— Vamos? — ele espera eu terminar de comer.

— Vamos. — a gente pega um bonde elétrico para ficar admirando a paisagem, e paramos em um ponto turístico de San Francisco, o
Golden Gate!

— Nossa! Aqui é lindo. — digo encantada.

— Verdade, eu sempre venho aqui pra esfriar a cabeça. — ele abaixa a cabeça. — E ai, você namora? Ta enrolada?

— To apaixonada, isso sim. E você?

— Solteiro. Apenas encantado por uma menina linda que acabou de dizer que ta apaixonada por outro cara. — ele me puxa querendo me beijar.

— Não, não quero fazer isso. — eu o empurro.

— Porque não? Você vai embora e eu vou ficar. Não tem porque se prender a aquele cara.

— Quando amamos queremos só uma pessoa e pronto. Sinto-me como se tivesse traindo ele, mesmo ele não sendo meu. — saio rapidamente e deixo Vítor pra traz.

— Espera! — eu paro e espero-o. — Desculpa, deixa eu te levar pro hotel, não vou forçar nada.

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— Tudo bem. — do um sorriso de canto de boca. Ele era lindo, educado, mas era Daniel que eu queria.