Maiores Pesadelos da Humanidade

Momentos do atual cotidiano de Felix


Legenda:

“Narração feita pelo jornal”

“Hoje o hospício de Pollux foi demolido e as pessoas internadas foram retiradas. Algumas ainda têm medo, mas os médicos acreditam que isto ira passar já que não há mais homem das sombras para atormenta-los. Isto mesmo que vocês ouviram. A Dex-dawn conseguiu capturar ontem mais um dos pesadelos, ao contrario do que todos pensávamos ele é como uma pessoa comum. Relatos dizem que aparecia a noite e assustava aqueles que julgávamos loucos. Pedimos perdão a todas as pessoas que morreram sendo taxadas de mentalmente desequilibradas.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Infelizmente as noticias diárias ainda não são perfeitas. A cantora capturada na área glacial ainda não apareceu, muito menos deu sinal de vida.”

Em uma sala qualquer da aeronave é possível ouvir o som de unhas tilintando contra o metal a televisão embutida na parede está ligada com a mulher que, se tudo ocorrer de acordo com o plano da Dex-dawn, perdera o emprego. O homem das sombras bate suas unhas no banco de metal que está sentado. Olha para uma porta por onde Felix saiu levando sua capa. Espera cercado por canos de armas o rapaz voltar.

Logo a porta é aberta novamente.

- Pode ficar com ela – Diz o general arremessando a capa de volta para seu dono. Este a agarra como se fosse sua vida e a recoloca – Fizemos todos os tipos de testes que você possa imaginar, chegamos até a descostura-la.

O monstro analisa uma costura mal feita na lateral de sua vestimenta.

- Mas não achamos nada de errado ou útil – Termina Felix apoiando-se em uma pequena bancada prata.

- General, há quanto tempo o senhor não dorme? – Questiona um dos soldados próximo ao prisioneiro.

- Isto não importa – Responde Felix bosejando.

- Você é humano precisa dormir.

- È, precisa – Concorda o monstro fazendo o general o olhar com uma sobrancelha levantada.

- Não vou arriscar dormindo enquanto tenho três dos maiores pesadelos da humanidade aqui comigo – Retruca Felix.

- Os outros os vigiam enquanto dorme, general – Responde um dos soldados.

- E deixar que os outros façam meu serviço? Não. Prefiro que eu mesmo erre do que deixar os outros faze-lo para depois me culpar por ter deixado algo tão importante na mão de gente inútil.

- Vou tentar não levar isto para o lado pessoal – Comenta de forma baixa um dos companheiros de Felix.

- Certo – Responde o rapaz – Então, o levem para junto dos outros monstros.

Assim ele dá as costas para os soldados e vai embora lentamente parando para pedir café a alguém próximo.

O homem com o cano da arma na bochecha do homem das sombras bufa e o faz levantar.

- Vamos logo – Diz enquanto seguem pela aeronave.

Enquanto isso Felix vai até a sala de comando com seu café. Nela encontra Theodor deborcado sobre um papel. Ele discute com alguém sobre algo escrito no plano sobre a mesa.

- Companheiro, como vai? – Pergunta Felix dando tapinhas nas costas do colega – Sua arma, como todas as outras, foi um sucesso.

- Você também toma parte deste sucesso, Felix – Diz o cientista – Me ajudou na montagem.

O general sorri.

- E você deve ter gostado do meu plano anterior, não é mesmo? – Pergunta analisando que é um plano de ataque o que os dois homens estavam trabalhando.

- Qual?

- Aquele que executamos no lago Ness.

- Ah, não – Responde friamente – Eu não aprovei.

- O que? Por quê? – Questiona Felix levantando um pouco a voz antes maça – Eu usei a mim mesmo como isca, sem pôr em risco a vida de alguém. Obedecendo ao que o senhor me falou.

- Pôs a sua própria – Retruca o doutor.

O rapaz bufa.

- Parece até que você vai contra o sucesso desta operação – Diz – Olha até onde chegamos! Falta apenas um pesadelo.

- E acho que está na hora de parar – Diz o cientista – Não quero vê-lo machucado.

- Você age como se fosse meu pai – Retruca Felix cruzando os braços.

- Você me tomou como tal – Responde Theodor – Além do mais, é muito criança para ser general da Dex-dawn. Seus métodos, planos e objetivos são infantis demais. No pensam nos riscos! Estamos trabalhado com pessoas aqui.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- E você acha que vamos ter sucesso nas operações como? Quer que os soldados fiquem o dia inteiro tomando chá e conversando sobre a vida?

- Apenas digo que você não cuida da segurança deles nas operações, não cuida nem da sua própria!

- Essa empresa não era nada antes de mim – Retruca Felix – Você não era nada sem mim. Fui eu quem enxergou seu potencial.

- E agora está o usando para seu próprio beneficio, simplesmente para se vingar – Diz Theodor com a voz calma ao contrario da do general – Admita, amigo, entrou nesta empresa somente pensando na sua vingança estupida. Realmente, você se importa com o sucesso da Dex-dawn?

Desta vez a paciência de Felix estoura. Talvez porque, de certa forma, o que Theodor disse é verdade. O general move a mão rapidamente na direção do cientista, há pessoas na sala que se aprontaram para abater uma briga. Porém o braço do rapaz para na altura do nariz de seu amigo com o dedo apontado para o mesmo.

- Está despedido – Diz Felix em tom grosso de autoria.

Uma mulher, que seria a pilota, para a aeronave no ar e vira-se para o general.

- Não faça isso.

- Não consigo ficar cinco segundos nessa sala sem discutir com este imbecil – Grita o rapaz.

- Foi você quem puxou o assunto – Retruca o doutor ainda calmo.

- Cale a boca, você não pertence mais a esta empresa.

- Tem certeza, Felix? – Questiona a mulher de cabelos presos docilmente.

- Fique quieta, ou vai junto com ele – O general a encara – Pouse esta aeronave, o ex-cietista da Dex-dawn vai descer.

- Aqui?

- E agora – Retruca Felix indo até a porta. Ele a abre com violência antes do móvel atingir o chão. O vento bate em seus cabelos negros e os faz voar pelos seus traços furiosos. Quando a aeronave pousa Theodor desce permanecendo calmo, até um pouco triste.

- Adeus, companheiro – Diz olhando-o. O rapaz cerra a porta com força na cara de seu ex-amigo assim voltando a voar para os céus.

- Não sei se foi uma boa ideia despedi-lo a essa altura do campeonato – Diz Marlleni, a pilota.

- Eu consigo montar as armas – Responde Felix – Caso não consiga arranjo outro cientista em segundos.

Dito isso o general sai da sala de comando e vai para o local sombrio onde se encontram os pesadelos. Passar pelo corredor com uma porta grossa e prateada no fim faz qualquer um ter o estomago revirado apenas pela vibração devido à acumulação do mau presente no local.

Felix abre a porta com certa raiva dando de cara com um dos soldados desarmados caídos no chão se contorcendo como uma minhoca. Uma espécie de poeira negra o cerca enquanto a vitima grita desesperada. Está sem sua faixa e o homem das sombras se encontra quase solto no meio da sala, se não fosse por algemas em seus pulsos. Ele sussurra palavras maléficas com o rosto coberto pelo capuz negro fazendo a poeira aumentar sem mover um dedo. Os outros dois pesadelos, Lucy e Cold, o incentivam de dentro de seus tubos.

Rapidamente, sem ser notado, o rapaz agarra sua arma pequena de pulso e atira no homem das sombras. Este é brutalmente acertado por um dardo que o faz cair no chão imediatamente. Sua vitima para de gritar quando a poeira some no mesmo instante que o monstro vai ao chão.

Felix corre na direção do soldado recolhendo sua faixa próxima a ele e a recolocando.

- O que aconteceu?

O homem não responde apenas grita algumas palavras incompreensíveis e sai correndo porta afora. È possível que ele tenha dito algo sobre não querer mais trabalhar na Dex-dawn.

Logo o general volta seus olhos para o monstro caído a sua frente. O efeito do dardo envenenado é fraco sobre ele, por conta disso já está se levantando.

- Eu sabia que você não iria entregar o jogo assim tão fácil – Diz Felix com a arma apontada para ele – Estava somente esperando para adentrar a aeronave a fim de conseguir libertar os outros. Não sei por que se importa com eles.

- Eu não me importo – Responde o homem das sombras no mesmo tom sinistro de sempre – Apenas queria tocar o terror nesta aeronave. O que viesse depois seria lucro.

- Valeu, nos chamou de resto – Comenta Lucy quase não notada em seu tubo. Ela queimou a cadeira que tinha para sentar. Deste modo encosta-se na parede de vidro enquanto sentada no chão analisa as unhas. Seu poder funciona normalmente apenas dentro do tubo, não consegue atingir nada fora dele, nem derrete-lo.

O homem das sombras dá de ombros.

- Felix preciso falar com você – Diz Cold – Não seria possível me colocar em outra sala? Ou tirar essa mulher da minha?

- Por quê? – Questiona Felix enquanto indica o tubo para o homem das sombras.

- Ela é uma chata.

- Ah, e você é super legal, né peixinho? – Retruca Lucy sarcasticamente do outro lado da sala.

- A minha maior tortura é ficar preso aqui com esta retardada.

- Que ótimo – Responde Felix fechando o tubo do homem das sombras – Então ela vai permanecer aqui.

Lucy desaba em risadas enquanto Cold revira os olhos.

- Não sabia que vocês não se davam bem – Diz o general.

- Nenhum de nos é amigo – Responde o monstro do lago Ness como se aquilo fosse obvio – Somos como elementos sem vida, não conseguimos criar alguma relação afetuosa com alguém.

O rapaz deixa o silencio permanecer enquanto pensa na informação.

- Ah Felix – Diz Lucy quebrando o silencio – Não quer trazer um dos meus cérebros para junto de mim? Estou sentido tanta falta deles.

- Como você é burra – Comenta Cold – Acabamos de dizer para ele que não sentimos nada por criatura nenhuma.

- Você que é burro – Retruca Lucy – Quem disse que quero faze-lo trazer um Cérbero para mim a fim de escapar? Somente preciso ter alguma coisa para me distrair. Ficar aqui o dia inteiro é terrível. Principalmente com você.

- Por favor, cale a boca.

Assim Felix dá meia volta e fecha a porta atrás de si enquanto ouve os dois discutirem. Falta apenas um pesadelo para conquistar seu objetivo. Nunca esteve tão perto da vitória.