Depois do incidente no apartamento, Amu foi chamada para ir passar um tempo na casa do seu ex-marido, até que ela consiga recuperar tudo o que foi perdido. Claro que ela não tinha aceitado logo de primeira, só após de muita exigência de seu filho Haru e com uma pequenininha mãozinha da Misaki.

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Já estava quase na hora do almoço quando todos saíram do hospital, e então com muita empolgação o próprio Haru se indicou para fazer a comida, tanto pela sua irmã ter saído daquele lugar , quanto para a sua mãe que vai ficar presente por um bom tempinho.

Depois que a rosada comeu, ela foi para o quarto de hospede, no qual ela iria dormir. A porta se abriu e revelando o moreno de olhos safiras com algumas roupas.

– Aqui estão algumas de suas poucas roupas que você deixou aqui. – Disse ele.

– Obrigada. – respondeu ela pegando das mãos dele, e sem querer seus dedos se tocaram, fazendo com que a mulher afastasse as mãos o mais rápido o possível. – Etto... Parece que não preciso mudar os lençóis da cama.

– Não precisa. A faxineira troca uma vez por semana. – Ele vai ate a porta e depois se vira. –Você ainda vai trabalhar, não é?

– Sim. Falei com a Mizu-san hoje de manhã e ela me colocou para trabalhar depois do almoço até umas sete e meia e eu poderia continuar em casa. – Suspirou. – Só assim para eu poder resolver as coisas do acidente. No aniversário da Utau vou ficar com o dia de folga.

– Entendo. Até mais tarde então.

– Até. – Então ele fechou a porta e ela foi se arrumar.

Lá na Editora, Amu estava em uma reunião com outros representantes de outras empresas famosas e claro que sua chefe estava presente, a vendo fazer uma bela apresentação mesmo depois do que havia acontecido ontem. Ela saiu muito bem, até por que eles queriam marcar outra reunião para pode patrocinar ou tratar de outros negócios.

Amu era boa no que fazia, até foi chamada por outras empresas para trabalhar, mais sempre recusava. Ela sempre se lembrava dos seus sacrifícios que fez para chegar onde ela está agora e onde ela sempre sonhou em trabalhar.

Ela voltou para a sua mesa e ficou conferindo os papéis que outras pessoas a entregavam para depois para ela passar para a Dona da revista a Maya Mizu até o anoitecer.

– Amu. – Uma voz masculina gentil a chamou.

– O-Ohh, Tadase! – Falou meia que surpresa. Ele sorriu com a sua reação. – O que faz aqui? Etto... Desculpa a minha grosseria...

– Não foi grosseria. – Sorriu novamente. – Eu vi a sua apresentação. Você fez um ótimo trabalho.

– Obrigada. Como vai a-

Sua fala foi cortada ao ver o rapaz loiro caindo logo depois de ter levado um soco no rosto. Quando a mulher de cabelos róseos olhou o suspeito, logo o reconheceu. Era o seu ex-marido.

– Ikuto! – Gritou ela correndo até o homem no chão. – O que pensa que está fazendo?

– Eu que pergunto. – Sua expressão era de irritação. – O que ele está fazendo aqui?

– O que ele está fazendo aqui não é da sua. – retrucou. – E você?

– Eu e os nossos filhos viermos te buscar para irmos jantar, mais vejo que você já tinha planos. – Então ele deu as costas pronto pra ir embora. Ela não perdeu tempo, pegou um fichário e jogou certeiro na cabeça do moreno.

– Idiota!!!

Depois do escândalo que passou na Editora, Amu entregou os papeis para a Mizu e se desculpou novamente com o que havia acontecido. Ela não sabia nem como explicar o que deu em Ikuto pra ter feito tal coisa.

Foi para casa dele pra descansar, já que no dia seguinte seria a tão esperada festa. Assim que chegou ela se trancou no quarto.

No outro dia Amu até que acordou um pouco mais calma, tomou seu banho e foi para a cozinha, sentou-se no banco de um balcão.

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– Bom dia mãe. – cumprimentou o adolescente e então colocou o prato com ovos e bacon e algumas torradas na frente da mulher.

– Bom dia filho. Onde está a sua irmã?

– Saiu com o pai. – ele tirou o avental e sentou do lado da mulher, pegando uma das torradas dela e logo deu uma mordida. – Acho que foram pegar as roupas e o presente da Tia Utau.

– Filho tá afim de passar a tarde comigo?

E com toda a certeza a resposta foi positiva. Terminaram o café da manhã e se arrumaram e logo fora para a central, onde se podia encontrar quase tudo.

Jogaram boliche, tomaram sorvete, fizeram compras, Amu pegou o seu vestido e enfim a ultima parada que foi no cabeleireiro, já que estava preste a anoitecer.

Quando terminaram foram para casa para poderem terminar de se arrumar. Alguns minutos depois, Amu descia a escada com um lindo vestido longo, a saia era vermelho vinho e a parte de cima um bege com pedrinhas douradas em volta da gola, havia um cinto em volta de sua cintura, seus cabelos estavam solto e um pouco ondulados. Quando desceu por completo viu que Ikuto estava em meio de uma luta contra a sua gravata.

– Eu posso? – Perguntou ela.

– Será de muita ajuda... – Então a mulher se aproxima e começa a fazer o nó da gravada. – Amu... Eu...

– Shii... Tudo bem Ikuto. Não quero confusões hoje. – Respondeu.

– Eu queria dizer que a gente assim, parece que ainda estamos casados. – Sorriu de leve.

– Pronto, terminei. – Rapidamente ela se afastou.

– Amu, eu realmente...

– Estamos prontos! – Desceu animado Haru, o mesmo trajava um terno preto, só que sem gravata e o blazer todo aberto e com a camisa com alguns botões aberto e usava um cinto com umas pedras (lembra muito o de Amu que usava no uniforme da escola.)

– Garoto, use essa a roupa apropriadamente. – Reclamou a mãe, mas de um modo gentil. E o rapaz apenas sorriu.

– Você tá linda mãe. – Ele segurou uma das mãos dela e fez a mesma girar. – Se eu não fosse seu filho, eu me casaria com você.

– Idiota, se você não fosse filho dela você não teria nascido. – Se intrometeu Misaki se aproximando. A adolescente usava um vestido roxo bem claro com mangas curta abaixo dos ombros, e como se tivesse um top preto por dentro de alcinha e em seus pés uma sandália preta de salto pequena. Cabelo solto como de sempre.

Todos entraram no carro de Ikuto, que é melhor para levar todos e assim foram para a casa da Utau, a aniversariante. Quando chegaram lá, não era de se esperar, muitos carros de luxo parado perto da entrada, tinha jogos de luzes, afinal era o aniversário de uma estrela da música!

O menino Haru esbanjava o seu sorriso com tudo aquilo, sua tia não faz este tipo de festa quando completa ano, na maioria das vezes só um jantar em família e com amigos próximos. Quando deram o convite para o cara que estava na entrada e deram passagem para o mesmo, viram muitas pessoas no jardim. Pessoas famosas, donos de empresas e revistas e com certeza fotógrafos.

Ikuto e Amu trocaram algumas palavras com alguns conhecidos e logo foram atrás da atração principal.

– Até que fim vocês chegaram! – Conheceram aquela voz. Era a de Utau que se aproximavam deles. Ela usava um lindo vestido longo platinado, com muito brilho, seu cabelo estava em um penteado que terminava em uma trança com uma tiara por cima. – Pensei que não iriam vim. – Abraçou e beijou os gêmeos, depois Ikuto e logo em seguida a Amu. – Principalmente você.

– É bom ver você também. – Respondeu Amu com um sorriso. – Por alguns dias terei tempo pra voltarmos ativa.

– Espero. Vamos, o pessoal estão esperando vocês.

Assim se encontraram. Rima estava com um vestido verde esmeralda cabelo solto e Yaya estava com um roxo com o cabelo de lado, e os rapazes estavam com ternos. Os adultos ficaram conversando e os gêmeos fora atrás da sua turma. Não foi tão difícil de encontrar a Hitomi, já que a mesma estava chamativa demais como sempre, usava um vestido azul rodado com decorações de flores, cabelos presos em duas marias-chiquinhas com cachos.

– Olá priminhos. – Cumprimentou.

– Hitomi... Vo-Você tá linda. – Disse Haru meio corado, Misaki apenas revirou os olhos.

– Obrigada. Ah, Misa então você usa saia? – soltou um risinho meio debochado.

– Eu gostei. – Falou Rikki assim que chegou. Ele usava uma calça preta, camisa social branca com uns botões abertos e um colete preto todo aberto.

– Sério, não entendo vocês meninos. – Disse a loira irritada. – E você Misa? É uma garota que não gosta de saias e nem fica corada com os elogios do Rikki! Qual é o problema de vocês?

– Você odeia isso? – Perguntou a morena com uma das sobrancelhas arqueadas.

– Claro!

– Então eu adoro te ver assim. – Sorriu.

– Arg! Eu te odeio garota!

– Quem diria que temos algo em comum.

– Vocês nem se vê direito e já começam? – Rikki se intromete.

– Você é o culpado... – Yori chega arrumando os seus óculos. A mesma usava apenas um vestido branco com uma fita de ceda verde claro em volta da cintura.

Quase todos os convidados se reuniram em um grande salão, onde Ikuto iria tocar uma música para a sua irmã. A música de quando eles eram crianças. A música que fez a Utau sonhar cada vez mais em ser uma cantora no qual iria fazer todos ficarem felizes com as suas músicas.

A música era Yume no Tsubomi que significa Florescer os Sonhos. Utau não poderia se conter com tantas emoções, e começou a acompanhar o seu irmão com a sua bela voz. Quando acabou essa pequena apresentação, todos aplaudiram e foram curtir o restinho da festa.

Amu ficou andando pra lá e pra cá, conversou com umas pessoas e então avistou um loiro parado com uma taça, a mesma se aproximou.

– Tadase.

– Amu.

– Etto... Novamente, me desculpe pelo o que aconteceu hoje cedo. – Disse um pouco sem graça.

– A culpa não foi sua. Ele ainda acha que tivemos um caso, não é?

– Sim. – Ela abaixa a cabeça.

– Tudo bem. Enfim, acho que a Utau superou nesta festa. – Disse tentando mudar de assunto.

– Pois é. – Sorriu.

– Você de novo? – Chegou Ikuto os encarando. – O que acha que ta fazendo aqui?

– Provavelmente sou um convidado e meio-irmão da aniversariante. – Ele levanta a taça. Depois bebe um gole. – Tchim tchim. – sorriu.

– Ora seu...

– Ikuto! Será que dá pra parar por um minuto sem tentar bater ou provocar o Tadase? – Falou a rosada se pondo.

– Desta vez é ele que está provocando!

– E essa manha foi você! Ele não te fez nada.

– Fez! Dormiu com a minha mulher!

– Já te disse que não aconteceu nada disso. Só que ainda insiste em algo que não aconteceu. Se eu realmente tivesse feito isso, estaria com ele, você não acha?

– Vocês se encontram escondido já para nossos filhos não saberem a verdadeira razão da nossa separação. Você realmente mudou muito.

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– As pessoas mudam, sabe? Elas têm que mudar. Alguns acontecimentos nos fazem cresce.

– Tudo bem, eu já entendi! Você consegue viver bem sem mim, alias, eu não sei o porque ainda insisto em ir atrás de você. É que, cara, eu não consigo, de jeito nenhum me imaginar vivendo sem vc. Eu só queria te dizer q eu te amo e me sinto um completo babaca por isso...

– É você parece um quando também não acredita no que falo.

Tadase apenas ouvia quieto. Mas não só era ele que escutava aquela conversa, os filhos adolescentes também ouviram e não queria acreditar. Principalmente o Haru, ele quer acreditar na sua mãe. Misaki por outro lado estava com raiva daquilo tudo, se levantou de onde estavam escondidos, logo Haru segurou um de seus braços.

– O que vai fazer?

– O que acha? Vou tirar essa história a limpo.

– Eles vão nos contar. A mamãe vai contar pra gente.

– Como nos outros anos que ela passou separada com o papai e não disse nada? – ela puxa seu braço.

– Podemos conversar um pouco? – questiona Misaki ao notar que a mãe se afastou dos dois homens.

– Claro. – diz Amu sorrindo, sua filha querer conversar com ela, era motivo para se comemorar, mas é melhor apenas expressar a felicidade com um sorriso.

– Como você teve a capacidade de trair o papai? – a adolescente pergunta um pouco alterada.

– Do que está falando? – após algum tempo em silêncio, ela entendeu que a filha havia escutado a conversa e suspira – Você não devia escutar a conversa dos outros, sabia?

– Não mude de assunto! – ela diz nervosa – Por quê? Por que trair ele? Por que fazer o papai sofrer?

– Misaki... Você entendeu tudo errado... – a mãe diz tentando manter a calma e procurando as palavras adequadas.

– Errado? O que está errado? Sacrilégio é algo errado!

– E quem disse que eu cometi tal ato?

– As provas estão na conversa!

– Eu nunca trai seu pai, Misaki. Você e ele entenderam errado. – a mulher explica.

– E como duas pessoas podem entender algo errado? Acho que a única errada aqui é você.

– Seu pai viu coisas erradas e você deve ter escutado a conversa pela metade. – novamente a explicação é feita com calma.

– E como você explica esse suposto erro meu e do papai? – Amu ia começar a explicar, mas é interrompida – Não consegue achar uma desculpa, não é mesmo? – ela diz com um sorriso debochado – Você é a pior! – ela grita – Tenho vergonha de ser filha de uma pessoa como você!

Misaki só sentiu a ardência do tapa no rosto e arregalou os olhos assustada.

– Não fale coisas das quais não sabe! E mesmo que eu estivesse errada, você não deve me desrespeitar! E se está tão desinteressada em saber a verdade, fique sem saber!

Ela pegou suas coisas e foi embora da festa.