Psychotic Girl

Capítulo III - Doce melodia


Sophie havia voltado para casa. A garota estava deitada no sofá enquanto assistia televisão, devido ao acontecimento na noite anterior, Rebecca resolveu passar o dia em casa com a filha. Rebecca estava fazendo o jantar, até que o dia ensolarado se tornou nublado e frio, e logo depois, começou a chover.

- Ah, Deus! - resmungou Rebecca - Sophie! Vá fechar as janelas, está chovendo!

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Droga... - murmurou Sophie - Estamos entrando na época de chuva...

A garota pôs-se de pé num salto e correu para fechar a janela da sala. Em seguida ela percorreu o resto da casa, fechando as janelas dos quartos, da cozinha e a pequena janela que havia no banheiro. Sophie retornou a sala e jogou-se novamente no sofá.

- Sophie, eu vou ao supermercado e já volto, fica de olho na panela de pressão. - ordenou Rebecca.

- Tá, mãe. - respondeu a garota.

Rebecca saiu de casa, deixando Sophie sozinha. Em poucos minutos a chuva tornou-se uma tempestade, Sophie ouvira os estrondo dos trovões, mas eles não a assustavam. Com a forte tempestade a televisão saiu do ar e começou a chiar, Sophie suspirou entediada.

- Merda. - resmungou.

O barulho da estática era aborrecedor e alto, Sophie logo pegou o controle remoto e abaixou o volume da televisão até que estivesse no mínimo. Provavelmente a internet também havia caído, então, ela resolveu ligar o Xbox e jogar qualquer jogo no Kinect.

Sophie inseriu no aparelho o game de tênis - que era um dos seus favoritos -, estava esperando o game carregar até ouvir um estrondo vindo do segundo andar, parecia que algo pesado havia sido jogado. Sophie assustou-se por um breve momento e ficou andando em círculos enquanto fitava o teto. A garota correu escada à cima para verificar o que havia causado um estrondo, parecia que havia sido em seu quarto. Ao chegar ao quarto, Sophie não encontra nada de anormal, então resolve voltar à sala. Ela estranha algo, o jogo havia sido iniciado, sendo que ela havia apenas o inserido. Por um momento ela sentiu-se com medo, até que pensou na hipótese de ter iniciado o jogo e esquecido. Quando a garota estava prestes a jogar começou a ouvir passos pesados vindos do segundo andar, Sophie ficou concentrada no som para localizá-lo, acabou assustando-se ao ouvir o ruído causado pela panela de pressão.

- Droga, esqueci-me da panela! - resmungou.

Sophie foi até a cozinha e desligou o fogão. A garota ficou alguns breves segundos paralisada enquanto fitava o piso. Novamente ouviu passos pesados, mas desta vez estavam mais próximos, no primeiro andar. Sophie virou-se lentamente a porta e os passos ficaram cada vez mais apressados, até que a porta foi fechada. Sophie foi até a porta e tentou abri-la, mas parecia trancada. A garota começou a bater na porta.

- Abra a porta! - gritou.

Na sala, o som foi ligado e tocava uma música de Death Metal, o som foi aumentado, a música ficava cada vez mais alta, abafando os gritos de Sophie.

- Mas que porra, abre a porta! - gritou novamente - Socorro! Alguém me ajuda!

Sophie começou a gritar, na esperança de que algum vizinho ouvisse seus gritos. Mas de nada adiantou, ela gritou mais alto e continuou não obtendo sucesso devido à música alta.

- Caralho... - resmungou.

Ela pegou a faca mais afiada que havia na cozinha e começou a esfaquear a porta, de uma forma doentia, isso era divertido para a garota. Sophie distanciou-se um pouco da porta e começou a se debater contra ela, na tentativa de arrombá-la. A garota não tinha força o suficiente para isso, então se distanciou mais um pouco para pegar impulso. Sophie correu em direção a porta, quando houve o impacto a porta foi aberta, por consequência Sophie caiu ao chão. Era Rebecca quem havia aberto a porta.

- Meu Deus, filha, abaixe esse som! Está muito alto! Daqui a pouco os vizinhos iram reclamar! - reclamou Rebecca.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Mãe, espera... - começou Sophie.

- Abaixa essa música! - interrompeu Rebecca.

- Não mãe, espera...

- Abaixa logo a música! - repetiu,

- Me deixa explicar, me escuta! - pediu Sophie.

- Não enquanto não abaixar essa música! - gritou Rebecca.

Sophie caminhou até o som, descontando sua raiva em passos pesados e desligou o aparelho.

- Pronto, agora dá me escutar?! Mas que porra! - gritou.

- Olha o jeito que fala comigo! - gritou Rebecca.

- Mãe, será que dá pra me escutar por um minuto?! - gritou Sophie, já estressada.

- Então diga. - falou Rebecca.

- Tinha alguém na casa, eu juro! Eram passos no segundo andar, o Xbox, depois passos aqui, a porta, o som! - gritou.

- Está me dizendo que havia um fantasma na casa? - perguntou Rebecca num tom irônico.

- Não, mãe! Havia alguém na casa! - gritou Sophie.

- Acalme-se querida, pare de gritar. - pediu Rebecca - E também, passamos por muita coisa ontem, é apenas fruto da sua imaginação.

- Não é imaginação, mãe! - Sophie começou a chorar - Eu juro, mas que droga!

Sophie correu até seu quarto e lá se trancou, como fazia desde a infância. A garota jogou-se na cama e assim adormeceu.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Na manhã seguinte, Sophie acordou ás 6h: 40min, a garota apenas arrumou a cama e desceu as escadas para tomar café com a família.

- Bom dia, mãe. - falou ao entrar na cozinha - Bom dia, pai.

- Bom dia filha... - disse Rebecca ao virar-se para a filha.

De repente Rebecca deixou com que os pratos caíssem e encontrassem o chão, Joseph e Sophie não compreenderam a reação da mãe e ficaram um tanto espantados. Rebecca ficou paralisada e encarava Sophie.

- Mãe, você está bem? - perguntou Sophie.

- O que houve querida... - começou Joseph virando-se para Sophie.

E então Joseph espantou-se também.

- O que tá acontecendo? - perguntou Sophie confusa.

- Mas o que isso significa, Sophie?! - gritou Joseph.

- Isso o que? - perguntou a garota.

- Sua cara! - respondeu.

Fosse sentiu um arrepio percorrer seu corpo. Ela subiu as escadas, de volta ao segundo andar e foi até o banheiro, ela olhou-se no espelho e viu o motivo de tal espanto. Em seu rosto havia sido pintado um sorriso, e parecia que a tinta usada era sangue.

- Merda... - resmungou a garota.

Sophie trancou-se no banheiro e lavou o rosto, ao molhar o líquido vermelho pode sentir o cheiro nauseante de sangue. A princípio ela sentiu nojo, mas depois acabou considerando o cheiro muito agradável. Ela queria sentir o gosto metálico do sangue, mas já havia ido tudo pia abaixo, Sophie suspirou decepcionada. Aproveitou e tomou um banho, logo que saiu do banheiro correu ao quarto e trocou de roupa. Após pentear o cabelo e escovar os dentes, Sophie pegou sua mochila e partiu para o ponto de ônibus.

Como estava um pouco cedo, o ônibus demorou um pouco para que chegasse. Sophie subiu apressada ao ônibus e sentou-se no primeiro lugar vago que viu, ela ficou pensando um pouco sobre a vida e sobre os recentes acontecimentos restantes, aquele momento em que não temos nada de bom para fazer e resolvemos pensar um pouco.

Em pouco tempo Sophie chegou ao colégio, desceu do ônibus e entrou no colégio, indo direto ao seu armário. Ao aproximar-se dos armários - recentemente pintados de verde - percebeu que havia alguém no armário ao lado do seu, uma pessoa indesejada. Sim, era o estranho garoto encapuzado do último ano. Sophie o ignorou e foi até o armário, o abriu e guardou seu livros. Como sempre, ao sair o garoto esbarrou em Sophie. A garota respirou fundo para não perder a paciência.

- Hã... - murmurou olhando para uma folha de papel dobrado que havia caído no chão. - Hei, você deixou isso cair!

O garoto a ignorou. Por curiosidade, Sophie desdobrou o papel e olhou o que continua nele, era um desenho macabro do um sorriso vermelho, Sophie assustou-se por um momento e apenas por raiva, amaçou o papel e o jogou no lixo. Sophie foi até sua sala e sentou-se em seu respectivo lugar esperando até que a aula começasse.

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

O intervalo das aulas havia acabado e assim os alunos voltaram para suas salas. Havia poucos alunos na sala de Sophie que já havia voltado, a garota entrou na sala e foi até sua carteira, sobre a carteira havia uma antiga caixa de música. Curiosa, a menina pegou a caixa e a abriu, começou a tocar a melodia H. Stávale, Sophia achou a música belíssima, mas também um pouco perturbadora. Dentro da caixa havia algumas fotografias, Sophie as pegou e passou a observá-las. Eram fotos de pessoas mutiladas e assassinadas e facas ensanguentadas, Sophie já estava começando a se assustar, até que chegou a ultima imagem: Um sorriso gigante e macabro, que havia sido moldado no rosto. Sophie apavorou-se e jogou a caixa no chão.

- Sr. Wendell, n-não estou me sentindo bem, eu quero ir pra casa. - disse Sophie ao professor em sala.

- Mas é muito grave? - perguntou o professor.

- Sim, eu estou me sentindo muito mal. - assentiu.

- Tudo bem, então vá. - respondeu o professor.

Sophie pegou seus pertences e os guardou na mochila, deixando a caixa de música e as fotografias em sala de aula. Voltou ao seu armário para pegar seus livros e viu o garoto encapuzado do outro lado do corredor, ele ria. Ela apenas o ignorou e voltou para casa, voltou a pé mesmo, pois não havia ônibus naquele horário.

Chegou em casa e não havia ninguém, seus pais estavam no trabalho. Sophie estava chocada com tudo o que estava acontecendo, então ela ligou a televisão e deitou-se no sofá, onde adormeceu.

Algumas horas depois Sophie acordou com a estática da televisão fora de área novamente, estava acontecendo outra forte tempestade. Já havia anoitecido e seus pais chegariam mais tarde naquele dia. Sophie desligou a televisão e acendeu a luz, ela foi até a cozinha preparar pipoca no micro-ondas, quando a energia faltou.

- Droga... - resmungou consigo mesma.

Ela voltou à sala em meio à escuridão e deitou-se novamente no sofá.

- Sophie... - chamou uma voz.

Sophie ignorou acreditando ser apenas sua imaginação pregando-lhe uma peça.

- Sophie... - chamou novamente.

- Hum? Tem alguém aí? - perguntou a garota - Ah, vou voltar a dormir...

Sophie fechou os olhos para voltar a dormir quando ouviu novamente a voz chamar seu nome, já irritada, levantou-se num salto e tentou encontrar a voz.

- Aqui... - chamou a tal voz.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Sophie seguiu a voz, que a levou até seu quarto e então se calou. Sophie olhou confusa ao seu redor e então começou a ouvir a melodia de H. Stávale, a mesma da caixa que estava em sua carteira no colégio. A música vinha de dentro de seu guarda-roupa, hesitante e um tanto cautelosa, Sophie aproximou-se do guarda-roupa e ao abri-lo, se afastou num salto. Não havia nada de anormal, apenas aquela misteriosa caixa que havia surgido lá, até que Sophie percebeu uma gota de sangue escorrendo no guarda-roupa, por trás de seus vestidos dependurados. Sophie afastou os vestidos e viu no fundo do guarda roupa seu nome escrito com sangue. Apavorada, recuou alguns passos para trás até esbarrar em algo. Ela sabia que não deveria virar-se, mas mesmo assim ela arriscou e se deparou com seu assassino.