Memories

"Desejo


... poder ter-lhe, nem que por um instante.” – Ayanami

Desde que o vi, em sua mais tenra infância, sabia que havia algo em você. Nunca soube o que, mas havia.

Seus olhos puros e inocentes, que me diziam mais que seus lábios, a pele clara e imaculada, a alma que clamava.

Você cresceu na academia, como um escravo, e quando o revi a sensação era maior. Os olhos verdes aprenderam sobre a escuridão do mundo, mas não eram olhos de um assassino, e isso me intrigava.

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Eu desejava.

E quando soube de suas heranças, meu desejo aumentou. Eu queria ser aquele que tiraria suas inocências, aquele a macular sua pele. Provaria de seu gosto, nem que fosse na sua morte.

Mas o desejo não era o suficiente. Por isso algo me acordou. Uma voz manhosa e necessitada.

Então sorri aquele sorriso que lhe fazia gemer meu nome. Sorri e lhe provei os lábios, tocando aquela pele já não tão mais clara ou imaculada; a pele marcada. Você era meu. Seus olhos expressivos, os lábios doces, a pele, a alma pura e o corpo que conhecia os pecados.

Toquei-lhe e lhe tomei. E você gemeu, gritou e chamou meu nome.

E enquanto eu desejar, você me pertencerá.