Quando chegou a noite, Dean e Sam estavam a postos na frente da casa dos Geller que por um acaso era totalmente cheia de enfeites de Natal. Dean conseguiu sabotar a porta e eles começaram a andar sorrateiramente pela casa analisando pequenas coisas como centenas de doces em cima de uma mesa. Eles estavam preparados e armados graças a uma pesquisa adiantada sobre deuses pagãos. Jhenny e Lana não sabiam de nada disso e se soubessem... ficariam uma fera.

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Encontraram uma porta ao lado da cozinha, perceberam que aquele deveria ser o porão da casa e desceram cautelosamente ligando suas lanternas.

A pesquisa começou a fazer sentido. Encontraram uma bacia com ossos humanos e ainda com resto de carne, ambos franziram a testa quando viram aquilo. Havia vestígios de sangue espalhados por todo o local. Mal conseguiram enxergar a roupa ensangüentada de papai-noel no escuro e nem os materiais de tortura, seguiram quase que imediatamente para um grande saco vermelho pendurado sob correntes depois de ouvirem um grito abafado.

Depois disso, Dean e Sam só sentiram uma pancada na cabeça e ambos desmaiaram.

Ambos acordaram minutos depois, estavam de volta à cozinha amarrados em cadeiras um de trás para o outro. Na mesa já não haviam doces e sim estranhos potes pretos.

-Dean? – perguntou Sam – Você está bem?

-Acho que sim.

-É, acho que estamos encarando o Sr. e Sra. Deus. Que bom saber.

-É.

Uma mulher grisalha com uma roupa vermelha apareceu com um sorriso mais simpático do que deveria aparentar realmente.

-Oh, pensamos que os preguiçosos iriam dormir a noite toda. – disse ela com a voz mais doce do mundo – Achei que iriam perder a parte divertida.

Seguindo ela, vinha um homem também grisalho com um charuto na boca.

-E perder isso aqui? – caçoou Dean - Não... Somos festeiros.

-Ele não é uma figura, amor? – disse o homem – Vocês são caçadores é isso que são.

-E vocês são deuses pagãos. Por que não decretamos em paz? E aí cada um vai para o seu lado.

-O quê? E trazerem mais caçadores para nos matar? – ele deu também uma risada simpática – Nem pensar

-Talvez fosse pensar nisso antes de lancharem seres humanos. – disse Sam

-Oh, não fique tão indignado.

-Por que pegávamos mais de 100 tributos por ano – disse a mulher – isso era um fato. E quantos agora? 2? 3?

-Com os bonitões aqui serão 5.

-Oh, não é assim tão ruim, é?

-Quando falam assim eu lembro da turma do circo. – disse Dean

-É melhor ter mais respeito. – disse o homem

-Ou o quê? – perguntou Sam – Vai engolir a gente?

-Sem pressa. Há rituais que temos que seguir antes.

-Oh, nós somos rígidos com os rituais. – disse a mulher

-Vocês sabem o que nos fazem conseguir mais pessoas?

-Me deixe adivinhar. – disse Dean – Filipêndula. Oh que pena, mas vocês não tem mais perdizes então acho que temos que cancelar o sacrifício, não é?

-Não seja tão pessimista. – disse a mulher pegando um dos potes pretos, logo Dean percebeu que haviam centenas de folhas lá dentro.

Marta Geller começou a jogar as folhas nos irmãos e quando terminou, falou:

-Oh, eles não estão umas gracinhas?

-Uma delícia. – disse o Sr. Geller pegando uma faca e um outro pote preto – Agora a segunda etapa.

Ele foi até Sam e cortou um pouco acima de seu pulso, colocou o pote abaixo e deixou o sangue escorrer até ele.

-Sai de perto dele, desgraçado! – disse Dean com raiva

-Viu como falam conosco? – disse o homem a Marta – Somos Deuses. Escute, cara, em outros tempos nós éramos venerados por milhões.

-Os tempos mudaram!

-Nem me diga. De repente o tal de Jesus virou o maior sucesso do pedaço. De repente nossos altares são queimados e nós somos caçados como monstros.

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-E nós reclamamos? – disse Marta pegando o pote e depois despejando o sangue de Sam em outro pote maior – Oh, não, não. 2 milênios nós ficamos quietos, arranjamos empregos, hipotecas e nos aculturamos. Nós jogamos baralho as terças e as sextas. Nós somos pessoas normais.

Marta pegou uma espécie de alicate.

-Pessoas normais não comem gente, pelo menos não nos tempos atuais. – disse Dean – Acho que vocês não se misturam tão bem assim, dona.

O homem foi até Dean com outro pote preto e cortou no mesmo lugar de onde tinha cortado Sam, tirou um pouco de sangue e tirou o pote.

-Vocês não fazem idéia da sorte que tem. – disse o homem com o alicate indo até Sam - Antigamente as crianças viajavam quilômetros para ser sacrificadas.

-O que pensa que vai fazer com isso? – perguntou Sam

O homem puxou a mão de Sam e esticou um dos seus dedos com dificuldade pois o Winchester lutava contra ele. Depois, o homem arrancou uma unha inteira de Sam que soltou um grunhido alto de dor.

A respiração de ambos os Winchester estava forte quando os Geller voltaram a mesa e despejaram seus feitos no pote maior.

-O que falta, querido? – perguntou Marta como se estivesse perguntando a receita de um bolo ao marido

-Bem, vejamos. Unha, sangue... Oh! Claro! Como poderia esquecer?! O dente!

O homem pegou o alicate mais uma vez e foi até Dean.

-Abra a boca e diga “a”.

O homem abriu a boca de Dean e posicionou o alicate em um de seus dentes, mas quando ia tirá-lo a campainha da casa tocou.

Os Geller se encararam.

-Não vão atender? – perguntou Dean com o alicate na boca

A campainha tocou mais uma vez.

-É melhor atender. – disse Dean

Os dois reviraram os olhos e colocaram o alicate de lado, foram até a porta e se surpreenderam ao ver duas moças vestidas de mamãe – noel cantando a música de natal. As duas não terminaram de cantar e quase que ensaiado as duas deram um soco na cara de cada um, a loira no homem e a morena na mulher. Quando os Geller caíram desacordados no chão, Jhenny reclamou:

-Por que eu tinha que ficar com o homem?

-Porque você é a mais velha.

Jhenny franziu a testa.

-Mas isso não faz sentido algum.

Lana revirou os olhos e puxou a irmã para dentro da casa, foram diretamente para a cozinha na qual Dean e Sam ficaram surpresos ao vê-las.

-O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou Dean

-Estranho, iríamos fazer a mesma pergunta para vocês. – disse Lana

-E por que estão vestidas como mamães-noel pornô?

-Fazer amizade com dançarinas de bordel tem lá suas vantagens. – disse Jhenny

Ambas soltaram os irmãos, os quatro se separaram pela casa e esperaram os Geller se levantar, o homem e a mulher voltaram a cozinha e se depararam com as cadeiras vazias, em seguida as portas ao redor deles começaram a ser fechadas, eles estavam presos na cozinha.

Os Geller batiam na porta enquanto Sam, Dean, Jhenny e Lana seguravam-nas com todas as forças que tinham. Dean trancou a sua porta e foi ajudar Sam.

-E agora? – perguntou Dean – As estacas de eucalipto estão no porão!

-Precisamos de eucalipto, Dean.

Dean foi ver como estavam Jhenny e Lana segurando a outra porta.

-Trouxeram estacas de eucalipto? – perguntou ele

As duas franziram a testa.

-Não. – respondeu Jhenny – Estávamos mais preocupadas em salvar a vida de vocês!

-Dean, me ajuda a puxar esse móvel. – disse Lana

Ele a ajudou e aquela porta agora estava barrada.

Voltaram para Sam que estava lutando com a porta que agora a mulher e o homem dentro da cozinha lutavam.

-Eucalipto. – disseram Sam e Lana ao mesmo tempo apontando para a árvore de natal ao lado da janela da sala.

Arrastaram mais outro móvel até a porta e aquele não agüentaria muito tempo. Todos foram até a árvore e as jogaram no chão, arrancaram dois galhos grossos e foram em direção a porta que agora estava quieta.

Em segundos, os Geller apareceram e pularam sobre Sam e Dean. Jhenny e Lana pegaram os galhos que ambos deixaram cair e cravaram quase que simultaneamente em ambos os deuses pagãos. O homem e a mulher caíram no chão sangrando ao lado de Sam e Dean.

Os dois olharam para as garotas Silver.

-O que seria de vocês sem nós? – disse Jhenny

Dean olhou para Sam com a sobrancelha arqueada.

-Feliz Natal. – disse ele

Dean e Jhenny haviam saído para comprar comida enquanto Lana e Sam arrumavam o quarto de hotel para uma noite de natal. Quando Dean chegou, ficou surpreso.

-E aí? Trouxeram a cerveja? – perguntou Sam

-Mas... O que é isso? – perguntou Jhenny

-O que vocês acham que é? – perguntou Lana – É Natal.

-Eu me esqueci o quanto você acredita nisso.

-Ah, qual é Jhen, vai ser divertido. – disse Dean

-E não me chama de Jhen, eu ainda estou brava com você.

-Ah, é Natal Jhenny. Dá um crédito pro Dean. – disse Lana

A loira revirou os olhos e olhou para Dean, que sorria para ela.

-Tá, mas só hoje.

-Beleza, é o bastante para mim.

Sam entregou um copo de vinho para Dean e Jhenny, ele e Lana já estavam com os seus.

-Um brinde a... – começou Sam

-Espera. – disse Jhenny – Acho que vocês dois precisam nos dizer alguma coisa.

Dean e Sam se entreolharam com olhares indagadores e disseram em coro:

-Desculpe.

-Pelo o quê? – perguntou Lana

-Desculpe por achar que não eram capazes.

-E?

-E o quê? – perguntou Sam

As duas irmãs os fuzilaram com os olhos e ambos disseram mais uma vez em coro:

-Obrigado.

-Pelo o quê? – perguntou Jhenny

-Obrigado por salvar as nossas vidas.

-Isso é patético. – murmurou Dean

-Temos umas coisas para vocês. – disse Sam pegando dois pacotes e entregando um para Jhenny e um para Dean

Jhenny abriu o seu pacote e se deparou com uma linda faca de caça.

-Foi idéia da Lana. – disse Sam

A irmã loira se virou para a morena sorridente.

-Obrigada Lana, é linda.

Dean abriu o seu pacote e se deparou com uma revista pornô.

-Foi idéia do Sam. – disse Lana ao ser confrontada pelo olhar de Jhenny

Dean se virou para Sam sorridente.

-Obrigado Sam, é linda.

Jhenny pegou a revista de suas mãos com ódio.

-E isso aqui fica comigo. – ela disse, depois se virou para Sam e Lana – Mas nós não compramos nada para vocês.

-Não importa. – disse Sam erguendo seu copo de vinho – O que importa é que estamos juntos.

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Todos sorriram e os outros ergueram seus copos, se sentiam uma família outra vez e disseram em coro:

-Feliz Natal.

Lá fora nevava, pela primeira vez naquele dezembro em Michigan.

FIIMMMM!!!!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.