Quando A Paixão Cega A Razão
Mar (2º dia, parte 1)
Quando Atena acordou, ele não estava na cama, então ela sentou-se e parou pra pensar. O que foi aquilo ontem? Ele... Por que ele foi tão – por falta de palavra melhor – carinhoso? Ele não se importava com ela, não era? Eles eram inimigos, se odiavam... Não era?
Antes que seus pensamentos a enlouquecessem, ela decidiu levantar-se para tomar café.
*.*
Poseidon estava na cozinha já preparando o café da manhã. O dele, óbvio. Enquanto isso, uma pequena ruga em sua testa evidenciava a confusão mental que se travava ali também.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Ele se perguntava por que se importara com Atena na noite anterior, e por que razão a beijara. Mesmo tendo sido na testa, a deusa era sua inimiga, ele não deveria se sentir mal por ela ter chorado ou se preocupado se ela estava bem. Calou todas aquelas perguntas impondo a sua mente que todos aqueles dias presos com ela o estavam deixando louco.
Quando Atena apareceu na cozinha ele pôde afirmar mentalmente mais uma vez que estava ficando maluco, já que não fazia sentido ele achá-la sexy em hipótese nenhuma, ainda mais de pijama. Mas, é, ele achou extremamente sexy ela aparecendo na sala com um short dourado curto e uma blusa branca comprida e justa, além de ter seus cachos loiros e bagunçados caindo sobre os ombros.
-Bom dia – ela sorriu – Já fez o café?
-Bom dia. Fiz, claro, o meu. – ele riu.
-Então aquele Poseidon realmente legal sumiu?
-Completamente. E já pode ir fazendo seu café, ouviu? Depois vamos caminhar pela praia, e não quero você desmaiando de fome.
Atena arqueou as sobrancelhas surpresa, mas não falou nada, apenas fez seu café e se sentou para comer enquanto Poseidon ia trocar de roupa. Pouco depois ele apareceu na cozinha, apressando a deusa para que ela fosse logo se trocar. Reclamando, ela entrou no quarto, vestiu um biquíni preto (para o caso de ele querer jogá-la na água de novo) e uma camiseta e um short hiper leves (e curtos, roupas de Afrodite) por cima.
*.*
-Então... Sobre o que houve ontem... – Poseidon começou a falar, enquanto caminhavam descalços pela areia molhada.
-Não. Está tudo bem, - cortou Atena - só não toque nesse assunto de novo, ok?
Poseidon assentiu, mesmo curioso para saber o que a magoara tanto. Ficaram então num silêncio confortável, até resolverem parar e sentar na areia. Claro que o deus do mar aproveitou para apreciar a vista das pernas de Atena enquanto esta sentava-se ao seu lado.
Permaneceram olhando para o mar, até Poseidon quebrar o silêncio novamente:
-Atena?
-Que foi, Poseidon? Não sabe ficar calado um minuto? – ela rolou os olhos, mas sorria.
-É que eu estava pensando numa coisa...
-Nossa, você pensa? – interrompeu ela, deixando-o levemente irritado por não conseguir concluir a frase, enquanto Atena se divertia rindo da expressão que surgia no rosto dele.
-Eu estava pensando – ela riu, ao que ele ignorou – que nós brigamos demais. E já que estamos presos aqui, poderíamos ao menos tentar mudar isso.
-Hum... –fez ela – quer dizer que poderíamos melhorar nossa relação?
-Nós não temos relação nenhuma, Atena. A menos que você queira ter alguma relação comigo – falou ele, exibindo aquele sorriso que derretia qualquer mulher. Menos Atena, é claro.
Ela rolou os olhos.
-Odiar alguém é ter uma relação de ódio com essa pessoa, seu cabeça de algas.
-Hum, Annabeth chama Percy assim, e ela é apaixonada por ele. – ele sorriu, triunfante – Confesse, Atena, você me ama.
-Qual era sua ideia mesmo? – ela perguntou, ignorando o comentário.
-Era que nós poderíamos tentar conviver sem nos matar. Entende?
-Entendi. É, pode ser, mal não vai fazer.
-Ótimo. Se não se importa, posso ir nadar agora?
-Pode, e eu vou junto.
Ele levantou, tirando a camisa e exibindo todos os músculos bem-definidos que se escondiam sob ela. Atena ia dizer algo a ele, algo que devia ser muito importante, mas se esqueceu completamente do que ia dizer ao observar o tórax escultural de Poseidon. Observou atentamente até que ele entrasse no mar, sem deixar de reparar como as costas dele eram largas e fortes. Até que ele se virou para chamá-la, tirando a deusa daquele transe.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!-Você não vem? – ele perguntou.
-Humhum. – Atena falou, levantando a blusa. E claro que Poseidon não perderia aquela visão por nada. Enquanto ela se livrava da blusa e tirava o short, o corpo do deus esboçava umas reações constrangedoras demais, mas felizmente ele tinha metade do corpo submerso. No entanto, ainda daria pra Atena perceber a boca seca dele e a cara de idiota enquanto ele literalmente comia a deusa com os olhos, demorando-se em especial nos seios de Atena, que o biquíni deixava comprimidos e mostrava até o vale entre os seios dela. Poseidon já tinha parado de raciocinar há tempos.
Saindo da distração, ele não pôde deixar de notar o quanto aquele biquíni preto ficava sexy nela. Se bem que a essa altura ele estava começando a se perguntar se alguma coisa não ficava sexy em Atena.
Ela entrou na água, caminhando até onde ele estava
-Então, o que tem de tão divertido no mar? – perguntou ela.
-Hum... eu mostro. Já furou uma onda?
-Nunca nem entrei no mar, Poseidon. Não de livre e espontânea vontade.
-Ah, - ele riu, lembrando de como a tinha arrastado para o mar na noite passada – então olhe e aprenda.
Ele se virou e esperou que uma onda se aproximasse. Quando esta chegou, ele mergulhou e atravessou a onda, aparecendo do outro lado dela.
-Vem cá, Atena. Sua vez. Basta passar pela onda.
-Mas e se... e se eu me afogar? – perguntou ela, receosa, ao que ele sorriu.
-Aí eu te seguro. Não vou deixar que nada aconteça a você.
Ela ficou vermelha, aquilo havia sido ridiculamente meigo. Atena aproximou-se dele e esperou que uma onda aparecesse. Quando ela veio, a deusa mergulhou e logo depois apareceu triunfante:
-Isso é muito bom!
-Eu falei. Agora prepare-se, pois vem outra onda aí. Vamos furar essa.
Eles mergulharam ao mesmo tempo, várias e várias ondas depois dessa. A cada vez que emergiam, Atena sorria, e algo dentro dele gostava de ver aquele sorriso dela. Sem entender por que sentia isso ele apenas balançou a cabeça, mergulhando novamente e espantando aqueles pensamentos. No entanto, logo que voltou à superfície, ele percebeu que Atena não conseguia pisar no chão, era muito fundo onde ela estava. A deusa chamou por ele, tentando não se afogar, e logo ele a segurou, visivelmente preocupado, envolvendo a cintura dela com um braço.
Os dois estavam muito próximos. Ele estava muito próximo, pensou Atena, mais próximo que o recomendável. Ela podia sentir o corpo forte dele envolvendo-a, transmitindo uma sensação de segurança. Droga, ela não deveria se sentir protegida nos braços dele. Ele aproximou seu rosto do dela, deixando as pontas de seus narizes a milímetros de distância, e sussurrou no ouvido dela:
-Eu falei que não ia deixar nada acontecer com você.
-Poseidon... – Atena estremeceu, ao sentir o hálito quente dele em sua orelha.
Ele baixou a cabeça e se afastou, voltando para a praia. Enquanto andava, Atena o chamou:
-Poseidon!
-Que foi? – ele respondeu, virando-se para vê-la.
-Eu... você pode me ajudar a fazer o almoço hoje. – falou ela, exibindo um sorriso que escondia as bochechas levemente ruborizadas.
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