Eu Não Mudaria Nada Em Você.
Capítulo 17
Depois de subirmos novamente pro meu quarto e o Lucas quebrar quase todas as coisas que tinham lá para se acalmar, finalmente ele me olhou e me abraçou, pediu desculpas pela bagunça e ficamos conversando até umas 19 horas da noite. Como teríamos aula na manhã seguinte, ele foi embora. Tomei banho, coloquei meu pijama, programei meu celular pra despertar e mandei uma mensagem pra minha mãe, me deitei e dormi.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Don't try to take this from me
Don't try to take this from me
Now-ow-ow-ow-ow-ow-ow-ow
Don't try to take this from me
Don't try to take this from me
Now-ow-ow-ow-ow-ow-ow-ow
Acordei com meu celular tocando: Paramore - Now. Enfiei a mão em baixo do travesseiro e o desliguei, suspirei e me levantei. Ainda estou muito cansada, nem parece que dormi. Fui para o banheiro, escovei os dentes, fiz minha higiene, tirei minha roupa e entrei em baixo do chuveiro.
Sai e coloquei o uniforme escolar, fiz um coque no meu cabelo e passei uma maquiagem básica, coloquei minha sapatilha, peguei meu celular e minha bolsa e desci. O Math estava tomando café já, junto com minha tia e a Mel.
Juliana: Bom dia! – falei e peguei uma fruta.
Matheus: Eae!
Patrícia: Não vai tomar café minha linda?
Juliana: Não to com fome, e o Lucas já deve estar chegando – sorri e dei um beijo no rosto da Mel.
Matheus: Achei que você iria comigo pra escola. – ele falou emburrado.
Juliana: E eu ia, mas o Lucas quer que eu vá com ele. Você o conhece!
Matheus: Tudo bem. Você bem que poderia convencer ele de entrar pro time, né?
Juliana: Ih nem vem, o Lucas é muito chato pra essas coisas.
Matheus: Pô ele joga bem pra caramba, e é um desperdício ele não jogar.
Juliana: Já disse isso a ele?
Matheus: Ahn, mais ele é teimoso.
Juliana: Bom, vou ver o que posso fazer. – pisquei e ouvi a buzina do carro do Lucas. – To indo nessa, te vejo na escola. Tchau Tia, Tchau Mel. – mandei beijo e fui até a porta.
Entrei no carro e ele me olhou sério.
Lucas: Esse é seu café da manhã?
Juliana: Bom dia pra você também, sim é meu café da manhã.
Lucas: Jú...
Juliana: Ah Lucas nem começa, ta muito cedo pra sermão.
Lucas: Tudo bem, mas vamos parar na padaria pra eu comprar algo de verdade pra você comer. – revirei os olhos e ele deu partida com o carro.
Passamos na casa da Pietra para buscá-la e depois na padaria, o Lucas me comprou um cappuccino duplo. Chegamos à escola, Lucas estacionou o carro e nós descemos. Fomos até a secretaria para pegarmos nosso horário e a chave de nossos armários. A escola daqui é bem diferente da de São Paulo, mais organizada eu acho, a Pietra foi ao banheiro, o Lucas ficou com uns amigos na secretaria e eu fui atrás do meu armário. Quando finalmente o encontrei, o abri.
De acordo com o meu horário eu teria aula de Química agora, que ótimo! Pensei sarcástica e peguei meu livro.
Travis: Você vai detestar o professor Roberto.
Juliana: Que susto, garoto! – falei olhando pra ele e colocando uma mão no coração.
Travis: Não sou tão feio assim. – ele se fingiu de ofendido.
Juliana: É apenas ridículo!
Travis: Ui, acordou mal-humorada hoje?
Juliana: E se for? O que você tem a ver?
Travis: Calma, Jú. Eu só vim aqui pra...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Juliana: Pra que? – disse o cortando – me irritar?
Travis: Não... Hum... – o sinal bateu e eu fechei meu armário.
Juliana: Bom, eu tenho que ir. – falei saindo de lá.
Travis: Vá até o fim do corredor e vire à esquerda! – ele gritou e eu olhei pra trás.
Juliana: O quê?
Travis: A sala de química. – ele piscou e eu voltei o olhar pra frente.
Entrei na sala e pra minha sorte a Pietra e o Lucas estava nela também, me sentei no fundo perto deles e o Professor logo entrou na sala.
50 minutos depois.
O Travis tinha razão quando ele falou que eu iria detestar o Professor Roberto, ele é um chato. Não sabe falar sem gritar, masca chiclete como um cavalo e ainda por cima me marcou na sua lista, por que a cada dez segundos ele chamava minha atenção, isso por que nem conversei muito, já que ele passou um texto de 7 paginas. Sai suspirando da sala.
Juliana: Agora é oficial, eu vou me matar se tiver que ter aula com esse professor até o final do ano.
Pietra: Você ainda não viu nada, deixa ele chegar de mal humor na sala pra você ver. É um inferno!
Juliana: Af!
Lucas: A meninas, qual foi? Ele até que é engraçado. – ele falou irônico e nós o empurramos.
Pietra: Aula de Educação física agora. – ela falou agarrando no meu braço e no do Lucas.
Juliana: Droga! – murmurei.
Pietra: Que foi?
Lucas: A Jú é horrível em Educação Física.
Juliana: Ei! – me defendi.
Lucas: Quê? É verdade! – revirei os olhos e fomos para a quadra.
Ótimo! Só o que faltava, a quadra estava dividida em três grupos, o time de basquete, as lideres de torcida e o time de vôlei. “Ah que pena Jú, não tem grupo dos perdedores”, meu subconsciente ironizou e eu revirei os olhos.
Antes de entrarmos por completo na quadra a diretora chamou a Pietra e pediu que ela resolvesse algumas coisas na radio, fui pra arquibancada com o Lucas.
Juliana: Por que você não entrou no time de basquete?
Lucas: Sei lá.
Juliana: Como assim “sei lá”?
Lucas: Não passou pela minha cabeça me inscrever no time.
Juliana: Por quê? Você joga tão bem.
Lucas: Pode ser. – ele deu de ombros e eu o encarei.
Juliana: O que acha de se inscrever agora?
Lucas: O quê?
Juliana: Perae – me levantei e gritei – Math, vem cá. – o mesmo me olhou e eu acenei.
Matheus: Fala Jú? – ele disse parando na minha frente.
Juliana: O Lucas quer entrar pro time.
Lucas: Jú, calma...eu...
Juliana: Então – o cortei – tudo bem? – olhei para o Math.
Matheus: Claro. – ele olhou para trás e gritou – Galera, venham aqui!
Caíque, Guilherme, Rafael, e Travis também estavam no time, eles e mais uns meninos se aproximaram. O Math então falou do Lucas e os meninos o receberam muito bem. Travis era capitão do time e quando ele perguntou ironicamente pra mim se eu entraria para as lideres de torcida, eu mostrei o dedo pra ele e me sentei na arquibancada.
O treinador então os chamou e eles começaram a treinar, peguei meus fones de ouvido e comecei a escutar musica. Alice é capitã das animadoras e a Natália a vice-capitã. Eu deveria saber, pensei e revirei os olhos.
Fiquei com sede e resolvi ir encher minha garrafa de água, eu conseguia claramente ver o Lucas e a Natália conversando, o que essa puta quer com ele? Cerrei os punhos ao vê-la tocá-lo, se ela pensa que vai catar ele está muito enganada. Lucas não seria idiota a ponto de se deixar ser um fantoche na mão dela, tenho certeza.
XxX: Cuidado com a cabeça! – gritou alguém. Essa sempre foi à frase que eu mais detestava. Equipamentos esportivos de todos os tipos têm uma maneira engraçada de serem atraídos por mim.
Estremeci, olhei diretamente para o sol. Não conseguia ver nada e nem tive tempo de proteger o rosto antes de sentir o golpe do lado da minha cabeça e ouvir um zumbido alto em meus ouvidos.
Juliana: Ai!
Caíque: Boa! – ele gritou ao ver que a bola voltava diretamente para ele, como se eu tivesse feito aquilo de propósito.
Esfreguei a testa e dei uns passos bambos. A mão de alguém envolveu meu pulso e uma faísca de calor me fez engasgar, olhei para baixo e vi dedos bronzeados em volta de meu braço, depois levantei a cabeça até encontrar os profundos olhos cinzentos de Travis.
Travis: Você está bem? – ele perguntou e quando eu assenti, ele ergueu uma sobrancelha – Se queria jogar Basquete, podia ter simplesmente pedido – brincou. – eu teria ficado feliz em explicar alguns detalhes do jogo, como, por exemplo, que a maioria das pessoas usa partes menos delicadas do corpo para devolver a bola.
Ele largou meu pulso, e eu achei que ele estava estendendo as mãos em direção ao meu rosto, para acariciar o machucado. Por um segundo, eu fiquei parada ali, prendendo a respiração. Então suspirei quando a mão de Travis voltou-se para tirar o próprio cabelo dos olhos.
Foi quando eu percebi que ele estava me gozando, e por que não o faria? Provavelmente a marca da bola de basquete reluzia num dos lados de meu rosto.
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