Sem Chance De Errar

O esconderijo


Capítulo 15 O esconderijo

Pov Nessie

Cheguei em casa muito feliz. Eu adorei conhecer a Bella, ela é tão legal! Aposto que ela tem bebes, porque as mulheres casadas têm bebes. Será que o marido dela e tão legal quanto ela? No que eu estou pensando, é claro que o marido dela e legal, ela não se casaria com um homem malvado.

Uma pena que eu não pude contar para a tia Rose toda a verdade, e como hoje é sexta-feira, só vou poder falar com ela na segunda. De repente comecei a ficar triste, me lembrei de que hoje é o dia do meu aniversário e como sempre meu pai não iria lembrar e esse dia passará em branco como todos os anos. Ás vezes pergunto-me como é ter uma família que se importa de verdade com você e que te ame acima de tudo todos os dias, e também me questiono do porquê de todas as outras crianças poderem ser felizes com suas famílias e eu não, mas sempre lembro-me das crianças que não tem pai nem mãe, que foram abandonadas ou até foram deixadas em orfanatos, essas crianças devem sofrer muito mais do que eu. Fui à cozinha e peguei um biscoitinho para comer enquanto lia um livrinho que a professora Luana, de Inglês, tinha falado para lermos, se chama “A Bela e a Fera”, ele fala de uma menina que é muito linda, aí um dia o papai dela vai trabalhar só que ele não consegue chegar lá no trabalho dele e entra em um castelo, só que ele não sabe que lá mora uma fera e essa fera não gosta de ver ele lá, aí a fera o prende na masmorra e a Bela vai salvar e se oferece para ficar no lugar dele... Comecei a bocejar sem parar, e a sentir um pouquinho de sono, deitei a cabeça no travesseiro e apaguei.

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Acordei e olhei no relógio, percebi que já amanheceu e eu passei a noite toda lendo. Fui para o banheiro tomar um banho, e coloquei a minha melhor roupa de frio já que essa manhã está chovendo. Comi um biscoito, peguei um guarda-chuva e fui para o meu esconderijo secreto, que é uma cabana abandonada no meio da floresta, fica a uns 20 minutos da minha casa, andando. Chegando lá reparei em uma moça sentada na varanda da cabana e ela parecia estar bem distraída.

– Bella!- Chamei e ela virou um pouco assustada, mas depois percebeu que sou eu.

– Oi Nessie! O que faz aqui?

– Esse é o meu esconderijo secreto.

– Sério? Quando eu morava aqui em Forks esse era o lugar onde o meu namorado e eu, ficávamos escondidos da minha avó... Bons tempos!

– Então é seu esconderijo também! Nós podemos dividir!

– Sim!

– Bella, eu posso te fazer uma pergunta?

– Claro que pode!

– Quantos bebês você tem?

– Como assim?

– É que eu vejo muita televisão e eu percebi que todas as mulheres que casam engravidam, então se você é casada você tem bebês, né?

– Bom Nessie, eu acho que esse assunto você precisa conversar com a sua mamãe...

– Eu não tenho mãe. Ela foi embora quando eu ainda era recém-nascida.

– Bem vinda ao clube. Minha mãe me abandonou na porta da minha avó quando eu tinha acabado de nascer e fugiu atrás do meu pai. Hoje em dia eu falo com ela, raramente, mas falo. Ela me disse uma vez que ela teria me levado se o meu pai gostasse de criança e eu não chorasse tanto. Mas voltando a sua pergunta eu não tenho nenhum bebê, já tive uma vez, mas ele foi morar com o papai do céu.

– Mas por quê? Se eu fosse sua filha, eu nunca iria querer perder a chance de ter uma mãe como você.

– Oh lindinha. Ás vezes as pessoas vão embora porque simplesmente chegou a hora delas partirem. E quando chega a hora de uma pessoa, ninguém consegue reverter, voltar no tempo, nem mesmo se despedir. Sempre que uma pessoa querida vai embora as únicas cosas que ficam são saudade, em alguns a culpa de não achar que deu valor em quanto tinha, e também ficam sempre as boas lembranças, os sorrisos, as brincadeiras, os abraços, os beijos e tudo de bom que passaram juntos, todos os momentos.

Conversamos por mais algumas horas até começar a escurecer e ela falou que iria levar-me em casa. Assim que ela estacionou o carro na frente da minha casa eu percebi que a luz da sala estava acesa me despedi da Bella e entrei assim que entrei ela arrancou com o carro.

Fiquei parada da porta olhando o meu pai que parecia muito lúcido se aproximando de mim com um cinto na mão esquerda. Ele levou a mão direita até o meu cabelo e segurou com força e depois saiu me arrastando pela escada, ele não me largava mesmo eu chorando, gritando e implorando para parar. Assim que chegamos ao meu quarto ele me jogou no chão com muita força, e passou o cinto para a mão direita, e começou a me bater sem parar, e quando ele cansou começou a dar chutes e socos por todo o meu copo, de repente ele parou e saiu do quarto, voltando logo em seguida com uma arma na mão, ele pegou a arma e colocou na minha cabeça.

– Se você contar para alguém o que acontece aqui dentro, eu te mato e você vai se juntar a sua mamãe- Ele estava saindo quando falei entre soluços:

– Você não pode me matar! Segunda eu vou ir para a escola, e vou contar tudo o que você faz comigo aqui em casa e você vai ser preso.

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– Você não devia ter dito isso! Não devia mesmo ter dito isso.

Fechei os olhos quando percebi que ele ia apertar o gatilho, e depois ouvi o alto barulho do disparo.