Cheguei na minha antiga casa e tinha uma mulher, sentada no sofá e sorrindo para mim. Estranhei.
— Quem é você? — Perguntei.
— Então, Fatinha... — Papai começou — Eu e Debby estamos... Namorando.
— Debby? Namorando? — Ah não...
— É um prazer conhecê-la, Fatinha. Seu pai sempre fala muito bem de você.
Arqueei uma sobrancelha.
— É, mas meu pai nunca me falou de você — Olhei para ele. Eu não estava gostando daquela situação. Eu sempre fora a única pessoa do sexo feminino que entendia meu pai, e agora essa... Mulher estava namorando ele? De uma coisa eu estava certa, eu nunca a chamaria de mãe, madrasta ou derivados.
Ela ficou meio sem graça. Decidi mudar de assunto.
— Então, papai, eu vou dormir no meu antigo quarto? — Perguntei rindo.
— Você pode dormir onde você quiser, filha... Você, malu e Bruno.
— Malu vai dormir aqui? — Olhei para ela com os olhos brilhando.
— E você realmente acha que eu não ia aproveitar cada minuto aqui com você? — Ela falou.
— Ah! — Abracei-a.

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Resolvemos dormir na sala, meu antigo quarto não caberia três pessoas. Botamos três colchões entre os sofás e a estante com a televisão.
Decidi ir com Malu no shopping, Bruno ficou em casa vendo com o meu pai algum jogo na televisão. Debby já tinha ido embora, graças a Deus.
— Como são os shoppings de L.A.?
— Gigantes! Na primeira vez que fui achei que ia me perder! — Brinquei.
Entre uma loja e outra, eu fui falando de tudo o que aconteceu na minha estadia na casa da mamãe.
— Esse Fera, em? Um canalha... — Malu disse.
— É...
Falei também sobre Bruno e eu. Pedi para ela contar sobre tudo que tinha acontecido aqui na minha ausência.
— Você se lembra do David? — Perguntou.
— Aquele que eu era apaixonada? — Falei fechando os olhos e rindo.
— Esse mesmo!
— O que tem ele?
— Começou a namorar a Jennifer.
— Sério?
Continuamos no shopping fofocando até a hora do jantar em que voltamos para casa. Malu comprara dois sapatos e uma blusa. Eu, uma calça e duas saias.

No jantar ainda continuei conversando com malu sobre as roupas que as meninas usavam em Los Angeles.
— Essas duas aí... — Papai falou para Bruno — Quando começam a falar não terminam nunca! — Brincou.
— Ei, não é bem assim, pai! — Ri, mas logo voltei ao assunto com Malu
Depois do jantar, nós quatro jogamos baralho. Ela e Bruno, eu e papai como duplas. Jogamos duas partidas, eu e ele perdemos as duas.
— Ah, não vale, malu, você parece uma profissional! — Brinquei. Ela sempre ganhava, não importava quem era sua dupla — Na próxima vez que jogarmos vamos você e eu! — Ri.
Eu estava sentindo-me mal de ter que dormir ao lado de Bruno. Ele era um... Garoto... Mas meu pai nem se incomodou com isso, acho que ele pensa que temos um relacionamento de “irmãos”.
Estava tarde quando resolvemos ir dormir. Papai foi para o seu quarto.
— fatinha, só não ronque, por favor! — Malu gargalhou.
— Que? Eu não ronco! Você quem fala dormindo — Ri.
— Uma ronca, a outra fala... Acho que não vou conseguir dormir — Bruno falou sério, o que deixou a frase mais engraçada ainda.

Fiquei conversando com Maluaté muito tarde. Bruno já tinha dormido. Chegou um momento que ela me olhou com uma cara séria e disse que tinha uma coisa importante para me falar.
Ela levantou-se e foi até a sua bolsa, de onde tirou um papel e me entregou.

Parabéns, Srta. Maria Luiza Lograto Silva, você foi aceita na L.A. University.



Foram as únicas palavras que li antes de correr para a abraçá-la!
— Você vai estudar na mesma faculdade que eu! Quando que a carta chegou?
— Uma semana depois de você ter partido para Los Angeles.
— E não me contou nada?
— Queria fazer a surpresa — Sorriu.
Surpresa... Era isso que minha mãe quis dizer no almoço!
— E você vai ficar onde?
— Bom, até começarem as aulas minha mãe falou com a sua, e... Eu vou ficar na sua casa...
— Ah! — Soltei um gritinho e sem querer acordei Bruno
— O que houve? — Perguntou confuso.
— Não... Nada, pode voltar a dormir — Ri.
Eu e Malu ficamos um pouco em silêncio e logo adormecemos também.

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Acordei de madrugada e estava virada para o lado de Bruno, com o braço em seu peito. Tirei-o rapidamente e virei para o outro lado. Logo adormeci novamente.
Quando acordei de novo, malu já acordara e estava tomando café. Levantei e tomei com ela. Sentei-me ao lado de papai.
— Bom dia!
Logo, Bruno acordou e juntou-se a nós.
— O que iremos fazer hoje?— Perguntou Malu com os olhos brilhando.
— Eu quero ver todo mundo que estudava com a gente na escola... — Falei.
— Sei bem quem você quer ver — Ela piscou e depois riu.
— Quem? — Perguntei confusa.
— David — Decretou gargalhando.
— Ah, cala a boca, Maria Luiza!
— Quem é David? — Perguntou papai com uma cara irritada.
— Ah, ninguém! Nalu que está delirando — Fuzilei-a com os olhos.